Missão Piloto

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10:30h
28 de fevereiro de 2028;
Quartel General Fishbones.

Becky's Pov

— Bailarina? Sério? Você só pode tá me gastando!! Cadê as câmeras? — Me virei rápido para procurar uma das câmeras de segurança da sala de reunião, ao encontrá-la e mandei dedo do meio rindo e mostrei a língua sabendo que alguém estaria assistindo. — Eu não vou me submeter a esse tipo de humilhação!! Ainda mais em um lugar cheio de burguesas, você quer me foder você vem e beija Lauren! — Alisei com raiva minha testa e adentrei os dedos por meus leves cachos rosados, alisei a lateral sentindo a área recém raspada e espalmei minhas mãos na mesa de carvalho escuro com raiva e olhei a mulher em minha frente que mantinha uma expressão calma e serena. — Eu não vou não desculpa mas me recuso a ir nessa merda.

— Olha a missão é essa, você tem de se disfarçar de uma bailarina para ficar de olho em uma mulher, temos de protegê-la. As irmãs dela pediram nossa ajuda para isso e bom pensei que você seria perfeita para esta função. — Pela primeira vez a mulher de cabelos longos, com alguns cachos negro, sorriu de canto, ela suspirou fundo ao me ver suspirar pesado e se sentar em uma cadeira, a girando logo em seguida. — Eu tenho ciência de que será difícil mas é o que temos Bec Bec. — Lauren cruzou seus braços semicerrando seus olhos. Eu odiava como o verde daqueles olhos me intimidava tanto, virei o o rosto de lado e ela começou a se aproximar de mim, senti meu corpo estremecendo por inteiro, ela girou devagar a cadeira para me virar em sua direção, deslizou devagar a mão por minha bochecha me fazendo olha-la. "Vagabunda, desgraçada, arrombada do caralho, ela sabe que desde que cheguei a adolescência tenho um crush fudido nela e ela faz isso agora. Porque caralhos eu tenho que ser tão nova, assim não é tão distante 18 para 30 né" — Olha a língua Armstrong ou você quer receber uma punição? — Sua voz estava mais rouca e arrastada que o normal, seus olhos verdes começamos a tomar um tom rosado e aquele cheiro doce de perfume estava tomando conta das minhas narinas, meu coração começou a bater forte e minha boca estava secando aos poucos diferente de outro lugar que estava ficando mais umido a cada toque dela, vagabunda estava usando seu dom contra mim, Lauren umedeceu o lábio olhando nos meus olhos, seu olhar desceu para minha boca sorrindo de canto ao me ver entre abrir os lábios e ela começou a se aproximar devagar até ficar próximo o suficiente para eu sentir a respiração dela quente se misturar contra a minh, aquele perfume dela estava me deixando louca e a merda que para isso que servia essa porra de dom de puta dela. Ela logo voltou seu olhar aos meus, fechei os olhos virando o rosto para o lado e negando, eu acabei cruzando as pernas apertando um pouco minhas coxas e ela riu alto se afastando, seus olhos voltaram para sua tonalidade normal esverdeada e aquele cheiro tinha sumido. — Sempre funciona, tão fácil mexer com lésbicas baitolas, você, Heidi e até o casalzinho das englot antes de namorarem cediam fácil quando eu fazia uma leve pressão. — Ela se sentou na beira da mesa, afastando um pouco suas pernas me olhando.

"desgraçada gostosa do caralho por deusas que vontade de dar para ela, mas não posso tenho que manter o profissionalismo."

— V-você é u-uma v-vagabunda sabia? — Eu a olhei com raiva e ela riu mais ainda arqueando a sobrancelha, seu olho direito começou a ficar rosa e eu levantei as mãos em sinal de rendição. — Isso não vale Laur, você já é gostosa e tem essa porra ai de ficar jogando charme nas pessoas e eu aqui só sei controlar minhas facas no ar e agora que tô aprendendo a controlar as descargas elétricas com a Neon. — Cruzei os braços suspirando fundo. — E porque oh gloriosa senhora Jauregui, eu uma mera camponesa seria apta para tal função?! Você quer me matar, não quer? — Bati em minha coxa com raiva. — Você sabe o quanto tenho ódio por gente rica, eu não sei nem disfarçar a minha cara e terei de cuidar de uma riquinha mimada?! — Eu adentrei as mãos em meus fios rosados e deslizei o dedo devagar por uma mecha preta. — Você sabe que eu não danço mais desde a morte do meu melhor amigo, Nop. — Eu acabei por suspirar em tristeza mas logo retomei minha postura séria negando um pouco para tentar não lembrar dele, agora não. Não quero chorar na frente da minha chefe e parecer fraca, de novo, fui fraca naquele dia e não posso ser novamente. — Me conta mais sobre, não quer dizer que eu vá aceitar, porque eu prometi que não dançaria sem ele, foi por conta dele que eu comecei a dançar, porque ele amava isso Lolo. — Fiz beicinho e ela arqueeou a sobrancelha.

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