ABANDONADA PELA MÁFIA

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Lennox

Eu já avisei que isso é uma péssima ideia, mais ninguém me escuta.

Pegamos uma pá, uma lanterna e a caixa preta, estamos a caminho do cemitério.

Olho para o banco de traz vendo emory com a cabeça encostada no vidro do carro enquanto abraça a caixa.

Pesando bem, acho que tem um significado forte para ela, sinto até um pouco arrependido de querer negar seu pedido.

Imagina perder seu bebê ao ser espancada pelo namorado, e meses depois ele aparecer fazendo todas as lembranças voltarem.

Deve ser horrivel.

- por que decidiu enterrar o bebê? - pergunta kis fazendo emory sair dos seus pensamentos.

- por que não enterra? - responde uma pergunta com outra olhando para kis confusa.

- quero dizer, ele não chegou a nascer, o que significa que era um feto, normalmente nos hospitais descartam - kis tenta explicar mais acaba se atrapalhando me fazendo o olhar com uma careta.

- ele estava com seis meses, minha barriga estava um pouco grande na época, o hospital podia ter descartado, mais eu não quiz - fala com a voz baixa.

- por que? - pergunto curioso.

- as vezes o melhor é deixar nosso error na nossa frente pra não cometer novamente! - fala suspirando deitando sua cabeça no vidro de novo.

Og argumento dela me fez pensar, eu o kis ficamos calados mais a hanna não.

- com é... Como é ver sua barriga crescer por causa de uma criança? - pergunta com se não se importasse com machucar a amiga.

As vezes eu me pergunto se hanna é amiga da emory de verdade.

- eu me senti Feliz, eu pensei que nunca mais estaria sozinha no mundo, foi um sonho, até eu acordar, acho que não era pra ser, e eu seria uma péssima mãe!

- por que acha isso? - pergunto curioso.

- eu nunca tive uma figura amorosa na minha vida, não sei se conseguiria dar o que uma criança precisa, no final  ryan só tinha me iludido com uma coisa que nunca tive, uma familia feliz! - fala com a voz falhando.

O silencio ficar ensurdecedor até kis tentar consolar.

- desculpe por não termos te achado antes - lamenta kis.

- vocês teriam gostado da emory de quinze anos, a emory antes de tudo acontecer! - fala forçando um sorriso.

- eu gosto da emory de agora! - fala kis sorrindo.

- eu acho que você seria uma boa mãe, qualquer pessoa teria a honra de ser amada por você, emory! - fala hanna.

Emory concorda engolindo seco, os outros não repararam mais consigo vê-la segurando o choro.

O resto do caminho foi silencioso, e não demorou muito pra chegarmos.

Descemos do carro em frente ao portão enorme que fecha o local.