"rosas"

359 27 20
                                    

SHORTFIC
Contexto: você é Floriculturista e costuma ajudar a sua mãe no trabalho.

O som agudo e quase que ensurdecedor do despertador ecoa pelo seu quarto, fazendo com que você acorde.

Você não enrola muito pra se levantar pelo fato de ter tido uma boa noite de sono e estar com bastante energia pro dia.
A manhã está um pouco fria, mas você tem em mente que mais tarde vai esquentar então decide usar um macacão jeans claro com uma blusa de gola alta branca. Ficou meio sem graça, então você põe alguns acessórios coloridos.
No seu cabelo, você faz uma trança meio rápida e soltinha, apenas pela estética.

Pronta. Agora tu desce pra cozinha e encontra a sua mãe, também arrumada, fazendo panquecas.

— Bom dia flor! — Sua mãe diz com um sorriso meigo no rosto

— Bom dia mãe!! — Você responde

Ao se sentar no balcão você olha a hora. Já são 05:47 e a sua aula começa às 06:00; A distância entre sua casa e a escola não é tão grande, mas você sabe que já está atrasada.

— Posso comer no caminho? 'Tô atrasada — Você pergunta pra sua mãe que nega com a cabeça

— Hoje é data comemorativa, então preciso que me ajude com a floricultura, como vai chover cliente hoje, vou deixar você faltar.

Você concorda com a cabeça e começa a comer uma panqueca.

Um tempo se passou desde o café da manhã, aproximadamente três horas.
Agora você está distribuindo buquês para moças completamente aleatórias que você vê na rua, é mais divertido do que parece.

Você vê uma garota que te chama a atenção, ela tinha cabelos escuros, uma maquiagem forte, várias tatuagens, que percorrem de seu pescoço até o braço, roupas despojadas e um livro em mãos.
Ao pensar um pouco, você pega um buquê de rosas vermelhas e anda até ela.

— Com licença, moça?

Ela olha pra trás relutante e te encara meio envergonhada.

— Oi?

— Oi! Eu trabalho na floricultura ali perto e estou distribuindo buquês... Essas rosas combinam muito com você, sabia? — Você diz e não obtém uma resposta em palavras, ela apenas nega com a cabeça — Bom, agora sabe! Toma, pode ficar — Você entrega o buquê pra ela que pega meio sem jeito.

O olhar da garota alterna entre você e as flores, ela ficou tão vermelha quanto elas e parece procurar palavras pra agradecer, ela solta só um "Valeu" baixinho e evita contato visual.

— Não há de que! Tenha um bom dia! — Você acena e vai andando até alguns caixotes separados por cor.

A moça com as flores olhou pra você timidamente antes de seguir seu caminho, mas você não percebe por estar ocupada.

Alguns minutos depois, você olha pra trás e vê ela entrando em um bar com o buquê em mãos. Um sorrisinho escapa de seu rosto.

Já em um outro lugar...

— E essas flores?

— Não é nada demais... É decoração só. — A garota responde meio sem jeito. — Deixa aí, eu gosto delas.

...

Já se passou um dia desde o acontecimento das flores.
Agatha e Arthur estão conversando enquanto caminham, e a garota para de falar quando avista a floricultura.

— Ou, Arthur, 'vamo dar uma passadinha ali na floricultura. — Ela cutuca o braço de seu amigo

— Pra quê? — Ele arqueia a sobrancelha

— Pra quê? Porra, pra quê serve uma floricultura Arthur?

Ele reflete por alguns segundos e então responde —Pra comprar flor, ué...

— Então! Vamo, vamo comprar flor, vamo! — Ela diz e sai disparada até o local.

Arthur segue ela sem nem pensar.

— Fica aí, vou ali rapidinho — A garota deixa Arthur olhando as flores e vai andando até a atendente — Opa!

Você olha pra ela e sorri —Bom dia! — Diz em um tom gentil — Você é a garota de ontem, né? A moça das rosas.

— Uhum! Me chamo agatha... É um prazer! —Ela estava praticamente gritando, e acima de tudo, gaguejando muito.

— O prazer é todo meu, Agatha... O que queremos pra hoje?

— Rosas! — Ela exclama quase que instantâneamente.

Sorri — Rosas? São realmente bonitas, combinam bastante contigo, mesmo. — Ela diz, analisando o rosto da garota em sua frente. — Vem, vamos escolher algumas e te montar um buquê.

Agatha concorda com a cabeça freneticamente e ambas vão até um canteiro específico da loja, onde têm algumas roseiras crescendo.

— Vejamos... Qual você prefere? — Diz apontando para vários tipos e colorações diferentes de rosas.

— As vermelhas! — Exclamou — É que assim, tipo... É que você tipo... Disse que elas combinam comigo, sabe? Aí eu achei que elas tipo... Sabe?

— Sei sim. Combina contigo mesmo. — Responde rindo um pouco, enquanto corta algumas das flores para montar o buquê.

Os próximos minutos se passam em silêncio, Agatha não parece prestar muita atenção no buquê, e sim na garota que o está montando, tão delicadamente.
Agatha não é muito delicada com as coisas, na verdade é razoavelmente bruta na maioria das vezes, e isso a faz sentir como se fosse partir no meio todo o trabalho que a garota está tendo para montar seu buquê.

A garota, antes distraída, encara Agatha pelo canto do olho — Prontinho. — Estende o buquê, agora pronto, para a morena, que mantinha seu olhar fixado em si, mas parecia perdida em seus pensamentos

Ao se dar conta, a tatuada sorri nervosamente e pega devagar o pequeno buquê, parecendo encantada com o bom trabalho que a outra havia feito.

— Quanto fica? — Agatha pergunta. Estava mais do que disposta a gastar centenas com flores, se isso significasse ver a sua mais nova "Crush".

— Ficaria cinquenta e cinco reais... Mas como é a sua primeira compra, eu te dou como um presente. Igual às do outro dia! — Sorri.

Agatha cora. Ela está recebendo flores como um presente; Sua mais nova Crush acabou de lhe dar flores.

— Você me daria o seu número como um presente também? — Diz sem nem pensar, arrancando da garota um riso.

— Claro, claro... — Sorri, puxando do bolso um pequeno bloco de notas e anotando o próprio número. Ela entrega o papel à Agatha, agora vermelha, feito um tomate. — Me liga assim que puder.

BÔNUS;

— O que será que foi toda aquela falação e 'risadainha' de madrugada? Mal consegui dormir! Vou conversar com o síndico sobre esses nossos vizinhos. Quanta falta de educação! — Reclama sua mãe.

— Sim... — Você boceja — Faz isso.

— Pobrezinha, com essas olheiras... Você não conseguiu dormir bem também, né? Pode ficar em casa hoje. Descansa.

...

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 08, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

. agatha volkomenn | a hc book"Onde histórias criam vida. Descubra agora