Ato 03

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Dentro da infinidade de utopias que sucede-se no Reino dos Sonhos, a mais aclamada pelos sonhadores de Stalean é a revelação do seu felizes para sempre, pois este reino mágico pode revelar sua maior felicidade em um sonho

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Dentro da infinidade de utopias que sucede-se no Reino dos Sonhos, a mais aclamada pelos sonhadores de Stalean é a revelação do seu felizes para sempre, pois este reino mágico pode revelar sua maior felicidade em um sonho. Mas durante todas as minhas visitas neste paraíso encantado, a única visão que tenho tido é a destruição do meu conto de fadas, as chamas dilacerando as almas dos inocentes, as princesas numa cadeia de rancor e os animais divinos sendo torturados.

Desde criança já tinha noção que minha vida sempre esteve condenada, porque esse presságio me assombra faz um bom tempo. Mas ainda sim, continuei sonhando e colocando expectativa que isso poderia mudar. Infelizmente, nada mudou.

Posiciono-me entre as diversas criaturas abstratas que voam nos céus avermelhados, com a feição atenta aos movimentos irreais daqueles seres fantásticos, pelo que parece vários portais mágicos estão expulsando os animais de suas respectivas histórias. E sim, tenho consciência de que toda essa desestabilização no Reino dos Sonhos e nos outros contos de fadas apenas aconteceu por causa do pedido que fiz a minha varinha mágica.

- Mas não era pra isso estar acontecendo! Não era pro meu pedido trazer estás consequências. - Tento formular algo para tranquilizar tanto aqueles animais amedrontados, quanto minha própria mente, só que não funciona.

O meu semblante remoído pelo terror paira numa revoada de corvos escuros e precários, que voam em espiral no centro do maior portal que foi aberto no Reino dos Sonhos, trata-se da dimensão do meu conto de fadas. Entretanto, o que mais me assustou foi a imagem máscula que se forma com a junção de todos aqueles corvos: as penas sombrias esfarelam como as areias do inferno, a carne podre ganha uma forma física forte e logo a silhueta de um grande homem formou-se.

- Pai! — Num grito repleto de pavor, os olhos escarlates do profano rei se fixou no meu olhar amedrontado.

- Oh meu filho, o que foi que você fez? — Com aquele sorriso debochado já pude perceber do que ele está falando, tive a certeza quando sacou de suas vestes escuras a minha varinha mágica englobada de escuridão.

- É você! Pensei que fosse eu quem estaria desestabilizando os contos de fadas, mas na verdade é você! Por que não me quer ver feliz? — As lágrimas escorriam de meus olhos chorosos e à raiva domina meu corpo.

- É uma surpresa que vocês foram capazes de fugir da masmorra dos infelizes! Mas sinceramente, não sou eu quem está causando tudo isso. — Em passos tranquilos e sossegados, meu pai se aproximou de mim com um grande sorriso estampado.

- Eu tenho uma vocação maior para cumprir, meu filho! E quando você invocou uma magia muito poderosa e reuniu todos os objetos mais importantes dos contos de fadas para dar vida a este lugar, você apenas facilitou meu objetivo. — Ele comenta usando uma voz manipuladora, usando a mágica da varinha para manipular outros objetos vindos de outras histórias, como a maçã envenenada, a roca de fiar, a varinha de condão e bem mais. Merda, meu pai pegou minha varinha.

O Conto dos CondenadosOnde histórias criam vida. Descubra agora