"Naquele momento, eu lembrei dele, de como ele sorria, de como ele aprendia, de como ele falava e até de como ele respirava, Ma'Eywa, nós sabemos que era para ser assim."
Nós vivemos, crescemos e morremos, a vida é um ciclo vicioso, nós viemos de Eywa e retornamos a ela no momento em que nós nos despedimos de quem amamos com nossos últimos suspiros, onde eu cresci e vivi, aqui tem muita música, até quando morremos, nós celebramos belas bênçãos que recebemos da terra, dos céus, dos rios e do mar, aprendemos a ler as nossas estrelas, deciframos elas, criamos nossos próprios remédios e com o que temos fazemos nossa culinária, nossa cultura é viva, dançar é diversão para nós, mas sempre existem pessoas como eu, meus irmãos, nascemos para morrer, somos guerreiros. Poucos homens são hábitos o suficiente em nossa tribo para se tornarem guerreiros, são selecionados a dedo por minha mãe, ela lidera a nossa tribo, e vigia nossos treinos, seus filhos, por tradição, são forçados a serem guerreiros, os mais habilidosos da tribo, para não trazer vergonha para família, nós não nos envolvemos com outros, não falamos a língua deles entre nós, temos nossa língua, o povo do recife são os mais próximos de nós, também sabemos que existem mais povos nas florestas, estamos confinados a ser uma lenda, pelomenos desejávamos estar até os demônios chegarem.
Faziam alguns meses que eles sabiam da nossa existência, quando resolveram interagir com nosso povo, os primeiros que os viram, foram meu irmão mais novo, ele estava treinando com alguns garotos mais novos na floresta, eles não falavam a língua dele, e o que ele entendia da língua dos demônios vinha da notícia das tragédias passadas em outras tribos, não houve comunicação nenhuma, não o suficiente que permitisse ele dizer algo que o deixasse vivo diante dos humanos. Nossa família recebeu a notícia pelos garotos que fugiram, cinco guerreiros dentre estes incluindo eu, fomos a o local mostrado pelas crianças, mas não havia nada além de sangue, o levaram, levaram seu corpo, eu vi quatro homens a minha frente chorarem pela perda de um dos mais novos e também melhor para os de sua idade, guerreiro do clan.
Passamos a fazer patrulhas, nos esconder mais, não tinha mais tanta música quanto havia antes, nem tantas comemorações, até a cor parecia mais fraca, nossas marcas, o que nos caracterizam como guerreiros do clan Lwey'ti, pareciam doer mais. Nunca vou me esquecer dessa visão, o local vazio, sem o corpo do meu irmão, era pior que se o seu corpo estivesse conosco, mesmo gélido e sem vida.
Não faz muito tempo que isso aconteceu, mesmo assim, foi tempo o suficiente para hoje ser o dia em que eu me tornaria um guerreiro dos Lwey'ti, como se tudo isso nem tivesse acontecido. As marcas curvilíneas que seguiam do meu braço direito até a perna direita, passavam pelo meu tronco e faziam ondas de desenho pelo meu tronco, as linhas pareciam mais vivas hoje, demonstravam minha mão e perna dominante, poucas marcas destas em minha mão esquerda mostravam a pouca habilidade ambidestra que eu tinha, _eu preciso acordar_, era a única coisa que passava pela minha cabeça naquele momento.
