amor tranquilo

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Pov Carolina


Fechei a porta do quarto de jão com força, e desci as escadas rapidamente logo saindo para fora de casa, vendo o carro de Bárbara dobrar na esquina, em alguns segundos meu irmão apareceu na porta com as chaves e um pijama preto.

- Carol, tem como você me explicar que porra tá acontecendo? - disse enquanto eu te puxava para perto do carro de papai.

- entra no carro logo, precisamos ir rápido. - ele me encarou rapidamente mas logo entrou no carro saindo da garagem.  - vire na primeira direita. e seja rápido, por favor.

- eu vou fazer isso, mas você pode ir começando a me explica o que está acontecendo. - disse arrancando o carro.

- já aviso que você não vai gostar... - assim que ele vira a esquina visualizou o carro de Bárbara.

-  o que foi que sua namoradinha aprontou?

- jão, pare por favor. só siga ela.

- é sério, Carol. essa menina só vai te trazer dor de cabeça. você precisa de um amor tranquilo. ela não é para você.  - disse continuando seguindo ela mantendo uma distância considerável.

- para... - digo com um nó em minha garganta, por mais que eu morresse negando, ele estava certo.

- você merece coisa melhor, Carolina. mas você nunca vai admitir isso. - disse por fim instalando um silêncio insuportável dentro do carro.

Nunca vou entender esse ódio que meu irmão sentia por ela.

Depois de alguns minutos rodando ela parou o carro em frente a uma casa que juguei ser sua, já que vi a mesma a abrir com uma chave. Estava tudo escuro, e quando ela entrou as luzes continuaram apagas. Estávamos estacionando na esquina, enquanto eu pensava em que fazer.

- obrigada pela conversa bacana. - digo sarcástica enquanto abro a porta. - mas pode voltar para casa. Qualquer coisa ligo para o Gilson. - saio e fecho a porta com força.

- não vou te deixar aqui sozinha. - disse saindo do carro e fechando a porta.

- Bárbara está aqui. - disse olhando em seus olhos, e ele solta uma falsa risada.

- por isso mesmo não vou te deixar aqui. - respondeu fazendo meu sangue ferver.

- João Vitor escuta aqui, já estou de saco cheio de você. não aguento mais suas implicâncias com Bárbara. não preciso que você me proteja de nada. - disse me aproximando dele, ficando em sua frente. - já disse! se acontecer algo, eu ligo pra Gilson! volte para casa e fume maconha a vontade. - disse encarando seu rosto.

- você ainda vai me matar de raiva Carolina. - disse me dando as costas e abrindo a porta do carro. - faz o que quiser de sua vida. não dou a mínima mais.

Assim que ele arrancou o carro dali, caminhei ansiosamente em direção a casa. Dando duas batidas na porta. Esperei alguns segundos até que Bárbara abriu só um pouco a porta. Arregalou os olhos que estavam extremamente vermelhos. E seu rosto que haviam algumas lágrimas. 

- você não pode ficar aqui. vai embora, Carolina! - ela falava tão baixo que eu quase não ouvia.

- por que você está sussurrando? - perguntei confusa.

- conversamos depois, vá embora, por favor.

- não vou embora até você me explicar tudo! - disse alto.

- meu querido desgosto! Você chegou? - uma voz grossa que não consegui identificar falou, e ela fechou seus olhos e escorou sua cabeça na porta.

𝐩𝐥𝐚𝐭𝐨𝐧𝐢𝐬𝐜𝐡𝐞 𝐋𝐢𝐞𝐛𝐞 - 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐭𝐚𝐧 𝐆!𝐏 Onde histórias criam vida. Descubra agora