Capítulo 1 - Orquídea azul

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Lee Félix, um alfa lúpus e que nasceu com uma doença totalmente rara que até os mais especialistas não sabem explicar o que é e muito menos achar uma solução para tal problema, se vê muito solitário em sua própria casa, tudo isso por causa desta maldita doença. Não podia sair com muita frequência, pois se cansava muito fácil. Contato físico, nunca soube como era a sensação de ser abraçado, sendo que esse detalhe a doença permitia, porém ninguém tivera a coragem o suficiente para lhe tocar, com medo de quebra-lo.

Ao soltar um leve suspiro de cansaço, Félix levanta-se com alguma dificuldade de sua cama, esperou alguns segundos para enfim começar a caminhar em passos vagarosos até o banheiro.

Uma vez dentro do pequeno cômodo, a sua imagem totalmente acabada era refletida no espelho de corpo inteiro, as maçãs de seu rosto ganhava um destaque enorme, os ossos apareciam pelo seu corpo devido a falta de nutrientes que a doença causava. Félix passava horas apenas se olhando no espelho, julgando a sua deplorável aparência. Tocava algumas partes de seu corpo com as mãos trêmulas, onde seus ossos eram bastante marcados. Sem dizer no cansaço extremo ou de forma repentina algumas câimbras dolorosas aparecia.

Amor. Félix nunca soube exatamente o que essa palavra significava, quer dizer, a mínima noção ele tem, através dos livros de romance que lia, mas sentir-se bobo por alguém, não, ele não teria esse luxo tão cedo. Ao julgar a sua condição no espelho, talvez morreria sem saber. E sempre, sem uma falta se quer, terminava a sua arrogância com um choro cortante que doía os pulmões, despedaçava coração e quebrava a alma. Félix estava perdendo as esperanças de saber como é ter uma vida normal.

Por ser sábado, o alfa ficava a maior parte do tempo em casa, não tinha ânimo para sair. Também tinha um pouco de ele não querer ser o centro das atenções, por causa de sua extrema magreza. Não precisa de ninguém apontando o óbvio para ele. Félix estava adicionando leite no seu cereal de chocolate, quando escutou três leves batidas em sua porta.

- Só um minuto! - Gritou o alfa ao pegar um moletom e vestir, não queria o seu corpo tendo alguma atenção. Assim que abrira a porta, sua visão fora preenchida por uma beleza pura. - Pois não?

O alfa não soubera que tipo de expressão era aquela no rosto do garoto, mas um suave rosa passando sutilmente pela cor naturais dos olhos chamara a sua atenção. Félix tentava buscar na memória, após sentir uma sensação familiar sobre ter ouvido ou lido algo sobre aquilo. Mas não conseguia lembrar de modo algum, ele terá que pesquisar mais tarde.

- De-Desculpa o incômodo, mas você gostaria de comprar alguma dessas flores? - Perguntou um rapaz de aparência linda e de estatura alta.

Félix olhou por cima do ombro do vendedor, vendo as inúmeras flores de variados tons azulados. Ele não sabia os seus nomes corretos, mas sempre gostava desses tipos de flores, pois quando era criança acabara se fascinando por uma delas.

O alfa sorriu ao olhar de volta para o rapaz. - Sim, eu vou querer, mas eu não sei qual escolher, pode me ajudar?

O rapaz sorriu amigavelmente, antes de se afastar e mexer no banco de trás do carro esverdeado, onde estava as flores. O alfa esperava pacientemente de braços cruzados. Aproveitando que o rapaz estava de costas, analisou o poste do vendedor. O aroma gostoso de mel que sentira, ele não duvidava que se tratava de um ômega. A jardineira amarela caia muito bem nele, deixando-o adorável. Seus fios loiros amarrado em um pequeno rabo de cavalo, lembrava-o um príncipe. Mas apenas algo o surpreendera bastante, os pequenos chifres marrons no topo daquela cabeleira loira. Além de ser ômega, era híbrido de cervo.

- Achei! - Exclamou o ômega ao erguer um pequeno vaso roxeado com as flores azuis que o alfa nunca vira e rapidamente aproximou novamente dele. - Aqui, essa é perfeita.

Cornflower Blue | (Hyunlix) Onde histórias criam vida. Descubra agora