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"oh cupido vê se me deixa em paz, o meu coração já não pode amar

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"oh cupido vê se me deixa em paz, o meu coração já não pode amar."

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AMÉLIA SANTIAGO

ACORDEI DE MANHÃ COM A CABEÇA DOENDO LEVEMENTE, tento me recordar da noite passada e do que bebi pra ficar daquele jeito, demoro um tempo pois meu raciocínio de manhã é bem lento, mas logo me lembro dele e de tudo que aconteceu ontem.

Com os olhos abertos e direcionados para o teto, começo a pensar que talvez eu estivesse encantada e entretida demais pra me repreender de fazer aquilo, mas agora o arrependimento bateu. Eu prometi a mim mesma que não iria ficar com ninguém até me recuperar 100% daquilo, e olha eu quebrando minha própria promessa.

Pode parecer besteira para outras pessoas, mas eu sempre tento tomar todo cuidado possível com minhas ações para não sair machucada de novo, eu tinha me entregado totalmente ao Louis, e todo mundo sabe o final que isso teve.

Eu havia adorado o tempo que tive com Pepi, ele era prestativo e legal, parecia ter saído de um livro, mas eu sinceramente desejava nunca mais ter que ve-lô.

Porque ver ele novamente significava ter que falar sobre o motivo de eu não querer mais ve-lô, e ter que dar uma explicação concreta da razão pela qual aquilo havia sido apenas o amor de uma noite. Para mim era bem mais fácil ir embora sem dar explicações.

Escuto o barulho de algo de vidro indo ao encontro no chão na sala e me levanto rapidamente da cama, calçando minhas pantufas de patinho para combinar com o meu pijama do mesmo tema, antes de finalmente abrir a porta do quarto e olhar que merda a Olívia tinha feito agora, chego a uma conclusão mental que Barcelona é grande de mais para simplesmente acabar me esbarrando com o garoto.

Após sair do quarto, do corredor tenho uma vista de uma Olívia na sala com uma mão na cintura e a outra na boca, olhando para o chão onde tinha um copo de vidro quebrado com algum líquido, provavelmente suco, esparramado pelo chão também.

--- Não são nem 10 da manhã e você já tá igual uma bêbada de esquina derrubando as coisas no chão? - digo parando do lado pra garota e olhando para a mesma com um olhar "julgador".

--- Para sua informação, eu tô assim por causa da ressaca, e isso no chão era minha poção mágica para me livrar dela!

Volto meu olhar para o chão, olhando com mais atenção para essa tal de "poção mágica", e logo percebo a textura estranha que aquilo parecia ter, fazendo uma cara de nojo.

--- Você ia beber isso?! O que diabos tem aí dentro? Você tá tentando se matar?

--- Sim, eu tava tentando me matar sem ninguém suspeitar que era pra ser um suicídio, como você adivinhou? - ela me lança um sorriso cínico.

MAROON, pedri gonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora