Lembranças

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Luna: Eu me lembrei de algumas coisas – ele a olha – no dia do meu parto – ela respira fundo – eu... eu ouvi o choro de dois bebes, mas não me deixaram ver o Lucca, tiraram ele da sala e eu apaguei – ele concorda e deixando continuar – mas não tiraram uma incubadora, tiraram duas – ele arregala os olhos – eles me deram alguma medicação, porque eu fiquei muito mole e dormi, não me lembro de mais nada, só de acordar no quarto sozinha e perguntar para uma enfermeira sobre meu bebê – as lagrimas voltam a descer pelos olhos da mesma – ela me disse que eles estavam bem, mas não tinha entendido, quando ela ia me responder entrou um homem todo de branco, pedindo para ela se retirar – ela respira fundo – quando ela saiu, ele me disse que não sabia se o Lucca iria aguentar, porque o pulmão dele não estava respondendo as medicações e ele estava muito fraquinho – ela soluça e ele segura na mão da mesma – quando perguntei por que a enfermeira disse que eles estavam bem no plural, ele disse que eu deveria ter ouvido errado e que mais tarde alguém me levaria para ver o Lucca e eu concordei, nisso ele saiu do quarto e não voltou mais – ela dá uma pausa – eu tive o Lucca umas 10 da noite e só pude vê-lo depois do almoço no dia seguinte – ele concorda – quando a enfermeira foi me buscar, ela me disse que não poderia pega-lo no colo, e que apenas iria abrir uma portinha da incubadora e foi o que ela fez, mas tinha mais um bebê perto do Lucca, eu não me lembrava pois estava tão focada em ver o meu pequeno, nunca imaginaria que os dois poderiam ser meus – as lagrimas tornam a descer – ele... ele era tão pequeno, e quando perguntei para enfermeira ela ficou nervosa e disse que não sabia o motivo dele ser tão pequeno, sendo que ele nasceu de 8 meses, nisso ele começou a chorar e o bebezinho do lado também e eu comecei a cantar pra eles – ela já não conseguia controlar as lagrimas – os dois ficaram calminhos quando me ouviram cantar, mas eu não me importei, só continuei e a enfermeira me tirou da UTI pouco tempo depois, quando eu voltei para ver o Lucca no outro dia, o outro bebê já não estava lá e quando eu perguntei, me falaram que ele já estava com a mãe – ela respira fundo – eu só concordei e continuei lá, mesmo que sem poder pegar o meu pequeno nos braços e agora parece que tudo faz sentido – ele a puxa para o peito, afagando seus cabelos e tenta tranquiliza-la

Antony: Calma amor – ele beija a cabeça dela – você não tem culpa de nada do que está acontecendo – ela concorda ainda grudada nele – eu tô aqui com vocês e não vou deixar nada de ruim acontecer, eu prometo – ela continua no abraço e vai se acalmando aos poucos, até que escutam o choro de Lorenzo – acho que estão com fome – ela dá uma leve risada e ele o pega – vem garotão – o pequeno sessa o choro e abre os olhos – oi neném – ele dá um sorrisinho – tá com fome né? – ele continua com o sorriso – aqui mamãe – ele entrega o pequeno para mãe que levanta a blusa e dá o peito

Luna: Prontinho meu neném – ela passa os dedos pelo rosto do pequeno que leva a mão para o seio dela – fecha os olhinhos – ele começa a fechar os olhos lentamente, porém luta contra o sono – quer que a mamãe cante para você dormir neném? – ele mexe a mãozinha e ela começa a cantar baixinho – "não tenha medo, pare de chorar; me dê a mão, venha cá" – ele segura o dedo dela – "vou proteger-te de todo mal; não há razão pra chorar; no seu olhar eu posso ver; a força pra lutar e pra vencer; o amor nos une para sempre; não há razão pra chorar. Pois no meu coração; você vai sempre estar; o meu amor contigo vai seguir. No meu coração; aonde quer que eu vá; você vai sempre estar aqui" – ele fecha os olhos se entregando ao sono, porém continua a mamar

Antony: Sua voz é tão linda amor – ela sorri e ele lhe dá um selinho – esqueci de te falar, seu celular vibrou pouco depois que dormimos, acho que chegou algum e-mail – ela estranha e pega o celular, abrindo a boca em seguida – o que foi amor? – ela não responde e continua a ler o e-mail – vida, me fala – ela entrega o celular aberto no e-mail e ele começa a ler – cara Luna, você está sendo convidada para auxiliar o nosso sub treinador? – ela concorda – você sabia que isso poderia acontecer? – ela nega com um enorme sorriso – meu deus, eu ainda tô em choque – ele dá risada

CONTINUA.....

Um anjo nos uniu - Seleção BrasileiraOnde histórias criam vida. Descubra agora