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𝐍𝐀𝐐𝐔𝐄𝐋𝐀 𝐌𝐀𝐍𝐇𝐀 Kim ye-jun não mentiria, se sentia bastante frustada com o casório, dependendo do seu pai ela nunca teve direito de escolha, se sentia pressionada quando ele deixava nas mãos dela igual aos encontros arranjados, ela disfarçava suas angústias e falta de atenção paterna em sorrisos, sorrisos tristes mas que para quem não soubesse sobre sua vida, era bastante convincente. Tudo que Kim ye-jun mais desejou um dia na sua vida, foi ser uma menina normal, que seus pais não tivessem se separado justamente por seu pai dar mais atenção para seu trabalho do que para própria esposa e filha, em resposta disso seu pai fez uma das piores coisas que Kim ye-jun poderia esperar, fazer um casamento que deveria ser de duas pessoas se amando, a algo por ouro status, não se preocupando se sua filha se sente confortável com isso.
Kim ye-jun sabia que para Kang tae-moo era a mesma coisa, talvez isso os dois tenham em comum, a opção de não escolher. Mas Kim ye-jun tinha medo de uma coisa, de seu casamento ser fracassado da mesma forma que de seus pais foram, ela não conhece Kang tae-moo o suficiente para se casar com ele, ele não conhece Kim ye-jun o suficiente para se casar com ela, nada disso fazia sentido para ela, por que se casar com alguém que você não sabe nem a comida favorita? Isso rondava na cabeça da mesma, cada um merece ser feliz e um casamento é algo marcante, que deveria supostamente acontecer com a pessoa que você ama, ela estaria tirando essa oportunidade dele? Mais outra pergunta rondava em sua cabeça. Decida o que fazer, Kim ye-jun liga para Kang tae-moo naquela manhã afim de se encontrar com o mesmo.
O telefone chamava, lhe deixando mais ansiosa ainda, ao ponto de querer roer as unhas, hábito que Kim ye-jun teve após sua adolescência quando desenvolveu ansiedade.
—Ye-jun? Aconteceu alguma coisa? — Tae-moo pergunta do outro lado da linha após atender a ligação.
— Se você não estiver ocupado, podemos nos encontrar mais tarde? Tenho algo importante para falar.
—Não tenho, podemos nos encontrar no café as 14 horas, o que acha?
— Tudo bem, estarei lá. — E assim a chamada se finaliza.
Kim ye-jun não poderia se sentir mais ansiosa, esperava que a decisão que tivesse tomado estivesse certa, pois nunca pensou tanto na sua vida.
( . . . )
Ye-jun chegou ao local 30 minutos antes, queria se preparar novamente para falar com Tae-moo, mexendo nos anéis nos seus dedos nervosamente, quando passou os 30 minutos e finalmente ele chegou, ela arrumou a postura e acenou brevemente pra ele com um pequeno sorriso.
— Olá Ye-jun, está bem? — Tae-moo pergunta enquanto se senta a minha frente, chamando o atendente para fazer um pedido.
— Na medida do possível, e você? — Pergunto quando finalmente o garçom trás meu pedido, um café simples.
