oi! mais uma vez com mais uma JohnJae, porque quem me conhece sabe que esse é de longe o meu shipp predileto no kpop todo. essa história é curtinha, dividida em 2 capítulos (até agora)
espero que gostem!
Jaehyun fechou as cortinas com raiva, quase se assustando com a escuridão que tomou seu quarto. Deixar os olhos abertos era o maior ato de tortura naquele momento e ele sentia que iria explodir a qualquer instante. Seu colchão o abraçou com o calor dos edredons — era uma coincidência perfeita que ele sempre deixava a preguiça vencer e nunca arrumava a própria cama ao acordar.
O único som que escutava era os passos preocupados de Doyoung do lado de fora, abafados pelas meias se chocando contra o piso falso de madeira, a sombra escapando pela fresta debaixo da porta e Jaehyun não podia culpá-lo, ele já estava sendo o melhor amigo e colega de quarto do mundo por ter concordado em não fazer nada que pudesse ser sonoro de alguma forma. Devia ser a empatia que os ômegas tinham entre si, coisa com que Jaehyun não estava lá muito acostumado ainda, mas era legal da parte de Doyoung colaborar desse jeito.
Talvez tudo só piorasse com o diagnóstico recente e de como os últimos quatro meses tinham sido completamente nublados, incerto do que poderia acontecer com o próprio corpo assim que descobriu ser um ômega, Jaehyun tinha quase trinta anos e ainda não se conhecia por completo. No mínimo, assustador. O estresse dele era totalmente justificável.
Jaehyun colocou a cabeça entre dois travesseiros, sentindo uma dor inigualável na nuca e no fundo dos tímpanos. Era ridiculamente doloroso ter que vivenciar aquela merda simplesmente pelo fato de que seu corpo começou a produzir hormônios novos e tudo ter virado uma bagunça completa. Jaehyun não sabia quanto tempo estava daquele jeito, imóvel na própria cama porque até o som do farfalhar dos lençóis parecia ser capaz de matá-lo. Talvez menos que um minuto, ou três horas já haviam passado correndo.
Ele se sentia zonzo, uma raiva insana crescendo dentro de si por essa quebra de rotina tão brusca. Doyoung abriu a porta devagar e Jaehyun espiou pela escuridão, agradecendo em silêncio por todas as luzes do pequeno apartamento estarem devidamente desligadas. Doyoung trouxe um copo d'água e frutas cortadas em uma vasilha de vidro colorido, deixando ambos na mesa de cabeceira.
"Precisa de alguma coisa?" Doyoung sussurrou e Jaehyun quase grunhiu, balançando o indicador no ar para dizer 'não'. "De alguém, talvez?"
Alguém. Jaehyun sentiu vontade de rir, de socar uma parede com muita força. Os hormônios já eram irritantes, a Vessel tinha provado ser um teste de resistência do pior tipo e, para piorar, ainda tinha a questão da droga de cheiros compatíveis. As opções eram tantas, seu organismo seria tão gentil se escolhesse qualquer outra pessoa no mundo ao invés de um garoto arrogante.
"Doyoung..." Ele sussurrou de volta.
"Tô preocupado, Jaehyun. Você nunca passou por isso antes."
"Vou ficar bem."
Doyoung não fez menção de sair do quarto, ele se agachou no chão e estendeu o copo de água em sua direção. Reluto, Jaehyun aceitou e podia jurar que aquilo o fez se sentir um pouquinho só menos na merda; não durou mais que curtos segundos, logo ele afundou na sensação de tontura e o zumbido em seus ouvidos pareciam destinados à torná-lo surdo a qualquer segundo. Doyoung acabou comendo as frutas quando elas foram gentilmente recusadas.
Parecia estar na beira de um penhasco, louco para se jogar e finalizar aquela tortura sem fim, mas era como se o segurassem pelos ombros e amarrassem todos seus membros, o forçando a lidar com a dor. Ele se afundou mais no colchão, um grunhido escapando da garganta a contragosto, e sua mente parecia ter se virado ao avesso, porque a imagem fixa que tinha era... quem ele menos queria ver. Mas ao mesmo tempo, todos seus ossos latejavam e os músculos ardiam como se tivessem dezenas de feridas abertas só pela dor de estar longe dele.
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Vessel | ABO
Storie d'amoreJOHNJAE | +18 | ABO | ALFA!JOHNNY Jaehyun está enfrentando seu primeiro cio, e acaba por descobrir que Johnny, o homem que mais detesta no mundo, é o único que pode satisfazê-lo.