PRÓLOGO

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— TIREM VISENYA DO QUARTO!! — Nymeria gritou em meio às dores do parto 

 Ela levantou a cabeça e viu sua filha ser arrastada para fora do quarto por uma das suas damas. Ela caiu com a cabeça contra a cama novamente, até que a dor pavorosa a invadiu novamente e havia muitas vozes pedindo que ela fizesse mais força. Ela não aguentaria, nem os gêmeos haviam dado tanto trabalho para sair de dentro dela. Mas ela respirou fundo e soltou um grito do fundo da sua garganta. 

Depois do que pareceu horas, Nymeria ouviu o choro estridente invadir o quarto e respirou aliviada. No mesmo instante o quarto foi invadido por Viserys e os gêmeos estavam logo atrás dele. Visenya e Baelon passaram pelo pai correndo e pularam na cama. 

— Mamãe, você está bem? — Baelon perguntou. — Aemond disse que você iria morrer. — Nymeria olhou para Viserys, mas logo se voltou para os filhos e passou a mão pelo rosto do filho.

— Eu estou bem, não se preocupe. Não acredite em tudo que te disserem, sua mãe é forte como um dragão. — Baelon sorriu. Visenya ainda parecia assustada por sua mãe estar na sua frente. 

— É uma menina, senhora. — Uma das criadas entregou o pequeno ser, enrolado em um pano especial, feito por Nymeria.

 Viserys sentou na cama e eles se olharam. Os cabelos pretos da menina já eram nítidos, ela sorriu. Seus outros dois filhos tinham cabelos claros, assim como os Targaryen. Ela gostou que sua filha tivesse os cabelos dela agora. 

— Ela vai se chamar Alyssa. Espero que você seja tão destemida e forte, quanto sua avó foi. — Ela sorriu beijando o bebê. Viserys puxou o colar e colocou no pescoço da menina, ele pegou a criança e a beijou na testa. 

— Você nasceu para ser grande. Minha pequena princesa. — O bebê gruniu e todos sorriram. Baelon e Visenya abraçaram a mãe. 



 

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 Alyssa correu, ela não conseguia encontrar sua mãe. Seu pai não queria lhe dizer o que estava acontecendo, ele havia tentado enganá-la com histórias e lhe dando presentes. Ela correu até que se chocou com alguém. Ela levantou do chão e olhou para a pessoa com quem tinha se batido, Aemond. 

— Tinha que ser você. — Seu irmão falou com desprezo. Ela não entendia porque ele a odiava tanto, Alyssa sempre o tratou bem. 

 Quando ele voltou pra casa sem um olho, ela tentou se aproximar, mas ele não permitiu. Ela entendeu e se resguardou, agora, próximo ao seu décimo quinto dia de nome. Ele só piorava. Então, ela assentiu tentando não provoca-lo.  

— Sinto muito, Aemond. Eu já estava indo. — Ela se virou para correr para sua mãe. 

— Você deveria correr. — Ele riu. — Temo que sua mãe não dure muito. — Ela podia sentir a zombaria na voz. Ela sentiu algo crescer dentro dela, algo queimando em suas veias.

— Minha mãe não vai morrer. — Ela vociferou. Ele riu.

— Talvez não, prostitutas tendem a não morrer cedo. — Ele riu. Alyssa foi tomada pela raiva e atingiu o rosto do menino com um soco, e apesar de ter somente onze dias de nome, ela conseguiu derrubar seu irmão.

 Dominada pela chama que ardia dentro dela, ela subiu em cima dele e começou a atingi-lo no rosto. As lágrimas desciam pelo rosto da garotinha, sem parar. Ela foi arrancada de cima do seu irmão, por seu pai e Alicent puxou seu filho para perto. Seus irmãos, Visenya e Baelon estavam ao lado do pai. 

— Sua bastarda maldita. — Aemond gritou. 

