Notas do Autor(a):
✨| Iniciando uma nova história.
💛| Boa leitura.
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(Point of view: Narrador)
Seul. Capital da grande Coreia do Sul. É a cidade onde a modernidade se mistura com a antiguidade, e a cultura se funde com a herança ancestral. Aqueles que a visitam contam que a cidade brilha como uma joia, cercada por montanhas e rios, que impressiona com seus prédios modernos, esculturas e parques. É o local onde a vida pulsa nas ruas, a cultura é vista por todos os cantos e onde as tradições se mantêm preservadas por gerações.
Essa história começa em uma tarde ensolarada e quente de verão com uma família tradicional coreana almoçando em um restaurante chique na avenida principal. Era possível observá-los sem grandes dificuldades, afinal sua mesa estava próxima à uma parede de vidro, possibilitando quem quer que fosse olhar para aquela família.
A mãe, uma mulher de meia-idade, vestida de forma elegante e com os cabelos escuros presos em um coque, presidia a mesa. Do seu lado direito, o pai, um homem de cabelos grisalhos e com um ar sério vestindo um terno aparentemente caro. Do seu lado esquerdo, os dois filhos adolescentes, vestidos com roupas modernas e com os cabelos bem cortados. A mesa estava posta com uma fartura de comida. A atmosfera era de tranquilidade e alegria. Os pais se esforçavam para manter a conversa, enquanto os filhos riam e contavam histórias, aproveitando para curtir a companhia uns dos outros.
Mas nossa história não é sobre eles. Não mesmo.
Do lado de fora do restaurante, passando despercebida pela sociedade ao seu redor, uma jovem lançava um demorado olhar de curiosidade para cada um deles, provavelmente buscando se imaginar naquela situação. Estar em uma família.
Desde que adquiriu consciência do mundo ao seu redor, ela sabia que era só no mundo. Não existia um pai, uma mãe ou sequer irmãos lhe esperando em algum lugar daquela grande cidade, muito menos um lugar aonde buscar abrigo, conforto ou um simples prato de comida. A rua era o seu lar, e os incontáveis moradores das ruas de Seul eram o mais próximo de uma família.
Pelo menos era o que tentava se convencer para se consolar.
No mais, era Jennie e nada além de Jennie. Jennie Kim. Nome. Sobrenome. O suficiente. Não que o Kim significasse algo para ela. Não sabia sobre sua origem ou o peso daquele sobrenome que carregava. Não sabia nada sobre os ancestrais de seus pais. Ela só sabia que era Jennie, e nada além disso.
A menina era dotada de uma grande beleza, apesar de ninguém reparar nisso decorrente das suas roupas maltratadas e a face completamente suja. Seus cabelos eram lisos e compridos com a tonalidade de um castanho escuro. Os seus olhos eram igualmente castanhos e profundos, muito semelhantes aos de um gato. Eles transmitiam uma sensação de melancolia e solidão para quem os olhassem mais atentamente.
As ruas davam-lhe 13 anos, 15 para alguns, mas tudo era incerto quando se tratava de Jennie. Ninguém sabia de onde ela veio ou para onde seguiria. Simplesmente, em um dia de chuva forte, a menina surgiu em um beco na calada da noite. Daquele dia em diante costumava viver nas ruas, sempre fugindo, e com ela, também fugia a esperança de que um dia tudo aquilo acabasse. Alguns diziam que ela fugiu de casa, outros que foi expulsa, mas a verdade é que ninguém sabia ao certo.
Nesse momento Jennie notava que aquelas pessoas além do vidro não estavam suadas, ao contrário dela que tinha o corpo quase que todo molhado de suor. Com a chegada do verão, alguns dias atrás, a temperatura aumentou drasticamente. No termômetro de rua marcava 27 °C, mas a sensação térmica era mais alta. Porém, com toda certeza, dentro daquele restaurante tinha algum ar-condicionado refrescando todos ali dentro.
Com um ato de coragem, ela foi até a porta do restaurante, imaginando que algum milagre aconteceria e que alguém a ajudaria com algumas moedas, ou quem sabe a dariam algumas sobras de comida, ou até conseguisse sentir um pouco do ventinho gelado que estaria lá dentro. Por um momento ela teve esperanças, mas, logo em seguida, ela foi rudemente interrompida por um segurança que apertou seu braço com bastante força.
"Você não pode entrar aqui, garota! Sai fora daqui ou chamarei a polícia!" O homem uniformizado falou com uma voz firme e autoritária. Jennie apenas assentiu com a cabeça, sem insistir, sabendo que não havia nada que ela poderia fazer ou dizer.
Ela não tinha voz, ainda mais estando naquela situação, mas tinha olhos que diziam tudo o que precisava. Eles diziam que ela queria se sentir parte de algo, que ela sentia falta de alguém, que ela queria segurar a mão de alguém e mais do que tudo queria que alguém segurasse a sua.
Porém, ninguém a ouviria.
Inconscientemente, ela colocou a mão sobre o seu coração. Ali, ela sentia a pulsação forte e ritmada, e ela sabia que não era uma sensação de vazio. Seu lado inocente se agarrava em um fio de esperança de que um dia, ela encontraria uma família. A sua verdadeira família.
Jennie virou-se e começou a andar de volta para a rua. Parou próxima a uma esquina e humilhantemente esticava sua mão tentando pedir alguns trocados, mas todos que passavam a ignoravam. Aquele era mais um dia de azar para a pequena Jennie. Mais um dia que buscaria dormir cedo para tentar esquecer a fome por já estar há três dias sem comer. Contudo, ainda havia esperança para a jovem coreana.
Ela sabia que havia uma chance de sair das ruas, de ter outra chance na vida, de ser alguém. Não sabia como, mas daria um jeito. Ela tinha que acreditar que algo melhor estava para vir. Ela era forte, ela era corajosa, e sabia que um dia tudo aquilo iria passar.
Ela era bem mais que apenas um nome... ela era Jennie Kim.
| continua... |
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Notas Finais:
✍️| Palavras: 978.
💔| A pobi da Jennie, gente...
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✨| Espero que tenha gostado do capítulo de hoje.
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Dias de primavera virão (Blackpink - Jenlisa)
Fanfiction✨ SINOPSE ✨ Jennie Kim, uma garota solitária e com um passado desconhecido por todos que a viam perambular pelas ruas da grande Seul. Lalisa Kim Manoban, uma jovem de 23 anos que sempre afirmava ter a vida perfeita e que não precisava de mais nada...