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   Bruce lê a noticia e franze o cenho. Não poderia ser só uma coincidência.

   Depois de tantos anos trabalhando com crimes e acidentes, desenvolveu uma habilidade de notar coisas de uma perspectiva investigativa. Então não deixou de estranhar quando viu que havia acontecido um segundo incêndio, com quase o mesmo padrão do primeiro incêndio que cobriu no sábado passado.

   Havia acontecido no mesmo bairro, e também em um restaurante de comida mexicana, sem vitimas e quando ele estava fechado. Não poderia ser só coincidência, ou poderia? 

   Pegou o jornal físico e marcou um círculo com canetão vermelho em volta da notícia, levantou a cabeça e procurou Tony na confusão de pessoas. 

   O andar onde Tony e Bruce trabalham está sempre cheio de pessoas falando ao telefone, papéis e post-its no chão, pessoas murmurando consigo mesmos tentando criar o melhor cenário na mente para escrever uma matéria legal e o barulho agradável de teclado sendo digitado. 

   A confusão não era apenas na cena à frente, mas também na mesa de Bruce que se estende as mesas próximas. O único local que não é desorganizado é na mesa de Steve e na bancada da secretária... Beth.

   Desde o último ocorrido — onde levou um pé na bunda. —, tudo o que Bruce fez foi apenas murmurar um bom dia ou boa noite nas vezes que precisou passar na frente da mesa dela — no caso todos os dias todas as vezes que entrava e saia do escritório, já que ela era a primeira coisa que se via quando pisava na porta. 

   Bruce suspirou pesado e espantou os pensamentos. Não poderia deixar ser engolido pelo looping novamente. Balançou a cabeça e começou a procurar a matéria que fez sobre o incêndio na mesa revirada, mesmo sabendo de cabeça o que fala nela, já que foi ele e Tony que escreveram. 

   Encontrou a matéria depois de quase derrubar café em cima do notbook já velho, e colocou uma ao lado da outra, comparando. 

   Não, isso não pode ser apenas uma coincidência. Foi feito da mesma forma os incêndios, sem ninguém, loja fechada, em um restaurante mexicano. 

— Você tá com uma cara estranha... — Tony chamou  a atenção do amigo que parecia mergulhado em pensamentos, grifando coisas no jornal.

— Tony, vem ver isso. — o moreno vai para trás de Bruce, e se inclina vendo o que o amigo está mostrando. 

— Puts. — é o que diz por fim, entendendo o que Banner quer mostrar à ele. Volta a postura normal e balança a cabeça pensando. — Devemos investigar? Quero dizer, são apenas dois casos isolados mas...

   Deixou a frase no ar. 

   Se os dois não estavam enganados, poderia ter um podre por trás, algo mais embaixo do que apenas incêndios sem sentido, o que poderia render o furo do ano para eles. O que significa um salário generoso e quem sabe até uns dias de folga. E só Deus sabe o quanto eles estão precisando de folga. 

   Bruce deu de ombros mas estava com a expressão bem viva. 

— Vamos falar com Steve? — Bruce perguntou, batendo a ponta do canetão repetidamente em cima do papel fazendo um barulho constante. 

— Ainda não. Vamos investigar por conta própria antes. Se formos apenas com suposições ele pode barrar. — Tony responde se sentando na mesa dele de frente à Bruce. 

   Bruce concorda com a cabeça mesmo sabendo que o amigo não viu, já que estava focando digitando rapidamente no notebook, talvez procurando informações. 

   Banner parou de bater o canetão e respira fundo novamente tentando controlar a ansiedade. Já estava no quarto copo de café preto — que está gelado, mas ele ainda está bebendo. —, e ainda não são nem 15:00 horas da tarde. A alta dose de café, e o ambiente barulhento ajudam a deixar Banner ansioso. 

Fall in Love With Me | ThorBruceOnde histórias criam vida. Descubra agora