por favor, me ame de verdade

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O Bang pediu mais uma dose de tequila, seu rosto se contorcendo um pouco ao virar o líquido de uma vez, a sensação de queimação em sua garganta. Bufou irritado, tudo a sua volta parecia entediante, a música da boate começava a lhe irritar e as pessoas à sua volta pareciam desinteressantes demais.

—Eu não gosto de você, não quero mais te ver. Por favor, não me ligue mais.

Lembrava-se bem das palavras que disse, mas sua vida ‘tava meio difícil, não sabia o que fazer. Virou mais duas doses antes de pedir a conta e sair daquele lugar, assim que colocou os pés do lado de fora sentiu seu celular vibrar no bolso na calça. Um número muito familiar aparecia na tela, exitou um pouco antes de atender, mas não resistiu.

Yeoboseyo?

— Oh… Você realmente atendeu. Eu sei que pediu para que eu não ligasse mais hyung, mas eu queria saber se… você sabe, se você queria vir aqui em casa?

Tudo bem, chego aí em alguns minutos. 

— Ah… bom, tudo bem hyung.

Chan finalizou a ligação e em questão de segundos se arrependeu de sua escolha, pensou em não ir, mas só o fato de ter atendido já o tornava um completo filho da puta.

Não demorou muito para chegar ao apartamento, pensou seriamente em fugir e inventar uma desculpa mas não se perdoaria por isso, tocou o interfone e esperou ser atendido, escutou um “já vai” ser gritado e não controlou a risadinha baixa que abandonou seus lábios. 

Em alguns segundos a porta foi aberta, revelando a figura um pouco mais baixa que o Bang, vestindo uma calça preta e uma regata branca simples, o cabelo de um tom preto intenso estava molhado e caía sobre os olhos em ondas suaves. Lindo, foi a única que Christopher conseguiu pensar. 

—Oi hyung— o garoto ofereceu um sorriso suave a Chan.

— Hey— Bang não resistiu a retribuir o sorriso. Estava fodido. Muito fodido.

Os dois garotos adentraram o apartamento e Chan só conseguia pensar em quantas vezes já tinha fodido com Changbin em cada cômodo, a culpa batendo imediatamente. Não deveria dar esperanças ao Seo, tinha medo de se conhecer, tinha medo de se envolver com o garoto e depois enjoar dele -na verdade Chris duvidava um pouco dessa possibilidade-, mas a verdade era que estava o magoando dando falsas esperanças.

O mais baixo fez Chan se sentar no sofá da sala e foi até a cozinha.

— Você quer beber alguma coisa? Nada alcoólico, você já parece ter bebido o suficiente— a voz do Seo o tirou de seu transe.

— Como é que você- 

— Suas orelhas estão vermelhas, hyung— disse se sentando ao lado do mais velho no sofá, deixando uma garrafinha de água na mesinha do centro.

— Ah… bem eu bebi um pouco antes de vir pra cá— Changbin o conhecia bem demais e isso o assustava.

— O que você tem hoje? Não precisa se explicar, você nunca faz isso. Vou acabar achando que sou importante ‘pra você—  ele sabia que era uma brincadeira mas o atingiu como um tapa na cara.

— Não brinque, Changbin.

— Senão?— Provocou o Seo sentando-se ao lado do Bang, próximo demais para que o australiano pudesse ignorar.

Christopher abriu a boca na intenção de rebater a provocação, mas antes que tivesse a chance Changbin segurou firmemente sua nuca e beija-o, colando os lábios num beijo forte. O mais velho emite um som surpreso, mas logo em seguida segue o ritmo, envolvendo o corpo menor com as mãos, trazendo-o para mais perto.

Verdades e mentiras -Chanchang-Onde histórias criam vida. Descubra agora