capítulo ⁰¹

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ˢʰᵃᵈᵒʷˢ ᵃⁿᵈ ᵈʳᵉᵃᵐˢ

━ 𝐄𝐑𝐀𝐌 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄 𝐎𝐒 𝐌𝐄𝐒𝐌𝐎𝐒 delírios que nublavam minha mente na mercê do meu subconsciente, o calor que subia por meu corpo me deixava alerta de que o terror noturno recomeçaria, assim como em todas as outras noites

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━ 𝐄𝐑𝐀𝐌 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄 𝐎𝐒 𝐌𝐄𝐒𝐌𝐎𝐒 delírios que nublavam minha mente na mercê do meu subconsciente, o calor que subia por meu corpo me deixava alerta de que o terror noturno recomeçaria, assim como em todas as outras noites.

Ofeguei ao sentir o frio constante subitamente adentrar meus sentidos e abri meus olhos, a paisagem era a mesma, perfeitamente imutável, solitária, frienta e assustadoramente pavorosa.

A colina, muito alta e silenciosa, estava recheada de pedras pontiagudas e em formatos borrados demais por conta da ventania para que eu pudesse descreve-las, agradeci a isso e cerrei meus olhos, abaixo de mim, meus pés que estavam nus e feridos posicioaram-se sem minha permição para a beirada da colina. Meus braços estavam nus diante o frio, por conta da regata cinza que eu usava e, a calça preta social em minhas pernas, com seus panos finos demais também não fazia muito para me proteger. Senti as gotas finas de uma garoa atingirem meus braços, arrepios intensos cobriram meus sentidos e me vi alheia aos sussurros que o vento soltava em meus ouvidos, alheia ao monstro que me cercava.

Um guincho saiu de meus labios quando a sensação de cair no vazio me tomou, fechei meus olhos e automaticamente tentei me agarrar a qualquer coisa que estivesse em meu alcance, tentei, entre gritos e choros de dor, me agarrar as pedras rochosas e o impacto de meu corpo contra elas, de minhas unhas se partindo e da ardencia em meus dedos ao serem rasgados e arranhados me paralisaram.

Algo, não, ╸alguém, eu vi sua silhueta ╸ passou por mim, caindo no vazio como eu, junto de mim, comigo, rápido demais e seus braços, pálidos e longos me puxaram contra si, fui precionada contra seu peito e em segundos a água gelita nos cercou, a falta de oxigênio me socou violentamente e seus braços se foram da mesma forma que chegaram, rápidos demais para meus sentidos entorpecidos de dor, muito mais velozes que o normal. Me vi ali, subimerça, afundando mais ainda com a falta de força nas pernas e braços, a inexistência do oxigênio me causando pânico, um pânico paralítico e silencioso, sozinha na escuridão que me aguardava, vinda do fundo do mar.

Eu, desde pequena me identificava como uma amante de paisagens naturais, totalmente apaixonada por suas características tão unicas, as vidas selvagens eram, pra mim, o ápice da perfeição. Os animais nunca mudavam seus comportamentos, suas essências e se mudassem, incrivelmente sempre seria para melhor, nunca para o pior, os seres vindos da natureza não eram maliciosos, matavam apenas para sobreviver, nunca por prazer ou por ganância.

Eles sempre seriam puros, em sua mais bela e perfeita existência.

Sou uma amante da natureza, da paz que habita nela e que nasce dela, mas é claro que ainda em seu estado mais puro e inofensivo, a natureza, para se defender e se proteger pode, ocasionalmente, mas nem sempre, tornar-se tão destrutiva ou senão mais que os fatidicos seres humanos.

Meus braços relaxaram ao meu redor e meus fios longos e escuros cobriram minha visão ja embaçada e fraca, a ardencia em meus dedos e pulsos ja não me eram tão incomodas como antes e imaginei que desta vez, em meus sonhos, o garoto de fios cobre não viria ao meu resgate, que desta vez seria enfim o dia da morte me reinvindicar como sua, prender-me em seus lençois sombrios e vazios de quentura de um outro ser-humano.

Mas, como sempre, vindo a mim como o sol veio a terra, lindo, perfeito e apaticamente imutável, como em meus outros sonhos que aconteciam desde meus 10 anos de idade ele apareceu, sobre mim e observando-me com olhos ambar amarelados, tão lindos e surreais, suas mãos, tão palidas e grandes, braços cobertos por uma blusa preta de mangas longaa veio até meus olhos, os cobrindo e enfim puxando-me contra ele.

A dureza de seu corpo, algo anormal para um humano, me arrebatou e ele lancou-se para cima, seus toques em meu corpo eram delicados e suaves como nunca e me vi desejando poder abrir meus olhos e ver seu rosto, o qual eu sabia que seria tão mais belo do que sua fisionomia, mãos e cabelos cobres.

Chacoalhões bruscos vieram de suas mãos postas em meus ombros, cerrei meus olhos pela luz, mesmo fraca que vinha do céu coberto de nuvens cinzentas e vi relances de seu rosto, seus olhos, em um ambar amarelado escureceram rapidamente, anormalmente, assim como o céu acima de nós, estavam arregalados em puro pavor, algo tão terrível e crível que enviou arrepios por entre minha espinha, sendo essa a única sensação presente em meus sentidos. E eu ouvi, vindo como um sussurro fraco soprado pelos ventos furiosos que nos cercavam, sua voz, sua doce e hipnótica voz chamar meu nome, implorando por mim, ansiando desesperadamente por mim.

 ━ Nessha, não me deixe, ╸ pude sentir o desespero soar em sua bela voz ╸minha adoravel Nessha, abra seus olhos...

E sem controle algum do meu corpo, eu desmaiei em seus braços e subitamente ofeguei ao abrir meus olhos e me deparar com um teto branco, palido e triste.

Ao meu lado, ressonando suavemente estava aquele com quem eu partilhava uma vida juntos, o homem do qual prometeu me amar e me dar tudo e que estava, com perfeição cumprindo seus juramentos de casamento com explendor, e eu, sendo aquela que deveria lhe dar, conceder-lhe de bom grado e sem sacrificios minha fidelidade e meu completo amor, em sua maioridade e em sua veracidade, como ele o fazia por mim, estava, irrefutavelmente, totalmente e completamento fazendo isso para outro, este outro que nem sequer era real e que existia apenas em meus sonhos mais insanos que, desenfreados e descntrolados, vieram a mim aos meus 10 anos de idade e nunca pararam, piorando após casar-me com ele e que eu desejava, com total anseio, culpa e desespero nú e cru, que nunca parassem.

Esta era eu, Nessha Blakemore, casada a cinco anos com o homem que cresceu comigo desde o berçario, a garota que um dia foi perdidamente apaixonada por ele mas que agora, assombrada todas as noites por um fantasma imaginário me via, sem quaisquer chances de fugir, começando a amar e a desejar alguém que nem sequer existia.

Que inferno.

_ oi oi, primeira fic na área, espero que gostem! bjinhos e até mais!

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⏰ Última atualização: Mar 14, 2023 ⏰

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𝑷𝑹𝑬𝑴𝑰𝑬𝑹 𝑨𝑴𝑶𝑼𝑹 | 𝐞𝐝𝐰𝐚𝐫𝐝 𝐜𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧 ( Em Breve )Onde histórias criam vida. Descubra agora