tenho meus afazeres

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Pov Carolina

ela desceu sua mão para minha cintura e apertou, logo depois sussurrando em meu ouvido.

- gatinha... vai lá nos seus amigos, um pouquinho. - a olhei incrédula, ela não iria fazer aquilo, pensei em brigar com ela ali mesmo, ela não podia fazer aquilo, ela não era minha dona! mas logo desisti de brigar quando senti um carinho suave em minha cintura.

Caminhei entre as pessoas à procura de Tainá e Camila até que ouvi uma gritaria após alguns segundos. Bárbara estava em cima de Bruno e socava seu rosto, Bruno tentava segurar as mãos dela, na tentativa de segurar os socos que era desfilados em seu rosto. Quando o rosto dele começou a sangrar muito, ela se levantou e começou a desferir chutes em seu estômago.  

Sai daquela bagunça e corri até Victor.

- Victor... por favor! - ele me encara se separando de Tainá e depois de uns segundos, fomos até Bárbara, Victor à segurou, e Bruno se virou no chão agonizando de dor  tentando se levantar.

- me ajudem aqui seus merdas, ou vão ficar aí parados me olhando? - Bruno gritou irritado para seus amigos, que logos foram ajudá-lo.

Me aproximei de Bárbara que estava com meus olhos preferidos irreconhecíveis.

- era só recusar, porra! - Bruno falou sôfrego. Então Bárbara fez o que ninguém esperava.

- só recusar? Eu devia ter te matado, desgraçado! - todos olhavam espantados. - Carolina não é uma puta, não é moeda de troca. Ela não é baixa como nós dois. Deixe ela fora deste mundo podre. - depois de um tempo em silêncio anormal, todos continuavam olhando ela. ninguém acreditava que ela havia falado.

Marcos foi carregado para o carro dele, ficando no banco do carona entanto seu amigo arrancava o carro dali. Logo todos que estavam à olhando saíram dali também,  ficando somente meus amigos.

- vou correr. - ela falou seca, e se soltando de mim.

- só se você estiver ficando louca. - segurei ela pelo pulso. - você não sai daqui até se acalmar.

- como você quer que eu me acalme, Carolina? Aquele escroto falou de você como se você fosse uma vadia qualquer. Como... - não deixo que ela termine e puxo seu corpo colando ele com o meu.

- você já bateu nele. agora se acalme. - aproximei nossos rosto selando nossos lábios devagar, beija ela lentamente até sentir seu corpo relaxar. e logo depois ela me abraçou. - vamos para casa, amanhã você corre. - ela ficou em silêncio por um tempo.

- que dia do mês é amanhã? - perguntou assim derrepente.

- 28. - respondi com um semblante confuso.

- hoje não dá, gatinha. - me deu um selinho. - tenho que correr, já estou mais calma.

- tudo bem. Vou te esperar com as meninas tá bom? - perguntei e ela assentiu, selando nossos lábios por uma última vez antes de ir.

Depois de muito tempo,  e algumas corridas ganhas,  eu não sabia exatamente quantas foram, mas com o dinheiro que ela ganhou, sustentaria minha família por um bom tempo. Isso só me deixava mais curiosa.

Assim que ela parou, me chamou para que fôssemos embora, me despedir das meninas e de Victor. E entrei em seu carro.

Bárbara repousou sua mão em minha coxa tirando a de lá apenas para trocar de marchar, ela parecia nervosa com algo, o caminho seria totalmente silencioso se não fosse o rádio que tocava diversas músicas em um volume médio.  Depois de alguns minutos chegamos em minha casa, parando na porta.

- você quer entrar?

- hoje não dá, loira. Tenho meus afazeres. - disse fazendo um biquinho.

- tudo bem, até amanhã. - nos beijamos pela última vez e ela partiu cantando pneus.

𝐩𝐥𝐚𝐭𝐨𝐧𝐢𝐬𝐜𝐡𝐞 𝐋𝐢𝐞𝐛𝐞 - 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐭𝐚𝐧 𝐆!𝐏 Onde histórias criam vida. Descubra agora