Um

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Tessa Clark

Não existia pessoa nesse universo mais desastrada que eu, era impossível!

Em apenas 5 minutos, anote, 5 minutos, quebrei 7 copos. 7! Realmente era para espairecer a casa, só podia.

Olho o estado em que a mesma se encontra e suspiro, precisava urgentemente arrumar tudo, parecia que tinha entrado o Saci na minha humilde residência.

Mas hoje não vai ser, pego minha bolsa e vou para o trabalho, eu amo o que eu faço, sou professora.

Se você me visse com toda certeza diria que eu era, eu tão simples, com minha calça jeans, minha blusa branca, de óculos, com certeza pareço uma. No geral, porque se você ver as outras professoras da escola onde trabalho, parecem que estão em um desfile.

Sou professora de matemática, na verdade me formei em contabilidade, um desejo do meu pai, revirem os olhos comigo, mas depois não quis atuar na área, pois meu sonho era poder passar tudo que eu sabia, óbvio que depois disso, meu pai fingi que não existo né, o que me machuca muito, sempre fui muito apegada ele, e éramos somente eu e ele.

Quando chego à escola, comprimento o seu Cícero, o guarda, no portão de entrada e vou direto para sala de aula, evito a sala dos professores pela manhã, por quê? O idiota do professor Jefferson, tentou me assediar uma vez, eu denunciei óbvio, mas óbvio também que não deu em nada com metade da escola babando o ovo de.

As turmas que leciono tem em média alunos de 15 e 16 anos, mas ensino às vezes os meus bebês de 5 anos, a escola vai do ensino infantil ao médio, bem cara, chique e nada a ver comigo, mas me paga muito bem, eu gosto, então vamos lá.

Eu sei, converso muito, é que.....

— Professora Clark? — me viro, olhando para diretora Zim, uma mulher baixinha, com cabelos curtos, e de descendência asiática, eu acho.

— Sim? — dou um sorriso em cumprimento.

— Eu gostaria de falar um minuto com a senhorita.— ela fala e consertar os óculos no rosto

— Pode falar Sra Zim. — Eu olho para ela aguardando.

— É complicado...– arqueio a sobrancelha – Pais de alguns alunos vieram reclamar, sobre como as notas dos filhos estão baixas em algumas matérias, a sua é a principal.

— Acho melhor conversarmos na sua sala diretora. — falo respirando fundo.

Era só oq faltava!

Podemos ver que hoje o dia está maravilhoso.

Quando entramos na sua sala, eu me sento na cadeira à sua frente e aguardo.

— Eu entendo seu método de estudo Thereza, mas.....

E aí começa a longa história sobre como os pais pagam bem, e esperam que os filhos passem de ano.

Na minha época, se eu perdesse era um mês de castigo e meu pai ainda parabenizou a professora por não passar a mão na minha cabeça.

Finalmente em casa, depois de explicar para a diretora que não era obrigada a passar alunos por dinheiro, sendo que os mesmos não se esforçaram, imagina que pessoas eu estaria ajudando na formação?

Passo pela porta do meu apartamento e vou em direção ao meu quarto.

– Chegou cedo.

Gritei!

— Inferno! Que susto Bella – encaro Bella que estava escorada no balcão da cozinha.

— Desculpe — Ela dá um sorriso e se vira para terminar de fazer alguma coisa — Veio cedo.

O Meu Contrato CerteiroOnde histórias criam vida. Descubra agora