➤ Sherlock e Watson - Sherlock Holmes.

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"Imagine de conforto"

- Gênero indefinido. 

- Pode conter gatilho: ansiedade. 


Sherlock e John estavam fora, faziam alguns meses que não havia surgido sequer um caso intrigante. Apenas pessoas que perderam coisas em lugares óbvios e alguns casos inventados de engraçadinhos com tempo livre.

Watson arrumou um emprego de meio período como um tipo médico exclusivo da delegacia local. Mas, a algum tempo ele também estava apenas sentado na sua mesa na delegacia esperando alguma chamada.

Sherlock saiu na noite anterior para procurar um caso que o deixasse intrigado o suficiente para passar dias em vegetação, sobrevivendo em função do caso.

E você estava completamente só, e o pior de tudo é que estava sentindo a solidão. O apartamento estava cheiroso e limpo mas, estava sufocante e nada aconchegante, e tudo ao seu redor lhe irritava, a forma em que os copos estavam em uma ordem específica e por mais que tentasse mudar aquilo, parecia nunca ficar da "maneira correta".

Sua bagunça era mental.

Por mais que estivesse em sua silenciosa tristeza, se irritava com o barulho de pessoas falando lá fora, do vizinho arrumando sua casa um pouco mais alto e de um outro cachorro latindo a metros dali.

Sua bagunça mental piorava junto com o estresse e ansiedade que estavam fazendo sua cabeça latejar em uma dor também irritante, sua visão embaça por lágrimas que surgem e desaparecem quando escorregam por suas bochechas e são absorvidas por sua blusa.

Desejava fortemente deitar em sua cama e ficar lá, encolhido por meses sem fazer nada, cortando todos os laços com o mundo real.

Na delegacia, Watson lia um livro quebra cabeça, tentando passar o tempo ali. Estava prestes a pedir demissão apenas para sentir o coração acelerado por nervosismo de algo fora da monotonia. Por mais que fosse sem graça comparado às perseguições que fez ao seu lado e ao lado de Sherlock

Quando de repente recebeu uma ligação de Sherlock, seus olhos brilharam e John pensou consigo mesmo "finalmente".

— Vá para casa, agora! Tem algo errado. — A voz oscilante de Sherlock indicava claramente que ele estava correndo se desapareceu assim como surgiu, de repente.

O coração acelerou, não era isto que ele esperava. Não era por isso que ansiava, pensou o pior com medo por você.

Se levantou o mais rápido que pode da cadeira onde estava, deixou mais firme a arma no cós da calça e correu para o apartamento que era próximo dali.

Você estava bem fisicamente e não corria perigo algum, apenas deitado no sofá da sala com os olhos fechados tentando limpar os pensamentos, cogitando se valia ou não a pena levantar para assar biscoitos e mais uma vez arrumar os copos em posições erradas.

Mas, você se levantou depressa quando se assustou com o barulho da porta sendo aberta bruscamente por Sherlock e Watson ofegantes e suados, preparados para um risco imaginário.

— O que aconteceu?!— Seu coração estava acelerado pela adrenalina repentina e sua voz saiu diferente do estado emocional que se encontrava a instantes atrás.

— Ah, que bom. Não tem ninguém. — Sherlock comentou enquanto recebia um olhar pasmo de Watson, que estava ainda paralisado com sua arma ainda em mãos. — Bom, eu tive uma intuição estranha de repente.

— E veio correndo feito um maluco. Não tem nada errado, [Nome] está bem. Está? — Watson se virou para você pálido.

Você riu da situação e balançou a cabeça acenando que sim, se sentando no sofá novamente.

— Não, está tudo errado. Hoje está tudo bagunçado. [ Nome ] arrumou os copos várias vezes, e errado sei que não estou. Passou o pano nas janelas pelo menos algumas vezes e olhe as pálpebras, caídas e avermelhadas. Está com febre ou chorou. Algo está sim errado, eu sei. — Sherlock disse com certeza enquanto tirava seu sobretudo e empurrava um pouco Watson para frente, pra fechar a porta.

O homem já não mais paralisado observou na mesma hora cada detalhe falado e você revirou os olhos.

— Sim, vieram aqui correndo pois estou tendo um dia ruim? — Você perguntou sem acreditar no que ouviu.

— [ Nome ]... — John respirou fundo e lhe chamou baixinho, deixando a arma travada agora em cima da mesa de canto ao lado do sofá, sentado ao seu lado.

A solidão se transformou agora apenas em uma extrema vontade de chorar, então quando Sherlock também se sentou ao seu lado o céu começou a chorar por você.

Você foi envolvido pelos braços de John enquanto Sherlock sem saber como lhe confortar, também deu seu melhor acariciando suas costas.

— Sabe, você não organizou os copos tão mal assim. — Sherlock comentou lhe fazendo sorrir contra o peito de Watson.

A bagunça ainda estava lá, você não ficou magicamente curado apenas por eles estarem lá. Mas, você sabia que poderia contar com eles caso precisasse, caso quisesse e o sentimento de solidão não estava lá pois eles eram as provas vivas de que você nunca estaria só.


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