Capítulo Único - Então Por Que Parou?

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O Going Merry era abençoado pelas águas calmas daquela noite fria, todos tripulantes já deviam estar dormindo, exceto Roronoa Zoro que estava sentado, encostado na madeira do navio, observando calmamente as estrelas enfeitarem o vasto céu; por ser mais uma noite de guarda, permanecia desperto a espreita de qualquer mudança climática ou ataque inimigo.

Porém, não estava sentado ali em vão, na verdade esperava calmamente um certo cozinheiro sair da cozinha, afinal, devia estar provavelmente checando os mantimentos e as suas durabilidades.

Alguns minutos se passaram e finalmente Sanji apareceu, deparando-se com Zoro ao lado da porta. Aquele momento era um dos únicos que podiam ficar em paz, sem toda bagunça do navio ou adversários diversificados; um dos raríssimos momentos para aproveitarem a companhia alheia.

Por isso, o loiro sentou-se ao lado de seu amante e então seguindo a tão normalizada rotina, acendeu o cigarro e começou a tragá-lo, fitando calmamente o mar e as ondas levemente agitadas.

As orbes azuis se dirigiram para o esverdeado, fitando cada detalhe que já estava careca de tanto memorizar; porém, nunca perdia a graça. Chegou um determinado momento onde, perguntava a si mesmo como que seria acariciar os cabelos verdes.

Apesar de manterem uma relação — bem diferente de todas — nunca teve a oportunidade de demonstrar carinho, talvez porque Roronoa não seria receptivo. O sexo sempre era quente e agressivo, sem espaço para carícias românticas ou amigáveis; por isso, sua curiosidade aumentava.

Acabou não privando-se de todas questões e então levou a mão até os cabelos alheios, desferindo uma leve carícia, recebendo em troca um olhar indecifrável de Zoro.

— O quê está fazendo? — indagou com um sobrancelha arqueada, recebendo cada movimento dos dedos alheios, que infelizmente pararam. Uma coloração avermelhada surgiu na face do loiro, ao perceber que estava sendo estupidamente romântico com aquele espadachim brutamonte; por isso, optou por desviar o olhar.

— Só estou fazendo carinho, Marimo. — Sanji respondeu, arrependendo-se cada vez mais por ter tentando saber a determinada sensação. Todavia, mexer nas madeixas esverdeadas era até que agradável, se não fosse pela carranca do mesmo que evidenciava seu desdém por carícias do gênero. Bem, era o que o cozinheiro achava até então.

— Então por que parou? — Receber tal pergunta fora como dar um choque no Vinsmoke, não acreditava que Roronoa supostamente havia gostado do carinho desferido. Com um mínimo sorriso bobo, passou a voltar a desferir um contato íntimo nos fios verdes, admirando como que o seu amante demonstrava apreciar tal gesto.

Jamais esperava que Zoro se entregasse a sua demonstração de carinho; isso deixava-o completamente satisfeito e feliz naquela noite estrelada.

Só Estou Fazendo Carinho, MarimoOnde histórias criam vida. Descubra agora