Subi para meu quarto, sentei- me na cama, olhei para a janela observando o céu que pouco estrelado estava, graças as malditas luzes de cidade grande. Me levantei e caminhei até lá, abrindo a janela e sentido o frio reconfortante do Japão, como um suspiro da natureza, vinha um vento em meu rosto, fechei os olhos na tentativa de esclarecer meus pensamentos turbulosos. Sentia uma raiva correr por minhas veias, e como uma chama ardente, queimava em meu peito, minhas mãos que estavam apoiadas na beira da grande janela, começaram a tremer, minha respiração começou a falhar e meus olhos começaram a se inundar de lagrimas. A raiva começava a se formar, meu coração começou a acelerar, meus olhos começaram a ficar nebulosos.
A respiração começou a pesar em meu peito, precisa descontar em alguém. Me sentei no chão, no pé da janela, levei minhas mãos até meu couro de cabelo, e comecei a arranhar. Não sentia a dor, mas sentia a raiva, ou eu descontava em mim, ou na Jade.
Respiro fundo centralizando meus pensamentos, mantendo o foco. Sempre que fico com raiva, geralmente ela vem de uma forma explosiva e inconsequente, cega e sádica. Me levanto e apago a luz na intenção de acalmar minha mente, o frio e escuridão pra mim eram a melhor forma de me manter calma.Estava prestes a fechar a janela quando escuto Jade no telefone, indo em direção a rua. Paro em pé na beira da janela e a observo sob o brilho intenso da lua. As luz clara da lua fazia uma sombra em meu corpo parado na janela, cada centímetro meu era contornado pela luz da lua, minha silhueta desenhada perfeitamente nas sombras. O único brilho daquele quarto escuro, era apenas a cor esmeralda de meus olhos, como se estivesse caçando, beirando nas sombras, caminhando na escuridão pronto para matar. Cerro meus olhos, ergo minha mão direita em formato de um revolver e o miro na cabeça de Jade. Sorrio e abaixo minha mão.
_" Se eu fosse má, serias tão fácil te mata"_ Abaixo meu olhar e me viro de costas _" Agradeça a Deus por eu gostar de você Jade"_ Me viro e me sento na cama, um flesh de luz entrava pela janela, porém não chegava até minha cama.
Escutei a porta do banheiro se fechar e logo após escuto o som do chuveiro e de água. Coloco meia em meus pés, me levanto e vou até a porta e com cautela a abro, logo a fecho. Vou até o quarto do pai da Jade tomando cuidado para não pisar em nenhum caco de vidro. Vou até a janela e observo atentamente de onde poderia vir o tiro, e então vejo um prédio a esquerda da casa de Jade, no andar superior dava a vista perfeita para o quarto, já sabia de onde o tiro teria vindo. Abro o guarda-roupa junto da pequena porta, pego o celular que lá havia. Vejo por debaixo da fresta da porta uma luz intensa, o que significa que Jade estava saindo do banheiro, logo a luz se apaga e novamente, escuto o som de portas se fechando.
Volto para meu quarto, e decido ir tomar banho, antes de pegar minhas roupas, guardo o celular debaixo da cama e passo um,a fita que eu tinha no quarto e o coloco pregado nas madeiras da cama . Pego um conjunto de pijama, uma blusinha cropped preta com e um desenho de dragão oriental vermelho, de tecido de cetim. Já o short, era curto, preto com vários dragões em vermelho, sua barra era em detalhe ondulado.
Caminhei até o banheiro, fecho a porta e a tranco, tiro minha roupa que usava, abro o chuveiro e entro no box. Encosto minha mão no vidro do box e deixo a água cair, coloquei a temperatura no frio, fechei meus olhos e senti as gotas gélidas de água ciar de meus cabelos negros até meu corpo. E flashs de lembranças cobriram minha mente como uma névoa densa. Era uma mistura de lembranças, vinha conversa com Hidan hoje, o que me perturbou e ao mesmo tempo me despertou desejo. Mas uma em especifico chamou minha atenção nessa nuvem de lembranças.
Há nove anos atrás, me deparava com a visão de Jade chorando no túmulo de seu pai. A pequena Jade chorava com um pequeno buque de tulipas roxas, as flores preferidas de seu pai, cujo o mesmo, apelidava Jade. Ao lado dela estava um garoto de cabelos brancos uns 5 anos mais velho que a mesma. Meus pais estavam ao meu lado, lembro de ver meu pai abaixando seu rosto e colocando sua mão tampando suas lagrimas de dor. Não hesitei, deixei minhas lagrimas caírem ao ver meu pai chorando e de ver minha amiga triste.
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Aliança Entre Mafias
FanfictionDuas amigas, vidas completamente diferentes que começam a viver juntas. Uma nem imagina a vida que a outra está levando. Ambas vivem em vidas opostas, com divergências e segredos, mundos diferentes as cercavam. Caos e desordem de um lado, e do out...