A cerimônia finalmente havia terminado após eu trocar minhas roupas típicas pelas roupas de guerra e, também após eu receber minha máscara, minha mãe, como líder, era responsável por fazelas, cada máscara condizente com a personalidade do guerreiro, uma expressão diferente em cada uma e penagem diferente na parte de trás de cada uma, observei a minha, um rosto visivelmente simpático e amigável, calmo, esculpido na madeira da máscara, a qual era acompanhada por uma longa capa de penas negras que formavam uma espécie de cabelo nela, adornado com algumas pedras azuis, verdes e amarelas brilhantes, combinando com meus adornos corporais, combinando com nosso povo, a festa que comemorava o nascimento de um novo guerreiro filho da líder do clan continuou até o meio do anoitecer, meu trabalho foi apenas dançar um pouco dentre os demais guerreiros que pulavam e cantavam pela minha chegada, infelizmente, minha falta de animação não me deixou muito tempo no meio da festa, despistei minha irmã mais velha, cujo único empecilho naquela noite era falar com todos os homens que gostariam de acasalar com a futura líder do povo, e logo em seguida minha mãe, que já estava ocupada de mais animando os guerreiros pelo resto da noite. Após todo meu plano de fuga ser um sucesso, cheguei a o meu ikran, felizmente Nuruy sempre etava lá quando eu precisava, subi no mesmo, não precisávamos mais de tsaheylu para sentirmos nossa conexão, então apenas conversávamos ou apenas nos entreolhavamos entendendo um a o outro, tirei proveito disso, dando assim início a o meu voo noturno, a máscara no meu rosto pelomenos iria impedir que algum demônio chegasse a meu clã se me avistassem, então não tive preocupações, passando as ilhas litoraneas dos metkayinas, era fácil de perceber nos mauris algumas crianças de outra tribo por lá, eram fofas brincando, uma mais pequena que as outras pareceu perceber minha presença no céu noturno e aponta chamando uma das crianças que parecia mais velha que ela, dei um pequeno aceno que não foi devolvido, mas respondido com medo pelas duas, me apressei em sair dali antes que minha presença fosse considerada como ameaça, e provavelmente avistassem os seus guerreiros sobre uma presença estranha nos seus céus. Me afastei o suficiente para parar em outra ilha floresta metkayina, me aprofundei nela com meu ikran, avistando uma embarcação do povo do céu, estava longíqua, mas alguns semelhantes de nossa espécie que se vestiam como povo do céu, se aproximavam sorrateiramente da ilha, armados, tem crianças nesses maruis, tem famílias, e eu não queria que mais ninguém sentisse o que eu senti a o perder meu pequeno, procurei pular das costas de Nuruy na árvore que parecia mais favorável naquele momento, má ideia, acabei pendurado, usando apenas a força de minhas pernas e cauda que se enrolava no mesmo galho que minhas pernas, ainda conseguia pegar minhas coisas, mas essa não era a posição mais favorável para estar naquele momento, mas a vida é feita de provas, talvez essa seja uma delas, acertei um dos demônios, logo em seguida tratando de sentar no galho com auxílio da minha cauda, logo em seguida subindo em um galho mais alto, os demônios pareciam confusos e desesperados com a flexa que acabou pegando no pescoço de um de seus companheiros, não ajustada o suficiente para matar-lo de primeira, acertei mais um do galho que eu estava, dessa vez um demônio do povo do céu, humano, a flecha foi certeira e o matou, tentei matar o máximo de humanos que consegui para pelomenos os fazer recuar, mas a o invés disso, no quarto ou quinto humano que eu matava, mais eles atiravam, o único jeito de parar as armas em suas mãos foi atirando uma flecha na mão de cada um, impossibilitei pelomenos dois de atirar por um tempo, mas os tiros ainda acordaram o povo do recife, consegui ver as luzes serem acendidas de longe, do alto, querendo evitar mais conflito, o melhor a fazer era matar mais um dos demônios, não recuaram, novamente demônios insistentes, desci alguns galhos até chegar no chão, me mantive algumas árvores de distância e comecei os assobios, um dos demônios que falava em uma língua que eu desconheço com seus companheiros desferiu algumas palavras nessa língua alto, como se estivesse tentando se comunicar comigo, parecia com raiva, provávelmente recuaria em breve, então matei mais dois de seus companheiros, uma flechaa na cabeça, por trás, e outra no peito, quando sobraram pelo menos três, matei mais um, dessa vez o apunhalando na garganta, exibindo minha máscara e a escondendo dentre as árvores novamente, os dois demônios que restavam recuaram, os segui até a embarcação, pareciam animais assustados, como se eu fosse algum tipo de enorme predador, eles corriam, e eu corria atrás, alguns tiros desengonçados foram dados por um deles, acertando algumas árvores e outros acertaram o nada, eles recuavam rapido para sua embarcação, flechei a máquina aquática de ferro com minhas duas flechas restantes, até que estavam longe de mais para persegui-los, meu trabalho estava praticamente finalizado, bastava deixar os corpos dos demônios perto da praia dos metkayina, avisando que estavam tentando atacar, assim o fiz; Após os corpos e suas armas estarem na praia, chamei meu ikran novamente antes que mais alguns metkayina me avistassem e me cercassem, voei de volta para minha terra, já com o sol devorando a lua para tomar seu lugar.•Capítulo não revisado.
•Prováveis muitos erros ortográficos.
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Avatar- A lenda de Lwey'ti
Science FictionA história vem a se passar em uma realidade alternativa dentro da produção cinematográfica "Avatar: O caminho da água", ela se passa no mesmo ano ( 2154 ), porém está se trata de uma lente que mostrará como uma nova espécie de avatar se desenvolveu...