No tempo entre conhecer Gaara e a primeira fase, Naruto não viu o ruivo de novo. Claro, ele também estava ocupado então não foi uma surpresa.
Treinar com sua mãe, com Kakashi e sozinho estava cobrando seu preço.
Ele não tinha tempo para nada e andava o tempo todo cansado, mas valia a pena.
Depois de uma tarde cansativa, resolveu sentar-se próximo ao rio, no dia seguinte aconteceria a segunda fase e ele estava meio ansioso.
Ir para casa não resolveria nada, já que estava há muito sem falar com seu próprio pai e sua mãe preferia não interferir deixando que se resolvessem por si mesmos.
Ele é tirado de seus pensamentos quando uma presença senta-se ao seu lado.
- Sinto muito. - Namikaze Minato diz baixinho.
Naruto não se dignifica a olhar para ele.
O silêncio que segue é constrangedor e Minato não sabe o que esperar.
- Pelo que, Hokage-sama? - o Uzumaki pergunta ainda olhando para a água.
- Tudo. - é sussurrado - Sinto muito por tudo, por não estar lá, por não ser um bom pai, por fazer a vila te odiar, sinto muito por não acreditar em você. Eu me arrependo.
- Então você está se desculpando? - Naruto pergunta, franzindo o cenho enquanto ainda olha para a água.
- Sim. Estou. - o Namikaze responde olhando para seu filho em expectativa.
- Bem, eu não perdoo você.
- O que? - Minato pergunta alerta, ele não esperava por isso.
- Eu não perdoo você. - o mais jovem repete.
- Mas- o kage começa, mas não termina por ser interrompido.
- Não, você vai ter que viver com a merda que você fez pelo resto da sua vida. Não é problema meu se você sente culpa.
- Mas a sua mãe--
- Não a coloque no meio, esse assunto é meu e seu, além do mais, eu já conversei com ela. - o olhar que recebe dos olhos mais jovens é cheio de raiva e ressentimento, o que o faz se calar.
Eles continuam sentados por um tempo sem saber o que fazer, até que o Relâmpago Amarelo se vai.
- Saía de onde está e pare de se esconder, covarde. - o jichuuriki diz.
Sabaku no Gaara aparece ao seu lado, olhando-o, analisando-o.
- Achei que fosse perdoar o que quer que ele tenha feito. Você parece esse tipo de gente...
- Uma pena que confundi o grande Jichuuriki de Suna, nossa, como eu me importo. - o loiro zomba com raiva.
- Você é menos fraco do que pensei.
- Ódio não é força. - Naruto estabelece.
- Do seu ponto de vista, me fez seguir em frente e vencer quem queria me vencer.
- Você não venceu, - o jichuuriki da Kyuubi ri - só se tornou exatamente o esperado, isso é fraqueza.
- Oh, então o que acha que teria sido força? - Gaara pergunta, sua mente instável curiosa sobre isso.
- Ir embora, deixar tudo para trás. Talvez voltar anos depois e destruir tudo. Qualquer coisa, menos ser o que era esperado.
Gaara o olha. Naruto não tira os olhos do rio.
- Você sabe que ainda vou te destruir.
- Você pode tentar, mas Kurama não me deixaria morrer. Eu te mataria primeiro.
Um silêncio confortável se estabelece entre eles.
E mesmo com a ameaça um ao outro sobre suas cabeças, o Uzumaki sente mais paz do que jamais sentiu com alguém.
Shikamaru e Choji eram seus amigos de uma certa forma, mas nunca o entenderiam tão bem, quanto este cara a seu lado.
Suspirando ele decide se deitar e tirar um cochilo.
- Eu posso te matar enquanto dorme, sabia?
- Você não vai, o que você vai fazer é me proteger se realmente quiser lutar com o jichuuriki da grandessíssima Kyuubi no Yoko.
Sem abrir os olhos o garoto sabe que o Sabaku revirou os olhos, mas vai fazer mesmo assim.
Quando acorda, o sol está se pondo e o ruivo ainda está ao seu lado. O dono dos olhos azuis se espreguiça e boceja.
No fim, o silêncio permanece entre eles, é um conforto para ambos, algo em que podem se apegar. Não há julgamento aqui então tudo está bem por enquanto.
- O que te faz viver? - o Uzumaki finalmente pergunta algo que está em sua mente a um tempo.
- Vingança, quero destruir aquela Vila antes de morrer, as mortes me dão um sentido. - Gaara responde honestamente. - E você?
- Não sei realmente, só estou aqui. Eu acho que pode ser a minha mãe, mas acho que não, então não sei realmente. A aldeia me odeia, eu não falo muito com várias pessoas e não tenho uma razão para viver... - ele faz uma pausa olhando para o sol que pouco a pouco vai se escondendo no horizonte. - Eu acho que sou covarde, quero dizer não tenho medo de morrer, mas sou covarde demais para me matar. Sinto que se fizer isso perco alguns coisa, não sei, existe alguma corrente me prendendo a vida que eu realmente não entendo.
Gaara o olha, curioso. Naruto é importante, Gaara pode sentir isso, a aura de alma velha, de força, mas não entende exatamente, é como algo antigo.
- Você tem isso em você... - o ruivo diz, dando de ombros.
Os dois ficam em silêncio novamente.
- Quando eu morrer, quero que você fique com meu corpo. - Naruto diz baixinho.
- Por que eu? - o dono dos olhos verdes pergunta levantando a sombrancelha.
- Não quero que Konoha tenha nenhum acesso e você não é leal a Suna também, então...
- Certo. - Gaara confirma. - O que quer eu faça com seu corpo?
- Quero que creme e jogue minhas cinzas nas praias da antiga Uzushio. Eu sou um Uzumaki muito antes de Jichuuriki e muito antes de alguém que nasceu em Konoha.
Gaara acena, ele entende.
Quando o sol já se pôs e a lua já nasce, Naruto se levanta, se despede e se vai para casa.
Para alguém meio instável, Gaara é uma boa companhia, ele espera que possam se dar bem apesar de tudo.
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(N/A: Olá olá, tudo bem, anjinhos?
Espero q sim, também espero q tenham gostado do capítulo!
Bjs e até semana q vem ♡♡)
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Meu jeito Jinchuuriki
FanfictionQuando nascemos somos amados por nossos pais, geralmente. Mas não foi isso que aconteceu com Uzumaki Naruto. Em pleno ataque da kyubi, Kushina e Minato ambos querendo poder selar a kyubi e acabar logo com tudo que estava acontecendo, todas as mortes...