Capitulo 2

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Capitulo 2


- Olha por onde anda, garota! É cega por acaso?!

E pelo jeito, o que tem de lindo, tem de grosso. Sou muito timida, mas não santa. Ninguém é santo.

- Cega só se for de fome, por que eu tenho certeza que estou vendo esse ser horrível na minha frente.Ta louco, é garoto? Você é que estava parado no meio do caminho.

- Olha, a feinha sabe se defender! Cadê a mamãe florzinha?

- Arg, sai da minha frente cabelo de capim. Gel mandou lembranças, até pras vacas. Agora sai da minha frente, que eu não vou mais perder meu tempo com você. Ta se achando a última bolacha do pacote né? Só não se esqueça, que a última sempre vem quebrada!

Não sei de onde veio a coragem para falar isso, mas no momento não importa. Só quero sair daqui logo, e encontrar meu pai.

Olho pra ele com raiva, e o idiota só da um sorrisinho de lado. Percebendo que o ser lindo, mas desagradável, não irá sair da minha frente, dou meia volta com o carrinho e pego o celular para ligar para o meu pai. Como alguém consegue se perder assim tão fácilmente? Já ia discar o número, quando eu vejo meu pai um pouco mais na frente. Corro um pouco com o carrinho para alcança-lo, e sem perceber acabo gritando para chama-lo. Paro o carrinho, e vou andando lentamente, roxa de vergonha, até meu pai que se encontra parado agora na minha frente. Aceno com a cabeça para ele, e ele entende o recado que é para ir andando. Chegamos em uma determinada área, e pagamos uma pequena fila para fazer o check-in.

Depois de um tempo, seguimos para uma outra fila para o embarque. Começamos a andar, e depois de liberarem nossa entrada, seguimos para outra área, onde iremos pegar o ônibus que nos levará até o avião. Pouco tempo depois, o ônibus chega, e pedem para os passageiros que irão para o Rio de Janeiro formarem uma fila, para não causar tumulto, e pegar o ônibus que nos levará direto a entrada do avião. A fila começa a andar, e logo depois estamos entrando no ônibus. Pego meu celular e começo a filmar o local, que está cheio de aviões. Os aviões parecem tão pequenos, quando estão no alto. Agora vendo de perto, dá pra ver o quão grande eles são. O ônibus para, e o povo começa a descer. Levanto, olho pro meu pai, e vejo que ele está cansado pela sua aparência. Confesso que eu também estou. Apesar de ter cochilado um pouco na grama, e no táxi também, ainda me sinto sonolenta, e cansada. Se eu pudesse, eu fecharia os olhos e dormiria para sempre. São tantas as coisas que são compradas pelo dinheiro, tipo comida, livros, sapatos, internet, etc, que eu até agradeço por dormir, ser de graça.


Descemos do ônibus, em meio a multidão que começa a se formar, por causa dos outros ônibus que chegaram agora também, e fomos para a fila que se formou a partir da pequena escada do avião, até alguns dos ônibus que estão afastados de perto do avião. A fila começa a andar, e logo depois, estamos subindo na pequena escada, que nos leva para o lado de dentro. Procuramos nosso assento, e nos acomodamos, logo depois de guardar as bolsas de mão. Sentamos, colocamos o cinto, e esperamos o tumulto baixar, e todos terminarem de arrumar suas coisas, e se acomodarem também, para o voô decolar. Nem espero mais nada, apenas encosto minha cabeça na cadeira, fecho os olhos, e tento relaxar. E logo depois, dormir.

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Acordo com um cutuque em meu braço, olho pro lado e vejo meu pai sorrindo para mim.

- Dormiu bem, princesinha? Levanta, o avião já pousou.

- Dormi sim pai, deu pra descansar um pouquinho.

Tiro o cinto, levanto, pego minhas coisas, e vou descendo do avião. Sigo para uma área, onde as malas passam, uma por uma, em uma "rasteira". Pego as outras malas, e vou para fora do aeroporto. Pensei que estaria tão vazio aqui, por causa do horário, mas me enganei. Chegando na frente do aeroporto, nós chamamos um táxi. Sento em um banquinho que tem aqui fora, e enquanto espero pelo táxi, observo algumas pessoas saindo do aeroporto também.

Pego meu celular, e conecto os fones. Coloco para tocar a música Don't Forget da diva Demi Lovato. Depois, procuro um joguinho qualquer para passar o tempo. Clico em um jogo chamado AA. É um jogo de raciocínio rápido. O objetivo do jogo, é acertar bolinhas em um determinado espaço entre outras bolinhas, sem encostar em qualquer outra bolinha. No começo, me sentia super confusa, por que o jogo realmente não tem lógica. Mas com o tempo, o jogo continua sem lógica, mas você não consegue parar de jogar o bendito jogo, porque realmente vicia.

Depois de uns cinco minutinhos, o táxi chega. Serviço rápido, só se for em aeroportos ou em lugares com muita movimentação. Pelo menos era assim, em São Paulo. Espero que aqui no Rio, seje assim não só em lugares muito cheio, como em qualquer outro lugar. Entramos no táxi, e seguimos para o nosso novo lar.

Uma hora e meia depois, estamos estacionando em frente a uma casa enorme e linda. Meu pai paga o táxista, pega nossas malas, e pega do bolso, uma pequena chave no meio de muitas outras, em um chaveiro.
Entramos em casa, e eu fico sem reação ao ver que o interior da casa também é muito linda, e espaçosa. Subo as escadas correndo com meu pai atrás de mim, e assim que olho para trás, ele aponta para a última porta do corredor. Corro até lá, conto até três e abro a porta. Quando entro, não acredito no que vejo. Meu quarto, é realmente lindo, todo branco e roxo, com uns tons preto, como o tapete de veludo que cobre o quarto inteiro. Olho para o lado, e percebo que tem uma porta ali. Vou até lá, e abro a porta depois de algum tempo. Entro no meu banheiro, e vejo que assim como a casa, e meu quarto, o banheiro também é lindo. Desço as escadas depois de algum tempo admirando meu mais novo quarto. Pego minhas malas e subo com elas, em direção a última porta. Deixo tudo em um canto, e vou a procura do meu pai pela casa. Entro na primeira porta do corredor, e vejo meu pai deitado na cama.

- Boa noite papai, estou indo dormir.

- Boa noite princesinha, durma com Deus. Gostou da nossa nova casa?

- Sim, amei. Tudo é muito lindo aqui.

- Sim, eu sabia que você ia gostar daqui. Antes de virmos pra cá, eu recebia emails com fotos, de como estava ficando a casa. Agora vá descansar minha filha. Boa noite.

Vou até ele, e deposito um beijo na sua buchecha, e volto para meu quarto. Tiro meu tenis, e deito na cama. Fecho os olhos, e caio em um sono profundo.
É Mel, a vida por aqui com certeza vai mudar...


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Oiiiii ^^
Espero que vocês estejam gostando da história.
Estrelinhas e comentários são muito bem-vindos.
Comentem, dizem se estão gostando da história, ou não. Digam se vocês gostariam de mudar algo. A opinião de vocês é muito importante pra mim.

Beijinhosssss

Nothing Ugly Girl - HISTÓRIA PARADAOnde histórias criam vida. Descubra agora