A NOITE NO VELÓRIO

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O ar frio e úmido do cemitério envolvia o velório de um homem desconhecido, que havia falecido de maneira misteriosa. Aparentemente, ninguém conhecia sua história ou sua causa de morte, o que aumentava a tensão entre os poucos presentes. Apenas uma pessoa parecia saber mais sobre a vítima, um senhor de idade avançada e de aparência estranha, que permanecia ao lado do caixão com um olhar fixo e sombrio.

Foi então que o senhor começou a contar uma história. Ele se lembrou do dia em que conheceu o falecido, em um dia de verão, quando ele caminhava pelo bosque próximo ao cemitério. Foi quando avistou uma luz estranha, que parecia vir de um ponto distante. Curioso, ele se aproximou do local, até que encontrou o homem caído no chão, aparentemente desmaiado.

Naquele dia de verão, o senhor Hawthorne caminhava pelo bosque próximo ao cemitério, apreciando a beleza da natureza ao seu redor. Ele estava sozinho, imerso em seus próprios pensamentos, quando de repente avistou uma luz estranha no horizonte. A luz parecia pulsar, como se fosse uma espécie de chamado. Curioso, o senhor decidiu se aproximar do ponto onde a luz parecia estar vindo. Ele caminhou por alguns minutos, seguindo o brilho sobrenatural, até que chegou a uma pequena clareira.

Foi então que o senhor notou algo estranho no chão. Era um homem, caído de bruços, com o rosto virado para o chão. O senhor se aproximou lentamente, com um pouco de receio, mas notou que o homem estava imóvel. Tentou acordá-lo, mas não obteve resposta. Hawthorne notou algo estranho na região do peito do homem. Uma cicatriz profunda, em formato de estrela, parecia cortar a pele. O senhor não conseguia entender o que havia acontecido. Como alguém poderia ter uma cicatriz tão estranha e profunda no peito?

Intrigado, o senhor decidiu levar o homem para o hospital mais próximo, mas teve dificuldades em carregá-lo. Ele era muito pesado e não parecia responder a nenhum estímulo. O senhor lutou para carregá-lo, mas acabou conseguindo. Ele só tinha uma certeza: aquela cicatriz era um mistério que precisava ser desvendado.

O senhor Hawthorne carregou o homem com dificuldade pelo bosque, seguindo o caminho que havia percorrido minutos antes. Ele sentia o peso do corpo do homem em seus braços, e as árvores pareciam fechar-se à sua volta, criando um labirinto sombrio. Enquanto caminhava, o senhor percebeu que a floresta parecia ter ganhado vida própria. Os galhos se contorciam e pareciam agarrá-lo, como se tentassem impedir que ele prosseguisse. Ele sentia o cheiro de terra úmida e folhas mortas, e ouvia os ruídos de animais noturnos que saíam das sombras. De repente, o senhor tropeçou em um galho e quase caiu, mas conseguiu se recuperar a tempo. Ele percebeu que o bosque parecia estar ficando mais escuro e sombrio, e que o ar parecia ficar mais denso a cada passo que dava.

Finalmente, após uma caminhada tortuosa, o senhor Hawthorne conseguiu chegar à estrada que levava ao hospital. Ele respirou fundo, aliviado, e seguiu em frente, sentindo o peso do corpo do homem em seus braços. Algo na mão esquerda do indivíduo chamou a atenção do senhor Hawthorne. Ele usava um lindo e curioso anel de ouro. Havia inscrições ao seu redor e era cravejado, no topo, com uma pedra preciosa.

Ao chegar ao hospital, o senhor Hawthorne foi recebido por uma equipe de médicos e enfermeiros que ficaram chocados com o estado do homem que ele havia trazido. A equipe médica rapidamente conduziu o homem para dentro do hospital, enquanto o senhor Hawthorne permaneceu na sala de espera, ainda atordoado pelo que havia acontecido. Enquanto esperava, o senhor tentava entender o que havia acontecido naquele bosque sombrio. Ele se lembrava da cicatriz em formato de estrela no peito do homem, e sabia que aquele mistério precisava ser desvendado. Agora, ele estava com aquele lindo objeto em suas mãos, o anel do indivíduo. O senhor Hawthorne temia que esse objeto, que parece ser importante, devido à sua beleza pularem sobre os olhos de quem o vê, pudesse ser subtraído do homem desconhecido. Sendo assim, o senhor Hawthorne tomou para si aquele anel. Ele tinha a sensação de que havia visto algo terrível e inominável no bosque, e que aquele encontro com o homem não era apenas uma coincidência.

5 Minutos para Meia NoiteWhere stories live. Discover now