Prologo - Vida Passada 🌶️

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≻∞≺ Betado ≻∞≺

Estou prestes a cair, é perigoso
Me desculpe, lágrimas caem, sim
A escuridão desce e desaparece 
Dentro do tempo parado
Eles desaparecerão sem deixar rastro
Não consigo parar, por quê?
Meu último pedido
Estou desmoronando, caindo aos pedaços
A escuridão está sendo iluminada
Estou desmoronando, vivendo nas memórias
Dentro da minha memória

(Ailee - Breaking Down)

≻∞≺ Boa Leitura ≻∞≺

Há uma antiga lenda da China que narra que as almas gêmeas são ligadas por um fio vermelho e invisível atado ao dedo mínimo. Este laço pode-se emaranhar, todavia, jamais se parte. Tal lenda é mais do que mero relato, é uma filosofia de vida que muitos cônjuges tomam por guia, buscando exaltar suas uniões.

Na teoria, o sábio grego Platão, em seus discursos no "Banquete", escreveu acerca das almas afins, afirmando que a formosura de um é como a gêmea da formosura de outro.

Já a doutrina da Kabbalah diz que, quando uma alma é forjada, outra é moldada para equilibrar e polarizar a primeira.

A contenda jamais foi de proveito de uma criatura humana. Nenhuma alma aprecia disputar ou injuriar a quem ama, ainda mais quando se trata de um amor de almas afins, duas entidades distintas unidas por uma marca, partilhando uma mesma essência.

No século X, o único ômega de pelagem rosada que a história conheceu foi envolvido por afeto desde o nascimento, acolhido pelo calor de um lar amoroso e admirado por todos. Desde cedo, foi prometido em casamento, como parte de uma aliança entre reinos, ao único alfa de olhos cinzentos, destinado a governar sobre todos e a dedicar respeito e honra somente ao deus imperador.

Quando o jovem ômega completou 21 anos, chegou o momento do matrimônio. Apesar de ser uma união arranjada, o alfa, ao cruzar os olhos de seu futuro ômega, sentiu algo inexplicável: seu corpo estremeceu, suas mãos tremeram e sua fera interior se rejubilou. Era como se suas essências tivessem se entrelaçado para sempre.

Após o enlace, partiram juntos para sua nova morada. As noites que compartilhavam eram intensas, prolongando-se de forma que nem os amigos ou familiares poderiam imaginar.

No entanto, não demorou para que surgissem preocupações, mas estas não vinham de familiares ou do alfa. Era o próprio Jimin, o ômega, quem se pressionava, inquieto por acreditar que não conseguia trazer ao esposo a felicidade que tanto desejava.

— Querido, por que esse semblante tão carregado? — indagou o alfa, ansioso por compreender o que afligia o coração de seu ômega. O rosto do rosado corou, assim como a pontinha delicada de seu nariz.

— Não é nada, meu alfa.

— Jimin, em poucos meses celebraremos cinco anos de união. Conheço-te melhor do que qualquer outro. Dize-me o que te inquieta, pois não suporto imaginar que possa te perder.

— É que... Eu... Creio que talvez devas desposar outra vez.

Jungkook sabia a que o amado se referia. Ele mesmo redigira as leis de seu reino, incluindo a que atendia a um antigo pedido de Jimin. A regra determinava que, após cinco anos de matrimônio, caso o alfa não tivesse ajudado seu ômega a conceber um herdeiro, o ômega, se assim desejasse, poderia escolher um novo ômega para o esposo, ainda que isso contrariasse a vontade do alfa.

 ʲᶦᵏᵒᵒᵏ Meu Alfa, PimentinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora