CAPÍTULO 9

12 2 0
                                    


Maré Azul acordou no centro da clareira, e, ao sentir o cheiro doce de Mandíbula Doce, percebeu que estava sonhando.

– Você conseguiu. Alertou aos quatro na lua cheia. – a curandeira miou, divertida.

O felino se aconchegou ao corpo da curandeira cinza, aproiveitando seu corpo quente enquanto ainda estava no sonho.
Antes da curandeira desaparecer e deixar Maré Azul na floresta escura e vazia, ela miou:

– Cuidado com o inimigo sozinho, ele tem aliados. –

Maré Azul acordou em sua clareira, com Pernas de Guaraná trabalhando ao esmagar um chumaço de ervas com as patas.

– Maré Azul! – ouviu-se uma voz familiar vindo da clareira dos curandeiros: era Amoreira.

O felino se espreguiçou e miou uma saudação para o aprendiz, antes de chamar Pernas de Guaraná. O felino olhou com prazer para a amiga. O frlibo gostaria de poder se aconchegar no corpo quente da amiga, se declarando para ela, mas era contra o Código dos Guerreiros.

– Venha, Pernas de Guaraná. – ele miou para a amiga – Amoreira, vamos sair para pegar ervas. Cuide dos anciãos e venha nos procurar perto do território do Clã do Trovão caso haja um imprevisto. Apenas imprevistos! – ele miou

* * *

Maré Azul e Pernas de Guaraná pulavam as pedras perto do acampamento do Clã do Trovão. Ele sentiu que aquele era o momento para se declarar para amiga, mesmo que tivesse que quebrar o Código dos Guerreiros, mesmo que ela não aceitasse.

– Pernas de Guaraná – ele começou

– Sim? – a felina miou com um ar tão amigavel que sentiu que seria um alívio contar a verdade. Mas ela falou primeiro. – Veja! – Gatária pode ajudar os gatos que ficarem doentes na nevasca da Estação sem Folhas.

Maré Azul olhou com os olhos arregalados para Pernas de Guaraná.

Gatos Guerreiros - Floresta DensaOnde histórias criam vida. Descubra agora