nove

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Brackley, Inglaterra

O meu dia tinha começado com uma dor de cabeça terrível, era como se os dois dias depois da festa no Mónaco não chegassem para curar a ressaca. Ou então era o stress do trabalho que estava a dar cabo da minha mente. Ou ainda posso ponderar toda a situação com o Lewis, que ainda não tinha explicação na minha cabeça. Porque razão é que eu agiria assim? E o que é que ele quis dizer com eu saber como é que ele se sente? A verdade é que ontem fomos os dois trabalhar e não trocamos uma palavra, estávamos a ser os dois teimosos e orgulhosos o suficiente para nenhum quebrar o gelo. Era como se existisse uma barreira de vidro entre nós, uma vez que o nosso único contacto eram os nossos olhares constantes.

Tentei afastar as minhas preocupações enquanto entrava no meu local de trabalho, estava prestes a cumprimentar uma colega de trabalho quando o meu telemóvel tocou no bolso do meu casaco e eu fiquei extremamente chateada com quem me estava a ligar, mesmo não sabendo de quem ou o que se tratava, ainda era demasiado cedo para fazer chamadas. O meu rosto ganhou uma expressão de culpa, era o Oliver, no meio de tanta confusão na minha vida eu tinha ignorado as chamadas dele por dois dias seguidos.

-Finalmente Mel, estava a começar a ficar preocupado. Se não fosse o teu pai a dizer-me que estavas bem e que estavas a trabalhar, eu já tinha ido até Brackley.- eu queria ficar chateada por ele ter contactado o meu pai, mas entendi o seu lado, era como se eu estivesse desaparecida durante dois dias.

-Desculpa Oliver, são muitas coisas na minha cabeça.- desculpei-me enquanto massajava a minha cabeça com a mão que tinha livre.

-Podias ao menos mandar uma mensagem ou retornar as minhas chamadas.- reclamou do outro lado da linha.

-Já pedi desculpa!- a minha voz saiu num tom frio, eu não estava com paciência.

-Tudo bem, depois falamos então.- disse visivelmente chateado, eu até queria ficar preocupada e tentar resolver as coisas, mas eu não estava tentada a tal então respondi-lhe no mesmo tom de frieza.

-Tem um bom dia então.- respondi antes de desligar a chamada e recolocar o meu telemóvel no bolso.

Caminhei em direção ao meu escritório, que era partilhado com o Bono, e senti-me aliviada quando abri a porta e o espaço estava vazio. Eu precisava de uns minutinhos sozinha antes de começar a trabalhar e se o Bono estivesse cá, eu sabia que ia começar a trabalhar imediatamente. Beberiquei o café que tinha ido buscar pelo caminho e encarei a parede branca à minha frente, a minha vida parecia uma confusão e eu não estava a saber lidar com ela. E o que mais me irritava é que o meu maior problema era um homem com um metro e setenta e quatro centímetros, com um sorriso que fazia o meu coração errar um compasso e que era extremamente atraente aos meus olhos. Mas que também era dez anos mais velho que eu!

Bufei frustrada e ouvi duas leves batidas na porta, segundos depois foi como se o universo estivesse a conspirar contra mim, porque ali estava ele. Com umas calças largas pretas e a camisola branca da equipa, encostado à porta, a olhar para mim com a mesma intensidade que eu olhava para ele.

-Posso ajudar?- questionei profissionalmente.

-Estava à procura do Bono, pensava que ele estava aqui.- explicou-se e colocou a sua mão no puxador da porta como se estivesse pronto para sair.

-Lewis, espera!- pedi quando entendi as suas intenções de sair.- Acho que precisamos de falar.- fiquei frustrada por ter sido eu a ceder, mas não aguentava mais este nó na cabeça.

-Sou todo ouvidos.- ele fechou a porta atrás de si e mostrou-me um sorriso lascivo.

-Sobre o que aconteceu no Mónaco, eu queria pedir desculpa pela minha atitude. Não sei o que é que me deu e gostava muito de justificar a minha atitude, mas a verdade é que eu não consigo porque nem eu percebo.- deixei-me levar pelo momento e fui sincera nas minhas palavras.

-Não tens de pedir desculpa, eu entendo perfeitamente aquilo que sentiste.- respondeu, deixando-me completamente desnorteada.

-Eu agradecia imenso se me pudesses elucidar.- tentei parecer minimamente descontraída, mas todo o meu corpo estava eletrizado.

-Eu entendo-te, porque eu fiquei exatamente igual quando te vi com o Oliver, ele tinha as mãos dele no teu corpo.- vi-o engolir em seco enquanto se aproximava de mim.- E eu não aguento ver outro homem tocar em ti Mel, porque eu tentei lutar contra isto durante dois anos, mas desde que vieste trabalhar connosco eu não aguento mais. Eu não consigo lutar mais contra isto.- o seu corpo estava tão perto do meu que eu podia sentir o calor que ele emanava.

-Isto o quê?- arrisquei perguntar enquanto fazia um esforço enorme para as minhas pernas não falharam com a proximidade do piloto.

-Esta atração, eu sei que tu sentes exatamente o mesmo. Quando começaste a trabalhar connosco, eu sabia que não ia conseguir conter, ver-te todos os dias é demasiado torturante.- explicou-se com os olhos postos em mim.

-Torturante?- questionei, depois respirei fundo e engoli em seco.

-Muito torturante!- ele levou a sua mão ao meu queixo e segurou o meu levemente.- Sabes o que é ver-te e não te poder tocar?- perguntou e eu não respondi.- Não imaginas o que é ver aquele advogado a tocar naquilo que era suposto ser meu, é bem pior do que ter um acidente a trezentos quilómetros hora.- a sua face aproximou-se da minha lentamente, eu estava pronta para me entregar a ele, sem pensar nas consequências. Mas ele desviou o seu caminho e a sua boca foi para perto do meu ouvido.- Eu não te consigo resistir mais, Mel. E se tu não me parares agora, eu nunca mais posso ser parado.- a sua voz soou fraca e eu conseguia ouvir perfeitamente a sua respiração.

-Eu consigo arcar com as consequências.- a forma como eu nem sequer pensei duas vezes antes de responder assustou-me, mas o que é que eu estava a fazer?- Não resistas mais a esse teu desejo Lewis, mata-o de uma vez por todas.- eu não estava a ser racional, mas eu também não estava minimamente importada.

O sorriso lascivo voltou aos lábios do piloto britânico antes de ele tomar os meus lábios como dele, as suas mãos desceram até à minha cintura e as minhas subiram até aos seus ombros, passaram pelas finas tranças do seu cabelo e também pela sua nuca. Senti as famosas borboletas no estômago e foi aí que eu soube que estava em sarilhos.

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Continua...

Finalmente!!! Eu é que também já não aguentava mais aahahahah
Até sexta :)

I WAS NEVER THERE|| LEWIS HAMILTONOnde histórias criam vida. Descubra agora