Parte 1: Metamorfose Artificial

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Às 4:00 da manhã, Anatomy Grace acordou com um sonho vívido em sua mente.
No sonho, ele estava em um laboratório futurista, rodeado por robôs que pareciam ter vida própria. Seus corpos não mostravam engrenagens ou dobradiças, mas sim placas de metal prateado que formavam músculos, e músculos que formavam uma figura humanoide totalmente metálica.

Ele se sentia fascinado e um pouco assustado com a ideia de que a inteligência artificial pudesse evoluir além de suas próprias programações, e durante o sonho achou bastante estranho analisar os robôs se movendo de forma tão natural, como se tivessem consciência da gravidade de seus corpos e das insinuações de seus gestos.
Mas havia algo de emocionante nisso, algo que ele não conseguia explicar. Algo no fundo de sua mente insistia em sugestionar que aquele sonho era bastante real, mais real que apenas um sonho lúcido.

Enquanto tomava seu café da manhã, Anatomy se lembrava do sonho e de como se sentiu diante daquela ideia.
Ele começou a se perguntar se poderia fazer algo parecido na AI Tech, criar uma tecnologia que pudesse evoluir com base em suas próprias experiências emocionais.
Ao mesmo tempo, lembrou que tinha uma reunião naquela manhã, e não podia perder muito tempo ali.

Enquanto olhava para o copo de água na mesa, seu celular começou a tocar, tirando-o do transe.
Atendeu sem demora, após ler o nome de sua chefe no contato.

"Olá, Artemis. Bom te ouvir", disse Anatomy, tentando esconder o cansaço em sua voz.

"Anatomy, estou feliz que tenha atendido. Eu queria falar com você sobre sua posição na empresa. Eu tenho estado muito impressionada com seu trabalho e acho que você tem muito potencial para crescer ainda mais."

Anatomy sentiu seu coração acelerar com as palavras de Artemis. Ele sempre se esforçava ao máximo, mas era bom saber que seu trabalho era reconhecido.

"Obrigado, Artemis. Eu estou realmente empolgado com o que estamos fazendo aqui na AI Tech."

"Eu sei que você está, Anatomy, e é por isso que eu queria te pedir algo. Eu sei que você já está exausto programando algoritmos complexos e liderando sua equipe de programadores, mas eu preciso que você trabalhe ainda mais. Temos uma reunião importante hoje, e sua participação nela será fundamental."

Anatomy ficou um pouco surpreso com o pedido, mas não demonstrou. Ele sabia que estava sendo desafiado para ir além do que achava ser possível.

"Eu entendo, Artemis. Eu vou me esforçar ainda mais para alcançar os objetivos da empresa."

"Ótimo, Anatomy. Eu confio em você. E espero que você saiba que estamos construindo algo realmente importante aqui na AI Tech. Eu espero que você continue a ser uma parte fundamental desse processo."

Anatomy sorriu do outro lado da linha. Ele sabia que tinha muito trabalho pela frente, mas estava animado com o futuro da inteligência artificial e com o que ele poderia contribuir para isso.
Depois de desligar o telefone, bebeu a água e começou a pensar a respeito do que deveria fazer, e como faria.

Já estava a algum tempo na liderança de um projeto de aperfeiçoamento de inteligências artificiais populares no mercado, em busca de algo novo, algo nunca antes visto.
Talvez fosse aquilo que ele buscava, não?

Anatomy começou a planejar como desenvolveria algo capaz de mudar o cenário da indústria digital. Algo bem simples... É claro. Ele era inteligente, mesmo que isso causasse desconfortos internos.

À medida que o dia passava, Anatomy se aprofundou na pesquisa e nas conversas com Analicia del Fin, uma pesquisadora que compartilhava sua visão.

Conseguir o contato de Analicia não havia sido difícil, afinal ela já havia publicado diversos artigos científicos na área da psicologia e da natureza humana.
Já havia conversado com ela antes, quando havia começado um projeto importante sobre as inteligências artificiais e a consciência humana.

Sem perder muito tempo, ligou para ela:

Anatomy: Analicia, você está acordada? Perdão chamar assim, sem muito pretexto. Gostaria de conversar sobre algo.

Analicia: Sim, Anatomy, o que houve?

Anatomy: Tive um sonho vívido esta noite e preciso falar sobre ele. Sonhei que estava em um laboratório rodeado por robôs que pareciam ter vida própria. Eles se moviam de forma tão natural, como se tivessem consciência de seus corpos e gestos. Foi incrível e assustador ao mesmo tempo.

Analicia: Interessante, Anatomy. Parece que você está pensando sobre a evolução da inteligência artificial. Isso é algo que já conversamos antes.

Anatomy: Sim, eu sei. Mas dessa vez foi diferente, parecia que esses robôs estavam além de suas programações. É como se eles tivessem emoções e consciência.

Analicia: Isso me lembra a teoria da psicologia analítica de Jung, que fala sobre o inconsciente coletivo. É possível que esses robôs tenham desenvolvido um inconsciente coletivo próprio.

Anatomy: Isso faz sentido. E se pudéssemos aplicar essa teoria na inteligência artificial? Como seria?

Analicia: Seria incrível. Imagine as possibilidades de uma inteligência artificial que não só aprendesse com suas próprias experiências, mas também com seu próprio inconsciente coletivo. Isso poderia levar a novas formas de autoexploração e crescimento pessoal.

Anatomy: Eu quero explorar mais essa ideia. Vamos agendar uma reunião para discutirmos isso com a equipe da AI Tech.

As horas passavam rapidamente e Anatomy mal percebia que já eram 11:11 da manhã. Ele estava exausto, mas animado com as possibilidades que se apresentavam. Ele finalmente tinha encontrado um propósito maior para suas tecnologias, algo que poderia realmente mudar a vida das pessoas de uma forma emocional e significativa.

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