2. Colors?

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#douradinhodatorre


Aconteceu de novo...

Eu me sentia sujo, patético, enganado. E o pior? me sentia assim pela pessoa que jurou me amar e me proteger para sempre, mas com o tempo, eu percebi que tudo isso não passou de uma mentira.

Até ontem eu achava que não era uma pessoa manipulável, mas olha só onde estou. Deitado na cama de Doyun, com o corpo todo dolorido e muitas marcas roxas espalhadas pela minha pele, principalmente no meu quadril. Sem contar com o meu lábio inferir levemente ferido, pelo tapa que havia ganhado de presente de aniversário.

Sim, hoje é meu aniversário. Não é sempre que fazemos 22 anos, então eu decidi me presentear com algo que queria fazer há um bom tempo, uma tatuagem.

Para Doyun não suspeitar de nada, acabei agendando a tatuagem às três da madrugada e rapidamente apaguei a conversa, me sentindo ansioso para o dia seguinte.

- Cubra essas marcas antes de descer, não quero que seu pai reclame de novo sobre elas. - a voz rude e rouca soou por todo o cômodo, fazendo todo o meu corpo se arrepiar de medo e receio. - Conseguiu enxergar alguma cor, meu anjo?

Suspirei profundamente ao ouvir a pergunta do mais velho e me encolhi ainda mais na cama, agarrando o lençol da cama com força para segurar as lágrimas que ameaçam escapar.

Por que ele sempre fazia isso comigo? todo dia era uma tortura quando ele me perguntava sobre as cores...

- Não, Do. - sussurrei, me preparando para o que estava por vir.

Senti uma movimentação no colchão e fui brutalmente virado para ficar de frente para o mais alto, sentindo o mesmo agarrar meu maxilar e apertar o local com força enquanto me encarava.

- Meu anjo, eu não vou ser paciente para sempre, hm? - tirou alguns fios dos meus olhos com a outra mão, apertado ainda mais meu maxilar. - Você sabe que é meu, nao é? minha alma gêmea. Vai ser meu para sempre e nós funcionamos bem juntos, querido. - me mostrou um de seus sorrisos sádicos, deixando um selar demorado em meus lábios trêmulos. - Agora levante para se arrumar.

Soltou meu rosto com a mesma brutalidade, logo se afastando e saindo do quarto com a sua pose impecável, como sempre.

Levantei da cama com os olhos transbordando de lágrimas e fui o closet de roupas, pegando qualquer conjunto de moletom que tinha ali, afinal, não importa a roupa que eu vista, no final do dia vai terminar da mesma forma que sempre. Vesti o conjunto com cuidado por causa das marcas e nem me dei ao trabalho de esconde-las com maquiagem, já que aquele tecido tamparia tudo.

Após usar o banheiro para escovar meus dentes e dar uma ajeitada no meu cabelo, desci diretamente para a sala de jantar, onde acontecia o café da manhã dos Park's.

- Que tipo de roupa é essa, Jimin? Deveria se vestir melhor quando seu namorado está presente. - ouço a voz grossa e arrogante do Park mais velho, meu pai.

- Desculpa, eu estou com um pouco de frio... - murmurei com a voz desanimada, me sentando ao lado de Doyun. - Hoje eu vou me encontrar com o Namjoon-hyung, precisamos decidir alguns assuntos da faculdade.

Não gosto muito de mentir, mas eu juro que dessa vez é necessário, eu não podia dizer que vou fazer uma tatuagem, simples assim.

- Tudo bem, mas não se esqueça do nosso jantar especial, hm? estou muito ansioso, querido. - Doyun diz, apertando minha coxa por baixo da mesa.

Parei de bebericar o café assim que senti aquele aperto, fazendo todo o meu corpo se arrepiar de uma forma ruim.

Eu estava ficando completo cansado de tudo o que acontecia e o que mais doía, era que meu pai sabia...sabia de tudo o que Doyun fazia.

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⏰ Última atualização: Mar 10, 2023 ⏰

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