— Viserys, você não pode permitir que esses bárbaros continuem mutilando seus filhos. Não muito tempo atrás, Baelon arrancou o dedo de Aegon e agora até a pequena e doce Alyssa, está agredindo meu filho. — Alicent disse agarrando mais o filho. Viserys virou Alyssa para ele, a menina soluçava. 

— O que houve Alyssa? Você nunca agiu assim antes. — A menina engoliu o choro. 

— Ele disse que a mamãe merecia morrer por ser uma prostituta. — Ela desabou. 

— Não chore, minha querida. — Viserys sorriu. — Sua mãe vai ficar bem. — Viserys andou em direção a Alicent e o filho. 

 Baelon e Visenya se abaixaram para averiguar se sua irmã estava bem. Visenya percebeu que ela estava sem o colar e o pegou do chão, Baelon pegou a irmã no braço e eles saíram juntos em direção aos aposentos da mãe. 

 Chegando perto, Alyssa pulou do colo do irmão e correu para a mãe, que estava na cama deitada e com um semblante triste, mas sorriu ao vê-la. Alyssa pulou na cama e se aconchegou nos braços de sua mãe.

— Mãe? O bebê… — Visenya indagou.

— Ele nasceu morto. Era um menino. — A mulher estava visivelmente abalada. 

— E a senhora? — Baelon se sentou na cama. — A senhora precisa de algo? 

— Só dos meus filhos ao meu lado. — Ela sorriu. 

— Eu tive medo que você moresse. — Alyssa disse. 

— Não se preocupe comigo, minha pequena princesa. — Ela beijou o topo da cabeça de Alyssa.

— Ela e o Aemond brigaram. — Visenya disse. Nymeria se agitou, afastando a filha enquanto examinava ela. 

— Não se preocupe, ela bateu nele. — Baelon riu. — Suponho que ele não acreditou que nossa pequena Aly, poderia soca-lo. — Todos riram, menos Nymeria. Ela ainda estava olhando o corpo de Alyssa. 

— Cadê seu colar? Porquê você tirou seu colar? — Ela indagou preocupada. 

— Está aqui mãe. Ela deve ter deixado cair em meio a briga. — Visenya entregou o colar para a mãe que logo colocou no pescoço da filha. 

— Nunca tire o colar, nenhum de vocês devem tirar os colares. Estão me ouvindo? — Ela indagou e os três assentiram. — Assim que eu me recuperar, iremos partir para o jardim de cima. Tenho assuntos para tratar na minha casa. — Ela disse. 

— E o papai? — Alyssa perguntou.

— Seu pai é o rei. Ele ficará aqui. — Alyssa fez bico. 

— Mas eu os visitarei, sempre que puder. — O rei disse entrando. 

— Querido. — A mulher sorriu. 

— E você virá comigo, Baelon. O povo da campina precisa saber que seu futuro governante, conhece seu povo e cuidará bem deles. — Baelon olhou com dúvida para mãe.

— Mas meu tio ainda deverá governar por muitos anos. — Baelon disse.

— Seu tio, está doente. Como ele não teve filhos, você deverá assumir quando ele morrer. — Baelon assentiu.

— Eu ficarei, minha mãe. — Visenya disse indo em direção ao pai. 

— Meu pai deve ter alguém ao seu lado. — Ela sorriu para o pai. — Alguém que não deseja que ele lhe dê o trono de ferro. 

— Visenya. — Nymeria chamou a atenção da filha.

— Eu não menti. — Visenya deu de ombros. 

— Eu vou sentir falta de você papai. — Alyssa subiu na cama e pulou no pai. 

— Eu também minha princesa. Eu também. — Viserys abraçou a filha. 




— NOTAS —

AMANHÃ SAI O PRIMEIRO CAPÍTULO OFICIAL

ESPERO QUE GOSTEM!

 




𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 𝐏𝐎𝐈𝐒𝐎𝐍 - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora