Bem-vinda ao mundo

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Cherlisie Davillier

Duff fica um curto período de tempo em silêncio.

- Relaxa que eu já estou indo ai - tenta me aliviar - já começou as contrações ?

- E-eu acho - na hora vem a outra contração - agora tenho certeza... - resmungo de dor.

- O-ok, tente relaxar - diz por fim desligando.

Respiro fundo e me sento no sofá, não vai ter como eu terminar de ajeitar as coisas de Dorothy.

Darling me falou que a bolsa romper antes dos nove meses é normal, mas acho que nenhuma gestante espera por isso.

- Dorothy... - começo a falar com a minha barriga - espera só o papai chegar, viu ?

Izzy... Porra, só quero te abraçar, querido.

Olho para uma foto nossa tirada no dia do nosso casamento, acaba me dando um pouco de conforto.

MEU DEUS DO CÉU EU VOU SER MÃE. VAI SAIR UM SER DO MEIO DAS MINHAS PERNAS. CARALHO, EU VOU TER UMA FILHA.

Ok, agora que a ficha está caindo.

Porra, esse CARALHO de contração está vindo novamente... Céus, essa é a pior dor que já senti.

Eclipse vem até mim e com suas patinhas acaricia minhas costas.

- Merci, filho - agradeço ao gatinho.

Ouço o barulho da campainha. Em passos de tartaruga eu abro a porta, dando a visão de Duff.

- Lisie, você está bem ? Dorothy está bem ? Ela já nasceu ? As contrações aumentaram ? Tá doendo muito ? - se desespera e eu seguro seus braços.

- Quem está parindo sou eu, se acalme - peço tentando acalma-lo.

- O-ok - respira fundo - as coisas da Dori já estão prontas ?

- Tem uma bolsa lá na quarto - resmungo de dor.

- O-ok, fique aqui que já vamos pro hospital - beija minha testa e vai pro segundo andar.

Porra, a distância e o tempo de cada contração estão ficando piores.

Duff volta, apoia meu corpo no seu e vamos pro meu carro. Ele ajuda a eu me sentar no banco do copiloto e assim começa a dirigir.

- Aonde fica o hospital mais próximo ? - pergunta saindo da garagem.

Como não estou em condições para dar explicações, apenas tiro do porta-luva o mapa de Paris e lhe dou as instruções.

- Ok, tenta relaxar e se sentir confiante, isso vai te ajudar na hora do parto - me orienta acariciando minha mão.

- O-ok - respiro fundo sentindo as contrações.

Ligo a rádio que toca 14 years, do Guns. Ouvir a voz de Izzy me acalma. Mesmo ele não estando de corpo aqui comigo, sua voz me tranquiliza.

Mesmo que Duff esteja me ajudando, e muito, nesse momento ainda quero o meu marido.

Olho para o loiro e o vejo pálido e claramente desesperado. Coitado.

***

O hospital não é longe, então logo chegamos.

Duff me ajuda a ir até a recepção. Assim que chego rapidamente sou atendida e levada para uma sala privada. Como já estava previsto para Dorothy nascer aqui na França, programamos tudo para um conforto maior.

  Cherry Gun - Izzy Stradlin: 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora