»»--𝙻𝚊𝚌̧𝚘--««|| 𝓜𝓪𝓷𝓳𝓲𝓻𝓸 𝓢𝓪𝓷𝓸

|| Mudar ||

—" Espero que sim, senhor Sano."

O platinado ainda sorria, me olhando com admiração e desejo, é estranho pensar que já tivemos algum relacionamento anterior. É desesperador pensar que isso vai fazer minha vida virar de cabeça para baixo, é muita coisa para digerir…

—" Arrume suas malas, Sanzu irá lhe buscar daqui 2 horas"

—" Eu posso ir com minhas próprias pernas."– digo indignada.

—" E como posso confiar ?"

—" Acha que eu seria estúpida a esse nível? Me ofendeu."

Ele deu de ombros. Pegou um copo e serviu cerveja.

—" Presciso de garantia. "

Pego meu anel. Me lembro que ganhei ele de minha mãe,  que já é falecida. O coloco em cima da mesa, olhar para o assessório me trás tristeza nos olhos.

—"  Está aqui sua garantia. "– empurro o anel em sua direção. 

Ele pega e analisa o pequeno anel de ouro, provável que este anel nem de ouro seja mas tem um enorme valor emocional. 

—" Ele não é de ouro. De quem ganhou? "– o platinado me olhou.

—" Da minha mãe."

—" Certo, dá pro gasto."– ele guardou cuidadosamente o anel no bolso–" te mandarei a localização quando estiver pronta."

Ele sinalizou e o Sanzu voltou, se sentou e ficou me observando beber o resto de vinho em meu copo.

—" Então, Kyogiro. Como vai indo o trabalho?"– o platinado voltou a falar.

—" Cansativo, porém produtivo."

—" E você tem muitos amigos?"

—"  Não diria muitos."— respondo.

—" Humhum. E família, tem algum parente próximo? "

—" Que bobo, eu não tenho família. "

—" Tem namorado?"

—" Nha- não me interessei por muitos caras, posso ter ficado com um ou outro, mas não namorei nenhum."

Ele finalmente se calou, colocando mais vinho em meu copo. Estranho a ação inesperada, mas não resisto.

—" Minha vez. Como anda a vida Manjiro?"

—" Sendo vivida. E não me chame de Manjiro, é Mikey."

Me calei um pouco, formulando uma boa frase.

—" Quer voltar a ser chamado pelo apelido? Oh, é realmente bem fofo. Gostaria de voltar a me chamar de Kyo?"– a frase perfeita para o momento perfeito. Senti que seus olhos suavizaram e os cantos da boca se movimentaram.

—" Sim."

—" E quem é esse do cabelo rosa? Seu assistente ou algo do tipo?"

O rosado olhou para mim, finalmente foi incluído no assunto.

—"  Chame-o de Sanzu. Tipo isso, quando precisar de algo pode chamá-lo. "– respondeu depressa. 

—"Tudo bem.."– falei tomando mais um gole do vinho.

—" O que achou do vinho [Nome]?"– o rapaz finalmente abriu a boca novamente. 

—" É bom e doce. Nem pergunto como sabes meu vinho favorito."

—" Você é esperta."

—" Não é difícil quando você também faz isso."

—" Você é empresária, certo? É bem famosa e querida pelo público. Espero que possamos nós dar bem."– esse merdinha do Sanzu disse falsamente.