Capítulo II (Fiona)

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Aquele livro que Kota tinha me indicado era realmente bom. Eu suspeitava que ele me treinava para alguma coisa mas não queria ser inconveniente e perguntar. Usei um puco de influencia Do Ar para guardá-lo quando o gongo do desjejum tocou e me encaminhei para o refeitório.
Cumprimentando as pessoas, passei maior parte da refeição migrando de mesa em mesa para puxar assunto com todos. Eu conhecia quase todos no Assentamento, porque meus pais apoiavam os Livres desde o começo e eu práticamente cresci entre a chegada de refugiados e estudo de livros e historia, até mesmo ficção e poesia, meu gênero favorito. Também adiquiri algumas habilidades de meus pais, como decifrar códigos e saber quando as pessoas estão mentindo. E claro, eu era considerada diplomática, mas sinceramente nem me esforçava.
Quando finalmente encontrei minha mãe, ela estava sentada ao lado de Kota, esperamdo meu pai que provavelmente estava pegando a refeição de ambos.
"Bom dia mamãe, Kota."
Minha mãe me deu um beijo na testa, e Kota disse calmamente: "Flora, se importaria
se eu imprestasse sua filha por algum tempinho?"
Minha mãe era sempre foi assim; ela não era de falar muito, quando falava podia ser muito persuasiva mas na maior parte do tempo ela preferia gestos sutís.
Kota me guiou até o lado de fora e caminhamos em direção à guarita central. Lançei-lhe um olhar de questionamento.
" Recebi uma mensagem dos sentinelas noturnos, duas garotas, uma aparentemente Do Fogo nos encontraram. Quero sua ajuda para intrevista-las."
"Claro." Eu disse sorrindo, seria minha primeira chance de intrevistar um chegado, mas eu sabia exatamente como deveria me comportar.Vinha treinando isso a tanto tempo. Essa tarefa deveria passar para Kiro, o sucessor natural. Mas como aquele mimado não estava nem aí para nada, eu era naturalmente a próxima opição.
Chegamos a sala de triagem e duas garotas, uma morena com cachos cumpridos e outra meio palmo mas baixa que ela, corpo definido e cabelos cor de mel cortados uniformemente na cintura nos aguardavam sentadas em frente à mesa de madeira polida. Seu olhar me intimidava.
Eu nunca tinha tido muito contato com os Do Fogo. Culoa da Guerra das Décadas, é claro.

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