Capítulo único

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Capítulo único

Meia-noite eu te conto


Antes de tudo, me permita te dar um breve conselho...

Se o cara bonitão da sua escola que vive com um cigarro pendurado nos lábios aparecer de moto na frente do seu curso de violoncelo usando uma jaqueta de couro falsificada e dizendo que vai te levar ao Flobers Rock, diga não!

Era o que Jungkook deveria ter dito.

Mas sabe, ele era, tipo assim, meio que caidinho pelo vagabundo fumante que ia para a escola com a mesma frequência que seu primo pré-adolescente porcalhão tomava banho. De duas a três vezes na semana.

Jeon Jungkook era o que costumamos chamar de burguês safado. Não entendia o conceito de aluguel ou o motivo das pessoas escolherem pegar um ônibus ao invés de simplesmente usarem seus salários para comprar um carro decente. Bom, talvez pensasse assim porque tinha dezesseis anos e já usava Gucci. E convenhamos, ninguém com uma calça de vinte mil precisa saber como andar de ônibus.

No entanto, para Kim Taehyung, Gucci era o nome da velha de três dentes que cuspia tabaco e batia na porta todo dia quinze querendo o dinheiro do aluguel. Infelizmente, querer não é poder. A velha até queria o dinheiro, o problema é que ele não tinha. Trabalhava meio período na oficina do velho senhor Lee, um antigo amigo da família, mas a grana não era o suficiente para arcar com todas as despesas.

Maldito capitalismo! Pois bem, essa era a frase gravada no celular de Taehyung que ele usava como despertador. Um pequeno incentivo para começar o dia fazendo tudo na base do ódio e nunca se esquecer que burguês bom é burguês...

Na verdade, burguês e bom eram palavras que nem deveriam estar na mesma frase. Por isso vamos encerrar o bordão por aqui.

Agora pulemos para parte onde Taehyung caminhava no corredor imenso do colégio Daesung, com seu all star preto de cano longo nos pés e embaixo do braço um caderno que inicialmente foi comprado com dez matérias, mas agora, de tanto arrancar folhas para fazer aviãozinho de papel e jogar nos colegas, praticamente tudo que restou do pobre objeto foi o papelão da capa e contracapa. E como todo bom comunista que se preze, o cigarro atrás da orelha não podia faltar. Deus que o livre de ficar sem a chupetinha do diabo, como a diretora Eun costuma chamar.

— Não senhor! — Falando no capeta. A velha Eun apareceu atrás dele, puxando o delicioso cilindro cheio de toxinas da sua orelha. — É proibido fumar dentro das dependências da escola. Vou ter que repetir isso quantas vezes?

— Sinto muito, senhora Eun — murmurou com um olhar inocente previamente ensaiado. — Não vai se repetir.

— Perfeito — disse Eun, segurando o cigarro com as pontas dos dedos e esboçando uma expressão de repulsa. — Mas estou de olho em você, rapazinho.

Jaqueta de couro e um maço de MarlboroOnde histórias criam vida. Descubra agora