Único

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Oioi, decidi trazer uma one que tá no site vizinho pra cá tmb, super cuti-cuti, espero que gostem <3 

Capa pela worldecchan

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Sr. Bomba 

por Line

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Dynamight acreditava que nada no mundo atrapalharia sua manhã de sábado ineditamente pacífica.

Sem vilões, sem bundas de civis em perigo e sem os bips insuportáveis do dispositivo de comunicação — no momento enfiado no bolso traseiro do uniforme —, ele tinha certeza de que finalmente teria um momento de paz para apreciar um belo chá de camomila e um arroz frito coradinho, ali na movimentação tranquila da lanchonete e do som baixinho provindo da TV tevê pregada acima do balcão. Ela exibia a inauguração de uma nova escolinha no extremo sul da cidade; crianças, pais e professores sorridentes acenavam da tela. Até os noticiários pareciam ter acordado em paz com o mundo.

As coisas, porém, começaram a dar errado no segundo em que o Cara de Merda, a Guaxinim e o Pikachu cruzaram as portas do estabelecimento, escandalosos como sempre. Embora trajassem seus respectivos uniformes, nenhum deles pareceu heroico quando abordaram o herói das explosões quieto e sossegado; mal o cumprimentaram, e logo uniram outra mesa à dele, declarando permanência e, por conseguinte, a ruína de sua paz.

Mas nem tudo estava perdido; o dia estava no início, afinal. As incontáveis sessões de terapia desde seu ingresso na UA deram resultados positivos, e Katsuki, agora, tornara-se o tipo de gente que via não mais que uma chuva mediana no lugar de uma tempestade.

Numa resignação atípica, ele decidiu continuar a aproveitar a manhã em vez de explodir com os idiotas. Apenas precisou afastar o Pikachu de seu arroz e falar para a Guaxinim abaixar o tom de gralha, nada tão cansativo. Papos sobre a "folguinha" temporária e o dia pacífico inundaram a mesa dos heróis, e logo os pedidos foram servidos: uma mistura de carboidratos, uma ou outra iguaria light e diversos tipos de energéticos — coisa de Eijirou.

Katsuki agradeceu a atitude respeitosa dos civis ao redor, que não os enchiam com câmeras e pedidos de autógrafos, e o empenho gentil dos funcionários em trocar sua caneca de chá sempre que ela estava no fim. Tudo estava mais do que ótimo e, a despeito de ele e de seus parceiros terem que trabalhar tão logo saíssem dali, Katsuki sabia que aquele seria um dia de contemplação.

Mas, é claro, imprevistos acontecem. E, contrariando suas suposições mais prováveis — um ataque de vilões ou um assalto ao banco da esquina —, o imprevisto veio na forma de uma figura pequena e ágil atravessando o estabelecimento e correndo direto para suas pernas.

— É o sr. Bomba! É ele, é ele! O sr. Bomba tá aqui!

Um bom observador provavelmente viu cada centímetro do corpo do herói Dynamight endurecer quando a criança se agarrou a suas pernas sem preâmbulos, e com certeza assistiu à queda da colher que ele segurava, que quicou na mesa e foi direto ao chão.

Uma criança. Uma pirralha. Agarrada à sua panturrilha direita como se abraçasse um urso de pelúcia. Chamando-o de "sr. Bomba" — gritando, o que era ainda pior. Tudo isso às oito da manhã de um sábado que, relembrando, era para ser pacífico.

— Papai, vem ver, vem ver! O sr. Bomba tá aqui, eu tô tocando no sr. Bomba, ele não é de mentira! — a garotinha continuava a berrar, um sorrisão no rostinho redondo e angelical. — Colo! Eu quero colo, me dá colo, por favorzinho, sr. Bomba, eu quero, eu quero, eu quero!

Sr. Bomba | BakudekuOnde histórias criam vida. Descubra agora