Perdição| Jasper Hale

17

Quando acordei estava sozinha no quarto e senti um aperto no peito, onde ele estava? Sai do quarto e desci as escadas correndo e o encontrei na cozinha, imediatamente o abracei sentindo um alívio, ele estava ali, e estava bem

— ei ei, está tudo bem bem, eu estou bem, estava indo te chamar agora, preferi deixá-la descansando um pouco mais- quando ele disse isso os acontecimentos da noite passada vieram a tona, ela se foi

—ela se foi Louis, ela se foi de verdade- disse intensificando o abraço e ele retribuiu
— sim querida, ela se foi, mas vai ficar tudo bem- não o respondi apenas aproveitei o abraço em silêncio deixando algumas lágrimas caírem

Eu sabia que estava sendo difícil para ele também, mas ele estava tentando o melhor para se manter forte para me dar o suporte necessário, ele sempre foi assim, ele sempre priorizou a minha dor e estava do meu lado para me acalmar, Louis era um irmão incrível

Comemos em silêncio, nenhum dos dois sabia o que dizer naquele momento, aquilo era algo que nunca imaginamos que fossemos passar tão cedo, porém resolvi quebrar o silêncio

— o que aconteceu com ela?

— eles ainda não tem certeza, mas acreditam que tenha sido um ataque de algum animal e ela acabou batendo o carro- quando ele disse isso meu corpo gelou, eu tinha certeza que não tinha sido isso, mas não eu não posso acreditar que tenha sido um deles, eles não fariam isso não é? alem do mais eles estavam longe

— ataque animal? Isso é impossível, algo deve estar errado, que animal aqui poderia ter feito isso?
— na verdade não é tão impossível, tem alguns ursos e lobos por aqui perto, sem contar que encontraram marcas
— marcas? De que tipo?
— alguns aranhões, eles ainda estão examinando - dito isso o silêncio pairou sobre nós novamente porém depois de um tempo quem o quebrou dessa vez foi Louis

— o enterro será em 3 dias, papai vai vir, ele disse que é melhor que ele fique aqui até que tudo se resolva, você quer que eu fale com a Jens?

— ah sim entendo, provavelmente vai ser melhor, se você puder falar com ela eu agradeceria, não estou a fim de ter que encarar alguém agora, tenho certeza de que ela vai entender

—tudo bem, daqui a pouco tenho que ir até o hospital, os policiais precisam que um familiar faça a identificação, você vai ficar bem? Eu volto logo, prometo que não vou demorar

— vou sim, não se preocupa, bom então eu vou para o quarto, toma cuidado.

O primeiro mês após a morte da mamãe foi como se eu estivesse em um inferno, o enterro tinha acontecido, Jensen veio junto com o papai e ficou alguns dias me fazendo companhia mas precisou voltar, papai e Louis tinham resolvido o que precisava, e eu estava tentando ao máximo ficar bem, mas os pesadelos me assombravam todas as noites.

Sempre sonhava com ela morrendo na minha frente e eu não podia fazer nada para impedir, minhas mãos e roupas estavam sempre cheias de sangue, ela antes de ser atacada por algo me encarava e eu podia a escutar dizendo que a culpa era minha, eu acordava chorando, com a respiração ofegante e Louis ou papai sempre vinham me acalmar, me sentia mal por fazê-los passar por isso.

No segundo mês me convenceram de que seria bom eu fazer minha viagem para a Itália, que iria me ajudar a melhorar, eu não tinha tanta certeza mas achei que seria bom, lembro de Rose e Alice dizer que se podia curar de qualquer coisa com uma viagem para um lugar bonito.

Pensando nelas decidi que talvez seria bom as encontrar de novo, talvez elas pudessem ir para lá também, mas infelizmente tinha apenas o endereço delas, torcia para que caso elas não estivessem mais lá os conhecidos de Carlisle pudesse passar o recado. Decidi que as escreveria uma carta, e é o que fiz naquele dia, estava chovendo porém agora eu gostava desse clima, me trazia paz.

Fazia algum tempo que não entrava no quarto da mamãe, tinha um certo receio, por conta disso Louis sempre deixava a porta fechada, porém eu precisava de selos e sabia que ela os guardava na gaveta de sua mesa então precisava ir até lá, tinha que encarar isso de uma forma ou de outra

Reuni toda minha coragem e quando entrei o cheiro dela que ainda vagava pelo quarto me atingiu, já fazia algum tempo desde a última vez que tinha o sentido então travei no lugar, o quarto dela estava exatamente como ela deixou e isso me entristeceu um pouco, ele estaria sempre a espera de alguém que não voltaria, corri os olhos pelo a redor por mais um tempo então voltei a focar no que precisava, selos

Fui até a gaveta e encontrei os selos, quando me virei para sair acabei tropeçando no tapete e me apoiei na estante para não cair, porém derrubei um pequeno livro verde no chão

—droga- resmunguei me abaixando para o apanhar, quando ia o devolver no local um pepel caiu de seu interior, coloquei o livro em cima da escrivaninha e peguei o papel, era uma foto antiga

Tinha um casal que eu não fazia ideia de quem era, eles estavam bem arrumados, se vestiam elegantemente, provavelmente era uma foto tirada em algum momento importante pela forma como se vestiam, um detalhe que tornava tudo ainda mais antigo era que estavam em um lugar semelhante a um castelo talvez

— que estranho porque isso estava aqui?- me perguntei, inspecionei melhor tentando me lembrar se já tinha ouvido falar sobre aquelas pessoas, mas de forma alguma isso me vinha a mente, virei a foto na esperança de ter algo escrito como era o costume e lá estava —típico- disse a mim mesma

"Eu e meu amado Aro volturi
           1850, Volterra, Itália"

— wow que antiga, mas nossa que estranho é em volterra, será que era alguém da família?....Bom deixa pra lá, tenho que ir escrever a carta logo, talvez pergunte para o papai ou Louis mais tarde se eles sabem de algo

Coloquei tudo de volta no lugar, peguei os selos que iria usar e voltei para meu quarto para enfim escrever.

Continua...

oiiie, desculpe qualquer erro, a fic não está sendo revisada
Mas espero que estejam gostando
Beijinhos até o próximo cap 😘😘