sidewalk

earthquake

- cara, hoje foi muito legal. - hansol disse, fechando a porta de casa. - ainda bem que eu te levei.

- acho que não ia mudar muita coisa se eu não tivesse ido. - seungkwan se pronunciou, logo sentando no sofá do mais novo.

- como não? a gente ficou junto a tarde inteira, foi incrível.

hansol se senta ao lado do menor, pegando em sua mão.

- kwan, posso te dizer um negócio? - pergunta hansol, recebendo um assento de cabeça do outro. - lembra quando a gente foi na praça comer açaí? então, foi aí que eu descobri que eu te amava. seungkwan, eu ando mais feliz por sua causa. você me anima, me deixa feliz. eu adoro falar com você, isso me deixa muito mais alegre. então, boo seungkwan, você quer namorar comigo?

seungkwan encarou o outro, e um sorriso nasceu em seu rosto.

- como que eu diria que não? claro que sim!

alguns dias se passaram, e o novo casal ainda não havia se assumido para o resto do grupo. seungkwan não queria contar para os outros pois queria deixar no sigilo.
hansol havia começado a estudar na mesma escola de seungkwan, minghao e junhui, e arrastou jisoo com ele. o mais velho negou no primeiro momento, mas depois aceitou pois hansol o subornou. com chocolates.

- hansol. - o nome saiu sussurrado da boca de jisoo, pois estavam no meio da aula de física. - chwe hansol. - aumentou o tom de voz. - chwe hansol vernon. - falou um pouco mais alto, recebendo um olhar feio da professora. - a gente lancha junto hoje? eu, você, o seungkwan, o minghao e o junhui?

- pode ser. vou avisar eles. - virou-se para frente, cutucando o braço de junhui que sentava em sua frente. - junhui.

- oi, fale.

- eu, você, o shua, o seungkwan e o minghao lanchamos junto hoje?

- acho que sim, vou perguntar pro hao. - o mesmo olhou para a direita. - hao.

- speak, my love.

- eu, você, jisoo, seungkwan, hansol, refeitório, lanchar juntos. pode ser?

- pode. avisa o hansol pra ele puxar o seungkwan, eu que não vou pedir licença pra esse pitbull de professor pra ir lá do outro lado da sala. - olhou na direção do professor, que por sorte estava longe dele.

- hansol, daí você puxa o seungkwan junto, que o minghao tá com preguiça de atravessar a sala pra chamar ele.

- beleza.

alguns minutos se passaram, até que o sinal tocou para o horário do recreio. jisoo, minghao e junhui iam em direção da cantina para pegar a mesinha deles, e hansol foi chamar o namorado.

- kwan-ah, vem cá. a gente vai lanchar com os meninos hoje.

- af, queria passar o recreio na sala de teatro de novo. cara, aquela sala é literalmente abandonada! é tão quieto e confortável.

- hoje não. vem logo, seungkwan, antes que a cantina encha.

hansol pegou na mão do namorado e o arrastou até a cantina, logo sentando nas cadeiras de sempre.

- galera, temos novidades. - hansol se pronuncia, olhando para seungkwan. - eu e o seungkwan estamos namorando.

- tá. - jisoo diz, voltando a atenção para seu celular. - e qual a novidade?

- como assim?

- hansol, você e o seungkwan são muito óbvios. - junhui fala, olhando no fundo da alma do moreno. - eu vi vocês dois saindo da sala de teatro, porque eu tava na aula de matemática. daí eu perguntei pro seungkwan e ele gaguejou umas cinco vezes e depois falou que não era nada e saiu correndo.

- eita. - seungkwan falou pela primeira vez, desde que entrou na cantina. - acabei de descobrir que não sei esconder nada.

- você nunca sabe esconder nada, seungkwan. desde que a gente era pequeno, sempre que você tentava esconder alguma coisa, eu sempre descobria no final. - minghao disse, chutando as pernas de boo, que disse um ai.

- ai.

o sinal bateu novamente, fazendo os garotos se separarem para irem às aulas. junhui foi para a aula de educação física, jisoo e minghao foram juntos para a de geografia, hansol foi para a de história, e seungkwan decidiu matar aula. mandou mensagem para hansol avisando para avisar para o professor que havia saído mais cedo, e foi em direção ao telhado da escola.

como sempre, vazio. o mesmo sentou-se em um canto e ficou apenas observando aquela paisagem. sim, era paisagem das 10:30 da manhã, mas ainda era lindo de se ver. por um momento, seu sexto sentido ativou e ele olhou para os lados, encontrando um par de olhos cor de mel o olhando.

- hansol? - disse o garoto, tentando levantar para ver melhor.

- decidi faltar também. - veio o moreno, correndo feito uma criança de 6 anos que havia se perdido da mãe no supermercado. - falei que tava mal, e que ia na sala do coordenador.

- eita. - segurou a mão do outro, e encostou a cabeça em seu ombro.

- eu te amo, kwan-ah.

- eu também te amo muito, hansolie.