capítulo 2

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POV YELENA PETROVA

De onde raios surgiu esse imbecil.

— Mas o que é isso?. — falou o Sr. Forks se levantando com uma cara nada boa.

Então me viro para olhar quem é o maluco e percebo que não se trata de um estranho e sim de alguém muito inesperado.

— Miller! — eu e o Sr. Forks falamos em uníssono. O Sr. Forks coloca a taça em que estava em sua mão sobre a mesa e começa a recolher suas coisas.

  — Irei embora não me misturo com esse tipo de gentinha. — disse encarando o Damon com total desprezo. — Sobre o contrato Srta. Petrova, eu entrarei em contato com sua assistente para assinarmos de uma vez. — falou e se retirou.

Restando apenas eu e o homem que acabou de atrapalhar um dos meus maiores contratos. —  O que você tem na cabeça? — falo olhando para ele que não parece se importar nem um pouco com a minha raiva. O mesmo ficou por alguns minutos me encarando, e depois se sentou de frente para mim.

POV DAMON MILLER

Encarei a moça em minha frente, que parecia estar uma bela fera com o que eu acabará de fazer, mas fiz isso com um propósito, quero me tornar o top 1 de Londres e para isso preciso dela.

— Que mau humor hein, sabia que não devemos se estressar deixam as pessoas com rugas. — digo sorrindo para deixa-lá mais irritada.

— Porque será não?. — a moça diz me olhando com raiva. — Você atrapalhou o meu maior negócio com o Sr. Forks e ainda por cima o irritou. — afirmou.

—Eu não dou a mínima se ele está ou não irritado comigo. — digo olhando para a moça sério. — Você tá querendo ferrar comigo por um acaso, porque eu nunca troquei se quer uma frase com você, então você não tem motivo nenhum pra isso. — argumentou. — Eu não quero ferrar com você, pelo ao contrário, quero trazer mais reconhecimento para nós.

— Nós? É claro, até porque vc e eu somos muito amigos né. — falou com uma sombrancelha erguida.

— Não somos amigos, mas podemos ser quando começarmos a trabalhar juntos. — digo um pouco esperançoso. — E quem disse que eu quero trabalhar com você, você é metido pra cacete. — falou.

— Já me chamaram de tudo, menos metido. — digo com um sorriso malicioso. — Tem uma primeira vez pra tudo né. — disse sorrindo de canto. Essa mulher, ela é mesmo geniosa parece o próprio diabo, tem resposta pra tudo.

— Olha, eu não quero te deixar brava...Eu só quero te propor um negócio, se eu deixasse você fechar o contrato com o Forks, meu plano não iria dar certo, eu preciso de você.— digo falando sério.

— Do que você precisa de mim necessariamente? — Yelena pergunta, parecendo estar um pouco interessada.

— Bem, vejamos, todos nós temos ambições na vida, e a minha é tornar a minha empresa a maior de Londres. — digo olhando diretamente em seus olhos. — E pra eu conseguir o meu objetivo vou precisar de você, nós temos que estar juntos nessa pra conseguirmos chegar no Forks, ele é uma pessoa grande, nós dois já sabemos disso, mas se minha empresa e a sua se unirmos eu tenho certeza que iremos direto para o sucesso, já vi muito dos seus trabalhos você é uma mulher esperta sabe como dirigir bem os seus negócios, então não vejo outra pessoa melhor para entrar nessa comigo do que à não ser você. — digo tentando convence - lá ao máximo.

Ela me olhava pensativa, talvez a minha proposta tenha despertado algo ali, eu sei que o meu objetivo é grande, talvez nem possamos conseguir chegar lá, mas vou fazer o meu possível e impossível pra isso acontecer. Eu sinto que com ela as coisas podem fluírem, meus pais sempre me ensinaram a persistir nas coisas que ansiamos ter.

— Olha, eu agradeço a oferta mas mexer com o Forks é loucura ele é perigoso, e eu não estou disposta a me arriscar dessa maneira. — diz com um olhar sério.

Apesar de eu não ter gostado dela ter rejeitado minha proposta dessa forma, eu entendia o lado dela até mesmo eu poderia estar arriscando muita coisa, mas a vida é feita de escolhas.

— Eu entendo, mas eu não vou desistir até convencer você.

POV YELENA PETROVA

Cansada dessa conversa me levanto para ir embora, mas acabo vendo uma mancha no meu blazer causada pelo vinho.

— Droga. — falo e vou em direção ao banheiro para tentar lavar antes que não limpe mais. Depois de muito esfregar estava melhor, mais manchado ainda, uma pena. Saio com o blazer na mão louca pra voltar pro escritório.

— Buh. — ele tenta me assustar mas acaba falhando miseravelmente.

— O que aconteceu aí?. — ele diz apontando com a cabeça para meu blazer pendurado em meu braço. — O que aconteceu? Vamos ver, um ser vem do nada e acaba derramando vinho no meu contrato super importantíssimo e no meu blazer novinho. Foi exatamente isso o que aconteceu. — respondo com um tom de deboche na voz.

— Nossa, um dia nada fácil, e não sei porque mas acho que o "ser" em questão sou eu. — diz fingindo uma cara de pensamento. — Estou certo?. — pergunta.

— Eu já me estressei demais por sua causa hoje, chega dessa conversa. — digo já bem irritada com toda essa situação.

— Espera. — fala sério. — Me deixa pelo menos mandar tirar o vinho do blazer, afinal foi por culpa minha que isso aconteceu. — pede estendendo a mão.

— Tudo bem, mas acho bom você me devolver hein. — falo entregando o blazer pra ele.

— Eu não costumo ficar sumindo com as roupas dos outros. — indaga revirando os olhos.

— Vai saber né, tem gente com gosto pra tudo por aí. — digo achando graça.

Saio deixando o homem para trás, e mesmo não olhando para ele, consigo sentir seus olhos em mim. Enquanto eu dirigia de volta a empresa, minha mente ainda estava presa naquela proposta, mesmo sendo algo absurdo de se fazer, também iria ser algo muito bom. Quando chego na empresa, e entro em meu escritório,  Amy me avisa que deixou mais alguns últimos arquivos em minha mesa. Assim que finalmente termino, sigo em direção ao meu apartamento, estou tão cansada, hoje o dia realmente foi bem exaustivo, normalmente sempre que chego bebo algum vinho, mas acho que hoje não quero ver mais nenhum vinho em minha frente. Abro a porta e sigo para meu quarto, logo tomando um banho e me sentindo renovada, coloco minha camisola fresquinha e desço para a sala, quando escuto o barulho do sensor do elevador de moradores pedindo pra subir no meu apartamento, acho estranho e vou até a câmera ver quem é a pessoa a essas horas e sem me avisar. Assim que vejo não consigo acreditar.

— Só pode ser brincadeira com a minha cara.

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