O AR-CONDICIONADO DA VERDINHA

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  "Funcionários públicos nunca devem tomar café depois do almoço. Faz com que percam o sono à tarde."
-Jilly Cooper-


   Do sétimo andar, é o botão que um homem de camiseta listrada: azul, vermelha e branca.  Ele carregava uma caixa de ferramentas de madeira.  Seus um e oitenta e cinco de altura não atrapalha sua saída do elevador  indo até a porta numero 20°, ele bate nela, falando: - Nara, abre essa porta. 
  Rapidamente a porta é aberta por uma mulher baixa de cabelo verde.  -Olá, Heitor! Um bom dia para você também.- ela apoiava seu peso na porta.
  Ele suspira: -Ok. Desculpa! Bom dia, Nara!
   -Assim é melhor, amigão. - ela sai da frente da porta. - Entra. 
   Ele passa por ela. -Você deveria chamar um técnico para isso, e não eu. 
   -Cinquenta reais só para vim ver o problema, é muito caro, prefiro chamar você.- ela fecha a porta. 
   -Mas eu não sou técnico e nem eletricista para ajeitar seu ar-condicionado.- ele coloca a caixa de ferramenta embaixo, mas um pouco afastada, do ar-condicionado. O ar-condicionado ficava na sala de estar do apartamento, que era bem espaçoso. -Onde está a sua escada?- fala ele encarando o ar. 
   -Na despensa. 
   -Eu sei...- ele vira o olho para ela. - Tenho que parar de vim aqui para ajeitar coisas. 
   -Você me ama!
   -Infelizmente.- ele se direciona até a despensa do AP.  -Eu tenho obrigações, Nara. 
   -Reclama não, meu Heitorzinho. - ela encarava seu ar. - Você acha que ele ainda vai ter jeito?
   Ele retornava com a escada. - Eu já te falei que não sou técnico.
   -Mas seu pai não te ensinou umas coisas sobre isso?
   -Sim, ele trabalhava em manutenção geral, me ensinou a concertar coisas, mas, nem por isso, eu posso consertar tudo. - ele arma a escada em baixo do ar-condicionado.  Subindo degrau por degrau, ele para no terceiro, pois já alcançava o ar. 
   -Tanto faz. Você é a única pessoa que entende sobre isso. - ela apoia o seu peso na escada.
   Heitor começa a retirar a primeira proteção do aparelho. entregando para Nara a parte. 
Ela coloca no chão.  -Me dar a chave Philips. - ele dá uma olhada por baixo, onde ficava os parafusos do ar. -Me der a maior que estiver na minha caixa. 
  -Philips?!- ela não entendeu.
  -Você sabe, aquela com a ponta pontiaguda. - ele olha para baixo em direção a Nara.
  Ela se exalta: - Ah tá; A chave estrela. 
  Ele sabia que toda vez ela fazia isso, porque ele se incomodava em fazer um explicação sobre a grande diferença entre Estrela e Philips? Dessa vez ele deixou para lá.  -Vamos! A chaves. 
  Ela entrega nas mãos dele. 
  Ele começa a folgar os parafusos. -Deixa eu adivinhar: parou de gelar?
  Concordando com a cabeça, ela afirma.
  Ele retira a segunda parte, fazendo a mesma coisa da primeira. -Talvez seja um capacitor queimado. - ele começa a verificar dentro do aparelho.
  -Deve ser isso- ela não faz ideia o que é um capacitor. 
  -Você não sabe o que é um capacitor, né?
  -Não faço ideia. 
  Ele faz uma pequena explicação sobre capacitores.  Ela não entendeu muito, pois explicou para ela, da mesma forma que seu pai o  explicou. 
  -Entendeu?
  -Claro!- ela não entendeu uma palavra. o que é um dielétrico? 
  Ele começa a mexer na placa do aparelho. Claro, ele tirou da tomada, antes de começa a abrir. -Pega.- ele entregou a chave que acabou de usar.
  Ela recebeu a chave. Se agachando para colocar ela no mesmo lugar. -Ficou sabendo?- ela questiona.
  -Importa?
  -Importa o quê?
  -Importa do que você está falando.
  -Estou falando de Alice voltando de sua exposição. 
  -Que bom. Vai visitar ela, quando chegar?
  -Acho que sim. Muito ocupada, entende? 
  Ele confirma com a cabeça. -Eu também, mas um cabelo de alface gosta de me chamar  para concertar o ar-condicionado da casa dela, em vez de chamar um técnico.  
  Ela bate na perna de Heitor. -Reclama não, meu filho!
  Heitor sofre um pequeno desequilíbrio na escada, não caiu, mas foi por pouco. -E ainda está  tentando me matar. O que tu tem contra a minha pessoa?- ele segura na escada e olha contra Nara. 
  -Foi mal. -ela retira a mão da escada. 
  Ele balança a cabeça em sinal de um pouco de raiva. - Me dar a fita isolante e um capacitor que está na caixa. Antes que você me derrube. 
  -Fita o quê?
  -De novo não.
  Ele faz um breve explicação sobre a fita. No final, ela nomeou o fita isolante de fita preta para fios. 
  Faz uma pequena gambiarra: grande artificio da mecânica barata inventada para  arrumar, recuperar ou realizar algo. 
  -Pronto -ele desce as escadas, após recolocar tudo que tinha retirado da maquina. -Aqui.- ele entrega o capacitor para Nara. - Não jogue no lixeiro, descarte em locais de resíduos industriais classe II.
  -Heitor.- ela olha para ele. -Me faz um outro favor?
  -Tá, eu descarto para você.
  Ela abraça seu amigo. -Valeu, meu bom.
  -Você tem que parar com essas gírias.
  -Obrigado, Heitor.- Nara, uma mulher baixa que pinta o cabelo de verde há um bom tempo.
  -Raven já estava brava com isso. - ela dá uma risada sem graça. Uma mulher que comprou um apartamento para viver com sua família.
  -Verdade; como está Raven e Nagisa?
  -Estão bem. Raven foi com ele no shopping para comprar uma calça para ele.- falou a mulher que preferindo não criar o seu filho lá, pois quis liberar o grande espaço que o templo ocupava para se construir casas, em tentativa de dá moradia para quem precisa; sua mãe ficaria muito feliz.   
  -Mas ele não tem dezesseis anos? Não já tem idade para ir comprar sozinho? - fala Heitor.
  -Sim. Tem. Mas Raven ainda vê o garoto como uma criancinha.- Nara acompanha Heitor até a saída.
  Heitor carrega sua caixa de ferramentas até a saída. -Ivõ vai voltar essa semana de Nova York. Se quiser, vamos todos visitar Leny e Alice.
  Abrindo a porta, ela comenta: -Seria ótimo, mas por que nós tivemos que se mudar para mais longe de todos?
  -Nós não somos muito inteligente. Vinte quilometro de distancia. Vamos parar com essas nossas ideias, estamos ficando muito velho para isso.
  Chegando a porta, ele se curva até ela e a abraça.
  -Obrigado, de novo, meu amigo. Manda um beijo para Amy por mim. - ela se posiciona na frente da porta, depois que ele saiu da casa.
  -Ok, Nara. Vamos mesmo nessa viaje.- ele  fala um pouco mais alto, pois já estava chegando no elevador.
  -Vamos!- ela acena com a mão. 











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