ROYALTY

•Chapter 4 - O dia tão esperado!•

Pandora Magnih

Enquanto penteava calmamente meu cabelo, observava Adelaide brincar com Verena e Lilith no grande jardim do castelo, aquele era com certeza um dos meus passatempos preferidos. Já fazia quase duas semanas que eu estava no castelo, e em nenhum momento tive coragem de sair do quarto onde eu estava, o que acarretou no meu quarto ser invadido por adolescentes que mais pareciam deuses gregos, querendo saber quem eu era.

Cecilía, por sua vez, vinha sempre ver como eu estava e se precisava de algo. Todos eram muito atenciosos comigo, até mesmo Lorenzo que era taxado como adolescente rebelde. Desde que conhecemos ele vem ao meu quarto saber se estou bem e se preciso de algo.

— Pandora! — ouvi Lilith gritar meu nome, logo coloquei minha cabeça um pouco a fora da janela, lhe lançando um sorriso tímido. — Venha! Brinque conosco. — disse ela colocando a mão por cima de seus olhos na intenção de se proteger do sol e conseguir me enxergar.

— Obrigada pelo convite, querida! — gritei de volta da janela. — Mas eu dispenso. — coloquei novamente a cabeça para dentro da janela, em seguida a fechando com o trinco.

De todos os irmãos e irmãs, Lilith era a mais energizada. Brincava o dia inteiro e não pulava nenhuma refeição. Gostava de andar a cavalo e sempre que podia, passava no meu quarto para que eu trancasse seus cabelos. Que por sua vez eram de um vermelho vivo, que acompanhados das pequenas sardas e olhos verdes, faziam com que tivesse o apelido de pequena esmeralda por muitos.

Adelaide por sua vez era a que menos conversava comigo. Segundo Verena, ela tinha ficado chateada porque queria ser minha melhor amiga, mas segundo ela, Lorenzo havia tomado seu lugar.

Com o meu isolamento no quarto não havia saído ainda para falar com ela, já que a mesma também não vinha aos meus aposentos. Mas podia afirmar, Adelaide tinha uma beleza única! Negra dos olhos azuis e com os cabelos cacheados, uma verdadeira deusa.

Foi impedida de continuar com meus pensamentos quando Cecília entrou cantarolando pelas paredes de meu quarto:

— Bom dia querida! — disse ela enquanto rodopiava pelo quarto com seu belo vestido azul de seda. Haviam fendas e rendas em volta dele fazendo com que o mesmo se torna-se elegante e sensual ao mesmo tempo. Diferentes de outras pessoas, não me sentia inferior por eu ser ômega e ela alfa, O que fazia com que nossa confiança crescesse muito. — Venho trazendo a notícia que todos esperavam!

Quando ouvi suas palavras meu coração ficou levemente acelerado, será que...

— Exatamente isso, querida! — disse ela segurando minhas mãos e me levantando da cadeira. — Odin, finalmente, acordou!

Minha respiração sumiu e meus lábios ficaram brancos, senti o sangue parando de circular e logo voltar rapidamente fazendo uma breve tontura me obrigar a sentar de volta a cadeira. Cecília, logo recolheu o sorriso quando viu minha reação um tanto quanto duvidosa. Afinal, havia lhe garantido que as tonturas haviam sumido.

— Oh... — respirei — Que ótima notícia Cecília.

— Esperava uma reação mais animada, querida. — Cecília posicionou-se atrás de mim, em pé, me olhando pelo espelho. — Lembra do que eu havia dito? — logo recordei da conversa que havíamos tido na noite anterior.

— Lembro... Claro que eu lembro.

— Então acalme-se! — disse agachando na minha frente e segurando minhas mãos que agora estavam gélidas, como as mãos de um morto. — Odin não é o monstro que taxam lá fora! Meu irmão a procura a décadas Pandora, não o decepcione. Entenda o quanto ele sentiu pela ligação de vocês, é que agora vocês podem se conhecer e criar uma linda família. E principalmente, governar esse reino da melhor maneira.

Toques foram escutados na porta e logo uma das empregadas do castelo entrou sorridente segurando um grande pano nas mãos.

— Com licença, vossa majestade! — ela repousou o tecido na cama e eu curvei um pouco o corpo para ver melhor do que se tratava.

— Odin escolheu esse vestido para você usá-lo especialmente hoje a noite! — disse se animando novamente. — Acher a levará mais tarde para o castelo-cabana para que possam se conhecer melhor e ter privacidade. — Cecília vendo que eu não teria nada a responder, se despediu. — Bom, deixarei você aqui se arrumando, daqui duas horas alguém passará aqui para pega-la. E lembre-se do que conversamos, Pandora. — parou na porta segurando as duas maçanetas de costas para mim, e inclinando levemente o rosto para me olhar de canto de olho — Deixe sentir o prazer!

Logo escutei q porta batendo e voltei o olhar para a cama novamente.

— Oh meu Deus!

Vestido da Pandora: