Reigen Psycho100!

~ Um convite a uma reunião ~

— Aqui, sim... Não, não, espere... Aí não. — Ela cruzou os braços e fez uma cara levemente retorcida. — Reigen-kun, sabe que não precisa me ajudar de não quiser né?

Reigen olhou para a moça. Ela estava o dispensando. Mais cedo ele havia se oferecido para a ajudar a levar algumas caixas que Rei havia levado para a sala que, outrora, era o clube de oratória. A moça teria que levar tudo novamente para o carro de seu pai e, como tudo aquilo havia, de certa forma, sido causado por Reigen, o loiro - mesmo sem ânimo algum, apenas para parecer alguém legal - se voluntáriou para ajuda-la junto com o restante do clube dela. Porém, sua capacidade fisica não parecia suportar as caixas pesadas que teria que carregar; tanto que, do caminho do clube até o pátio já havia derrubado uma ou duas das três caixas que estava a levar - e agora, talvez tivesse que pagar por um microfone novo, mas isso ele poderia ver outra hora.

Ele deixou a caixa que segurava no chão, no caso, a única que ainda permaneceu sem nenhum amassado, e se virou para Rei, que a olhava com um olhar tenso. — Só por que derrubei as caixas? — Ele curvou uma sombrancelha vendo a moça suspirar.

— Ei, ei, não é assim, não estou te dispensando ou algo semelhante, só não acho necessário que você se doe tanto sendo que a escolha de deixarmos parte do clube para vocês, foi nossa. — Ela levou sua mão ao ombro do mais alto e sorriu de forma gentil. — Você já está sendo incrível por nos ajudar assim, agora, pode ir.

— Por favor, Rei-san, deixe-me-

— Você, quebrou, meu, micro-fone! — A voz forte de Mukai foi ouvida. Ele fazia pausas entre cada palavra, e a cada uma sempre aumentava um pouco o tom de voz.

Reigen se virou um pouco para olhar para ele, e...

Toc-

Assim que se virou, sentiu o objeto de metal bater em sua testa, cambaleou e tropeçou na caixa que havia deixado no chão,  quando caiu, apagou no mesmo estante. Um pouco depois, não sabia se havia passado muito ou pouco tempo, mas acordou com leves tapinhas em sua bochecha.

—  Oooh, ele acordou! — Tsuchiya exclamou enquanto levantava a cabeça para olhar paa o resto do grupo. — Reigen-kun! Está bem?

O loiro se sentou, piscou algumas vezes e olhou em volta. Percebeu que estava encima da mesa de madeira do clube.

Ele olhou para Tsuchiya — O que aconteceu?

— Desculpa o Mukai, Arataka-kun, ele não bate bem da cabeça, desculpa mesmo! — Rei falou meio apreensiva, enquanto dava uma leve cotovelada no amigo. — Pede Desculpas, mukai.

— Quando meu microfone novo chegar. — o rapaz cruzou os braços.

— Mukai! — Rei se virou para ele e o olhou com seriedade.

— Sem microfone, sem desculpas! — Ele cruzou os braços enquanto devolvia o olhar.

Reigen massageou a testa. — Ei, tá bom, tá bom, tá tudo bem-

— Mas poderia não estar, as chances de uma pessoa morrer por bater a cabeça são tão grandes quanto as chances de um feto nascer morto, na verdade, é possível dizer que toda vez que um acontece o outro também. — Toshiki falou rapidamente e em tom baixo sem tirar o olhar de sua planta, logo olhando para Reigen. — Parabéns, uma criança acaba de nascer viva...

Terada estralou a língua — Para de falar merda, porra.

— Ei, ei — Ryo levantou suas mãos na altura do peito e amaciou o tom de voz na tentativa de acalmar as pessoas na sala. — Tudo bem, Rei-san, não se preocupe com o Reigen, sei que ele é bastante resistente.

A moça suspirou. — Certo, Entendo...

— Bom, de qualquer forma, vocês ainda devem ter algumas caixas para levar e eu não quero atrapalhar seu trabalho por causa de um membro meu, podem ir, nós cuidamos dele —Ryo sorriu enquanto a moça assentia.