Mc Tato • cola

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P O VS / N

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P O V
S / N

Parei no corredor das sala que dava visão para o pátio da escola, era recreio, e eu me encontrava a procura de Otávio.
Botei meu celular no bolso, após ser liberada da sala, estávamos em prova e quem fosse acabando já sendo liberado mais cedo para o recreio, adoro esse professor de geografia, até porque o do ano passado era um saco', caminhei até a quadra, depois de procurar o mesmo pela escola inteira, adentrei a porta da quadra interna e o pude ver na arquibancada, o mesmo mexia no celular, sentado, com as costas meio curvadas e os cotovelos apoiado em seus joelhos, estava com uma cara fechada; o mesmo guardou o celular no bolso observando as árvores pelas janelas cumpridas da quadra, fechou os olhos e respirou profundamente, e quando os abriu, nossos olhos se encontraram, mas não durou nem segundos para o menso desviar e fechar a cara novamente. Ok o problema era algo que eu tinha feito.
Respirei fundo e caminhei até a arquibancada, subi os degraus até chegar no último, me sentei ao seu lado ainda sem obter nem se quer uma palavra.

— o que eu fiz? - perguntei já sabendo que eu tinha feito algo, o mesmo virou a cabeça na minha direção e levou seu corpo para trás, se escorando na parede

— vai se fazer de louca? - cruzou os braços e desceu um pouco seu quadril - eu te avisei que não sabia nada daquela matéria, você concordou em me passar a cola.

— o professor passou a prova inteira me observando, não tinha como eu te ajudar - expliquei - não seria justo eu zerar só pra você conseguir nota!

— foi um trato, quando eu te prometo as coisas, eu cumpro - se levantou e foi descendo

— Otávio, não seja infantil, vamo' conversar - o segui até fora da quadra, peguei em seu braço o virando pra mim - você acha que eu iria querer que você tirasse nota ruim? eu te chamei pra estudar lá em casa, falei que podia ir na sua casa se você quisesse, você cagou pra isso, eu tentei te ajudar.

— eu te avisei que não podia, por causa dos show's, minha agenda tava lotada - soltou o braço, mas continuo na minha frente

— o reisk conversou comigo, disse que eu não deixar você largar os estudos de mão, por causa da carreira...

— eu não tô largando os estudos de mão s/n, eu só não pude estudar pra essa prova, por causa da agenda de show's - bufou

— ele sabe? - botei as mãos no bolso do meu moletom, o encarando seriamente

— do que? - percebeu meu olhar e se retraiu

— que você não estudou pra prova por causa dos show's. - o mesmo ficou em silêncio

— ele sabe? - perguntei novamente, cheguei mais perto dele segurando seu rosto

— s/n...

— Otávio, não mente pra mim - encarei seus olhos

— não, mano - estalou a língua erguendo sua cabeça, fazendo a mesma sair do meio de minhas mãos

— tá - concordei com a cabeça e botei as mãos no bolso de novo

— eu não ia contar, achei que você ia me passar a cola, eu ia tirar nota boa e pronto - deu de ombros

— você ia tá enganado a si mesmo, porque aprender a matéria mesmo você não ia - dei um passo pra trás

— eu sei... mas os cara ia pagar um valor muito bom nos show's e eu não podia perder - passou a mão na nuca - só por favor, não me dá mais esporro, o reisk já faz isso e isso me cansa e piora tudo - reprimiu os lábios

— dinheiro não é tudo Otávio, conhecimento é, e eu não vou te dar esporro e também não vou contar pra ele

— brigada - agarrou minha cintura, beijando minha buchecha

— mas!... - o afastei de meu rosto e o mesmo continuou agarrado em minha cintura - você vai ter que ir comigo nos cinemas. - sorri e ele revirou os olhos

— não tem outra coisa? filme em casa? bem melhor - da de ombros

— não, no cinema, ou eu posso contar pro reisk que você...

— tá bom! - me interrompeu - quando?

— depois da aula nós vai pra casa se arrumar e já vai - o mesmo concordou e se soltou de mim

— vê se não se atrasa pelo menos né - debochou e eu dei um leve tava em sua cabeça

— não vou, otário - o mesmo mostrou dedo do meio e seguimos até a sala

— onde estavam os dois? - o professor de história perguntou, ele era um chato!

— a gente tava na quadra, não ouvimos o sinal tocar, da pra entrar? - falei e Otávio segurou o riso, dei um beliscão nele e alguns dos nossos amigos riram baixinho

— já passou quinze minutos, eu não permito mais - se levantou - peço que se retirem.

— professor, a gente vai ficar quieto se entrar, só dessa vez - pedi e o mesmo me olhou com uma cara de bunda

— se retirem - apontou para a porta

— só dessa vez - Otávio disse

— alunos aguardem aqui, os dois pra diretoria, me sigam - abriu a porta se saiu

— não tinha outra hora pra se pegarem, não? - Henrique gritou

— vai se fude' - Otávio deu dedo do meio para o mesmo - e mesmo se fosse, eu sei que você iria querer tá no meu lugar, pena que ela não te quer, otário - o menino ameaçou de levar

— para, a gente já tá fudido, não fode as coisas mais ainda - o puxei pra fora da sala indo até o professor

— uma hora eu vou quebrar aquele filho da puta, papo reto s/n - fechou a cara

— tá, outra hora, agora não - entramos na diretoria

— tá, outra hora, agora não - entramos na diretoria

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— Sem revisão

— eu já tinha finalizado esse livro, mas fiquei com muita vontade de postar esse!

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𝙞𝙢𝙖𝙜𝙞𝙣𝙚𝙨 𝘽𝙧¹Onde histórias criam vida. Descubra agora