Romeo, take me somewhere.

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Boa leitura! 💐

Louis estava andando pelas ruas de Verona, tudo a sua volta parecia mágico, ele tirava fotos e algumas enviava para Gracie e Susan, provavelmente era noite em Nova York, ele não tinha muita noção por estar encantado com o lugar. Gracie respondia animada pelo amigo, sua chefe perguntava o que ele achou do apartamento e das inúmeras plantas que ela escolheu, claramente felizes pelo ômega.

Andou até parar em uma gelateria chamada Amorino, ao entrar foi atendido por um alfa que ficou encantado pelo menor. Ele sabia o que seu cheiro e beleza causava em todos ao seu redor, as pessoas percebiam que aquele ômega não era de lá, ele era esplêndido e encantador.

Louis não pagou pelo seu gelatto, o alfa fez questão de fazer por conta da casa para o lindo ômega, o que o deixou com as bochechas coradas.

Ele estava conversando com Gracie quando uma placa lhe chamou a atenção.

"Casa di Giulietta"

O ômega sabia o que era aquele local, Romeu e Julieta era um clichê e ele estudou muito sobre antes de concluir jornalismo, ele amava aquela história sempre que podia estava comentando com a sua amiga.

Quando finalmente conseguiu entrar entre a multidão de pessoas, se deparou com inúmeras cartas em um muro, gente escrevendo e outros chorando, era cheio de histórias e ele podia sentir cada emoção retratada ali.

— Oh! Me perdoe, eu não te vi! — Falou quando esbarrou em uma mulher que estava chorando. — Ah, você está bem, querida?

— Non posso vivere senza di lui, dimmi perché questo dolore! (Não posso viver sem ele, me diga porquê essa dor!) - A moça suplicou, ela parecia desesperada e o ômega não sabia o que fazer, tentou consola-lá mas ela saiu chorando e falando.

Louis olhou para todas aquelas pessoas que pareciam desoladas, escolheu um lugar mais calmo e retirou da sua ecobag seu caderninho de escrita, passou a tarde escrevendo algumas coisas até que percebeu que já não tinha mais ninguém no local, apenas ele e uma moça com uma cesta, a mesma pegava as cartas do muro o que fez com que o ômega ficasse curioso.

Resolveu não questionar, já que não sabia se ela falava inglês e poderia ser uma italiana brava, eles costumavam ser bastante ou eram apenas costumes.

Assim que a moça recolheu todas as cartas e saiu andando com a cesta na mão, Louis guardou suas coisas e foi atrás, pensou que seria uma boa ideia, não tinha noção de onde estava indo mas queria garantir que essa mulher não roubasse aquelas cartas.

Ele a seguiu até um pequeno restaurante onde a viu se encontrar com mais três mulheres, elas entraram no local e foram direto para as escadas dos fundos, o ômega foi atrás, assim que entrou se deparou com as mulheres rindo e lendo as cartas.

— Ah! Com licença... — Bateu na porta.

— Oh! Você deve ser o estagiário novo, muito prazer, me chamo Isabella! — Uma mulher de cabelos pretos e alta, parecia alfa, veio em sua direção e apertou sua mão.

— Não... quero dizer, não sou o estagiário novo, me desculpe se foi invasivo, mas eu vi você com as cartas e quis saber o que iria fazer com elas, me chamo Louis. — Explicou de um jeito meio tímido, a atenção das mulheres mais velhas estavam sobre ele agora. Adorável!

— Ah querido, pensei que era nosso novo estagiário, bom... entre e vamos conversar, te explicarei tudo.

Isabella tirou sua dúvida em questão das cartas, elas eram secretarias da Julieta, trabalhavam para a prefeitura e respondiam as inúmeras cartas deixadas naquele muro todos os dias. O ômega se encantou.

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