Capítulo 3

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-Como foi com ela? - Rebecca me rodeava busca de informações.

Passei um tempo sozinho com Lauren, a mulher brava que a namorada, que não e velha, da becky me arrumou um vaga de emprego. Ela era legal e me tratou muito bem, mas me senti um pouco nervoso de ficar perto dela. Lauren me deixou intimidado, mas curioso sobre estar com ela.

-Normal eu acho. - negou bugou descontente com a minha falta de informação. - Ela disse que com certeza vai me contratar, mas não sei se Lauren quer mesmo que eu trabalhe com ela. Eu não sei fazer nada além de mexer em equipamentos eletrônicos e games.

- você sabe que não estou falando sobre a vaga de emprego. - me joguei na cama fingindo não ouvir - Lauren parece ter gostado de voce, came.

- deixa de ser boba, becky. Lauren nunca se interessaria por mim.

-as vezes acho que você e cego, amigo. Ou vive perdido dentro da tua cabeça. Você e diferente, mas não tem nada de errado nisso. Você só precisa deixar que te conheçam.

-Duvido muito. Nem o papa e a mama sabem, e já passam o dia brigando e mandando eu crescer e parar de agir como crianca. Imagina se eles descobrem algo. - levantei da cama e fui mexer no armário pra buscar roupas pra tomar banho. - se eles que são meus pais, minha família, não aceitariam a forma como gostaria de ser, imagina qualquer pessoa de fora, Rebecca.

- Existem muito mais pessoas como você, Do que possa imaginar. - becky se aproximou e me abraçou bem apertado. - depois que conheci Freen, eu descobri muitas coisas, amigo.

-Não gostaria de continuar falando disso. - Me soltei do seu abraço pegando a toalha que estava encima da cadeira a juntando com meu pijama - Tô cansadão, patz. Preciso tomar banho e ir dormir. Você deveria ir pra casa. Já está tarde.

- okay. Vai logo bebezão. Eu Vou dormir aqui, hoje. - rebecca sorriu com cara de quem está aprontando algo - Amanhã vamos fazer umas coisas e não adianta negar.

-sei bem que não adianta.

Sai do quarto com as minhas roupas indo até o banheiro. Estranhei ver a luz da cozinha acesa e caminhei devagar até lá vendo mama e papa conversando baixinho. Me escondi colando meu corpo na parede para ouvir o que diziam. Não conseguia ver os dois, Mas pela forma que falavam parecia ser bem serio.

- Não podemos simplesmente o levar contra a vontade dele, amor.

-cameron tem dezessete anos, ale. Não podemos deixar ele sozinho nesse pais. Fora que não quero ficar longe do meu filho. Essa ideia absurda de deixar ele com os Armstrong não era nem pra estar passando pela sua cabeça

Então eu tenho chances de ficar aqui. Tenho chances reais já que papa aparentemente aprovaria. Eu apenas preciso do emprego e de convencer a mama a deixar eu ficar. Depois de uns meses vou ter dinheiro o suficiente para arrumar um apartamento só meu e viver da forma que eu bem entender. Ou ate mesmo convencer eles a ficarem se eu puder garantir ajudar em algumas contas.

Voltei todo o corredor indo para o banheiro pra finalmente tomar o meu banho e ir dormir. Eu tenho meus horários pra dormir e acordar e já tinha passado da hora. Na verdade eu tenho horário pra quase tudo.

Nem meus pais sabem muito bem como sou, a única pessoa que me conhece como ninguém e a rebecca. Somos como gêmeos que foram gerados em úteros separados, mas isso não vem ao caso. Eu sempre fui diferente de todas as crianças, Eu nunca quis crescer e nao consigo entender por que eu deveria. Não acho que eu deva, mas mama e papa dizem que sim. Então usaria isso a meu favor para ficar nos Estados Unidos.

Terminei meu banho assim que enchi meus olhos de shampoo. Odiava quando tinha que lavar o cabelo exatamente por isso. Meu olhos estavam pegando fogo. Me sequei com os olhos fechados e coloquei apenas o short do pijama. Fui para o quarto no tato e cheguei tropeçando em algo assim que abri a porta.

-shampoo nos olhos de novo? - becky me ajudou a sentar na cama e tirou a toalha dos meus ombros saindo do quarto. - Pronto bebê. Abre os olhos devagarinho, vou colocar a toalha no seu rosto e jogar água nos teus olhos pra aliviar, okay?

-Odeio lavar o cabelo exatamente por isso.

- você odeia tentar lavar o cabelo ne? Por que o que você faz e lavar os olhos, menino. - Agora de olhos abertos conseguia ver a idiota da minha melhor amiga rir da minha burrice.

-Acha que o emprego e meu mesmo? Existe chances de eu ficar aqui. Pelo que parece na casa dos teus pais por um tempo, mas mama ainda não esta muito confortavel com isso. Apenas papa está cogitando.

-Vou falar com Freen e garantir que seja seu. - Becky deu pulinhos batendo palmas como uma louca- Amanhã vou falar com meu pai para ajudar a convencer o tio ale. Ele é mais fácil que a tia sinuh.

Me deitei puxando a coberta que estava nos meus pés para cima de mim. Meus olhos estavam pesados por conta do sono, Becky deitou do meu lado puxando parte da minha coberta.

- Nao vai pegar aquele seu paninho de dormir? - apenas neguei com a cabeca - okay. Vou ligar para Freen. Boa noite came.

- Boa noite, Patz.

Amanhã teria um dia longo. Convencer a mama não seria fácil, teria que ter certeza sobre o emprego com Lauren, e teria que ser adulto daqui pra frente. Pelo menos quando estivesse com outras pessoas próximas.
Esse sacrifício seria necessario, para minha felicidade depois. Eu vou bolar um plano, e fazer dar certo, contaria com a ajuda da Becky e talvez com a sorte.
Mas essa e a minha única saída.

Só lo pido a dios que me cuide!

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