Pesadelos e estrategemas de tiros pela culatra.

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Harry balançou suavemente para frente e para trás em sua cadeira de balanço e continuou esfregando as costas do bebê. A criança em seu peito, ele instintivamente sabia, era sua própria filha. Ele sentiu como se soubesse que ela tinha apenas oito ou nove meses de idade, no máximo. Uma garota com um tufo de cabelo escuro e longos cílios caídos em sua bochecha, atualmente lutando contra o sono como uma determinada guerreira gordinha... Ela parecia e se sentia perfeita em seus braços.

Sua pequena Lily.

"Eu pensei que você tinha ido para a cama."

Harry esticou o pescoço, procurando pelo dono daquela voz profunda e calmante. Ele sorriu para Severus quando o homem se sentou na cadeira de balanço ao lado da sua. O que ele estava fazendo aqui? Severus estendeu a caneca quente em sua mão. Harry pegou com uma mão e bebeu sem questionar.

“Estou tentando fazê-la voltar a dormir,” ele finalmente respondeu. Severus assentiu e abriu os braços.

"Deixe-me tentar. Faça uma pausa e beba aquele chá.

“Cuidado com a cabeça dela.”

Severus pegou a bebê de seus braços e simplesmente a segurou contra o peito, esfregando-a nas costas. As fungadas silenciosas de Lily morreram lentamente, deixando as duas em um silêncio amigável. Harry desviou o olhar de sua filha e examinou a terra ao redor deles.

Quieto. Pacífico. Exuberante. Verde.

Isso é o que ele sempre sonhou. Um filho próprio, uma companhia com a qual ele poderia passar o tempo sem se preocupar com segundas intenções, a casa e o terreno perfeitos... Harry se perguntou quem mais dividia esse oásis maravilhosamente isolado com ele.

“Você deveria ir para a cama.”

"Eu vou. Eu só quero aproveitar o silêncio um pouco mais.

"Ir. Você precisa dormir. Vou colocá-la na cama.

Harry suspirou baixinho e lentamente se levantou. Ele se sentiu aquecido e feliz ao observar a maneira como Severus cuidadosamente embalou Lily para ele, esperando que ele abrisse a porta para os dois. Harry caminhou atrás dele, seguindo o homem até o berçário que ele sabia que ficava no andar de cima. Severus era tão gentil com ela. Suas mãos podem exercer tanta força, podem acabar com a vida de alguém em um momento, mas você nunca saberia disso observando-os juntos.

“Você é tão gentil com ela.”

"Eu pensei que você tinha ido para a cama."

"Não. Eu queria observar você.

Severus deu um sorriso verdadeiro e tirou Harry do berçário. Depois de lançar um feitiço de monitoramento, Severus puxou Harry para perto e deu um beijo suave em seus lábios. Harry relaxou completamente e queria aguentar para sempre. Quem era este homem? Quando Harry se recostou, a mão de Severus deslizou entre eles, as pontas dos dedos passando por sua barriga lisa.

“Você ainda não está aparecendo.”

As pequenas palpitações que Harry sentia em seu estômago pareciam perseguir os dedos esfregando sua pele. Ele sorriu para sua barriga e depois para Severus.

“Eu o sinto. Ele já está tentando brincar com você.

"Você está me dando um filho agora?"

"Sim," Harry sussurrou.

"Perfeito," Severus concordou com a mesma calma e capturou os lábios de Harry em um beijo mais longo. Quando ele finalmente permitiu que Harry respirasse novamente, Severus os guiou até o quarto principal. “Vá dormir e não discuta comigo. Você precisa dormir agora. Temos o resto de nossas vidas para todos os tipos de atividades carnais. Esta noite, porém, você vai dormir.

Snake In The Grass (Cobra Na Grama)Onde histórias criam vida. Descubra agora