Nascida em berço de ouro, sempre cercada de dinheiro e bebida, Olívia nunca teve que se esforçar por nada na vida. Porém, após acabar com a paciência do pai, ela se vê obrigada a trabalhar para o irmão mais velho no último lugar que ela gostaria, na...
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Assim que colocamos os pés na nossa casa em Montreal, o cheiro forte de bolo de baunilha invade minhas narinas.
O que é estranho, na teoria não era para ter ninguém aqui.
Lance está em Montenegro passando os fins das suas férias e minha irmã mais velha não mora mais aqui.
Surpreendentemente, é ela que encontro na cozinha, com seu namorado Scott a abraçando por trás. Noivo na verdade.
Scott pediu a Chloe em casamento em novembro do ano passado, foi a coisa mais linda que eu já vi, nunca tinha visto ela tão feliz na vida.
Tive um lampejo de inveja, provavelmente nunca viverei algo assim.
Mas, mais surpreendente do que encontra-la aqui, foi encontra-la fazendo um bolo.
— Desde quando você cozinha? — perguntei colocando minha bolsa em cima da ilha.
— Oi para você também, chata. — ela se afasta de Scott indo olhar o bolo no forno. — Esse é meu novo hobbie, faço bolos.
— E são muito bons por sinal. — seu noivo diz passando o indicador no bowl com resto de massa crua. — Oi, Liv, como foi a viagem?
Para falar a verdade eu não sei. Odeio andar de avião e sempre tomo remédio antes de viajar. Apaguei antes da decolagem e só acordei em solo canadense.
Só viemos eu e meu pai, a samambaia, digo, minha mãe, preferiu ficar um pouco mais em St. Barth fazendo não sei o que. Fotossíntese talvez.
— Foi boa. — resumo — O que estão fazendo aqui?
— Viemos te ver. — ele responde dando de ombros como se fosse óbvio.
Quando ele diz "viemos te ver" ele se refere a "eu quis te ver e convenci sua irmã a vir". Scotty é o único da família que realmente se importa comigo e ele nem é da família.
Nunca fui próxima da Chloe. Nossa diferença de 5 anos fez com que eu fosse muito mais próxima do Lance do que dela na infância. Mas nunca brigamos, só somos meio indiferentes uma com a outra.
Já com o Lance eu brigo o tempo todo. Moramos a vida toda na mesma casa e nossa baixa diferença de idade nos fez ser criados como gêmeos, eu odeio isso.
Vivíamos colados quando éramos crianças, ele era meu melhor amigo. Sempre divertido e brincava comigo de tudo - até de fazer compras na Prada imaginaria na nossa sala de jogos.
Só que ele cresceu e se viciou em porcaria de carrinhos. Entrou para o kart e sua vida passou a ser correr. Ele esqueceu de mim e começamos a implicar por besteira. Hoje a gente nem se fala se não for para brigar.
Mas Scotty gosta de mim, gosta como se nós fôssemos irmãos e não cunhados. Ele sempre me liga para saber como estou, para me informar como vai a vida de pré casado e como foi em suas competições.