Submersos • Drarry

capítulo 35

Lucius olhava para seu filho, então se levantou, andando até uma pequena mesa no canto da sala, servindo dois cálices de prata detalhados com vinho tinto.

Voltou a se aproximar de Voldemort. "Um brinde?" Lucius sugeriu, estendendo a taça para o Lorde, e ele com um leve sorriso nos lábios aceitou, pegando a cálice, ambos a ergueram em um brinde, bebendo-a completamente em seguida. Lucius levou o cálice à boca, sorrindo para ele, encarando-o nos olhos.

O Lorde olhou então para o garoto no chão, e com um feitiço simples fez com que surgissem cordas em sua frente. "Amarre-o" ele ordenou, e assim Lucius se movimentou para fazer.

Voldemort se aproximou do garoto que suava frio agora, as pálpebras pesadas. "Geralmente essas iniciações são bem diferentes, Draco, envolvem muito mais gente" ele falava para ele enquanto seu pai amarrava suas mãos atrás de suas costas. "Mas… eu e seu pai decidimos fazer algo mais… particular para você" ele sorria vendo o menino amarrado.

Lucius afastou-se dele assim que acabou. O Lorde das Trevas apontou sua varinha para ele, e em um leve aceno gritou: "Crucio!"

Mas nada tinha acontecido, nem uma luz, nenhum efeito, nada, Draco continuava intacto onde estava.

Voldemort olhou confuso, observou sua varinha, depois o garoto, e repetiu o feitiço, mas nada aconteceu novamente. "Crucio!" Ele gritou mais alto e com mais fúria dessa vez, mas nada parecia funcionar.

"O que está acontecendo?" Ele perguntou, incrédulo. "Por que não está funcionando?"

Lucius se aproximou dele, olhando novamente em seus olhos confusos. Então riu cinicamente.

"Não está funcionando, e não vai funcionar" ele disse, agarrando a varinha de sua mão.

"O que você fez?" Voldemort perguntou baixo. "O QUE VOCÊ FEZ?" Ele gritou.

Lucius andou pelo cômodo, despreocupado, segurando ambas as varinhas em sua mão, então olhou para Voldemort, que agora tentava usar um tipo de magia sem varinha para chamar servos confiáveis até ali.

"Para de tentar, Tom, não vai funcionar" ele se aproximou, encarando-o fixamente. "Ninguém pode te ajudar, você está completamente inerme agora" ele falou, rindo da expressão de Voldemort, completamente desamparado. O Lorde sentia seu corpo todo arder em um grande e tremendo ódio, havia sido traído.

"Seu desgraçado. O que foi que você fez?" Ele perguntou em um tom de voz moderado.

"Bom, digamos que eu tenha batizado seu vinho com… algumas doses de uma poção que eu mesmo desenvolvi" ele disse com o queixo alto, se vangloriando. "Sua magia não vai funcionar por um bom tempo, não que eu precisasse de muitos minutos para acabar com você" Lucius dava voltas pela sala, o observando. "Achou mesmo que eu deixaria você encostar um dedo sequer em minha família? Você é patético" falou desdenhosamente.

Voldemort riu alto. "Que conversa mais emocionante, Lucius. Quer me matar? Me mate! Talvez eu demore um pouco para voltar, mas eu irei voltar, esteja bem ciente de que você e sua amada família serão meu primeiro alvo"

Lucius riu mais uma vez. "Você confiava tanto em mim, não é? Confiava tanto em mim… me contou tanto sobre você. Garantirei que não sobre nem sequer uma parte dessa sua alma imunda" ele sorria.

Lucius olhou para a varinha de Voldemort, e rindo a jogou em algum canto do cômodo. Em seguida, apontou para o Lorde com sua própria, pronunciando alto e com toda a fúria que já havia acumulado dentro de si por todos esses anos a tão temida maldição da morte.

Uma rajada de luz verde tomou conta de toda sala em um estrondo, e após isso, silêncio.

Lucius havia matado Voldemort.