Prólogo

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Eda

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Eda

Acordei e corri para o banheiro vomitar. Dizem que o enjôo matinal nessa fase da gravidez é intenso, mas nunca imaginei que seria tanto assim. Quando termino, escovo meus dentes e lavo o rosto, só então me dou conta de que estou sozinha no quarto.

- Será que o papai já foi trabalhar? - Falo com minha barriga e, como se fosse uma resposta, escuto um barulho no andar de baixo.

Eu e meu namorado, Serkan, moramos em um loft no centro de Istambul. Desço a escada apressada para conseguir encontrá-lo antes que saia para trabalhar. Ainda não contei a ele que estou esperando um filho, sei que vai vibrar com a notícia, afinal, sempre falamos sobre ter filhos. Mas, sei lá, já passamos por tanta coisa que a notícia sobre o fruto do nosso amor tem que ser especial. Estamos juntos há algum tempo, porém aconteceu tanta coisa que é como se tivesse passado uma década.

Serkan tem uma empresa de arquitetura, Art Life, que financia bolsas de estudos para jovens, e como meu sonho sempre foi ser arquiteta paisagista, há alguns anos, me inscrevi, passei no processo seletivo e consegui bolsa integral para estudar na Itália. No entanto, faltando um ano para me formar, a empresa suspendeu minha bolsa sem aviso prévio, tentei de tudo para concluir minha graduação, mas como minha tia, Ayfer, não tinha dinheiro para pagar as mensalidades, a bolsa foi cortada, tive que voltar para a Turquia e trabalhar na floricultura dela.

Mas, como o destino adora pregar peças, minha melhor amiga, Melo, se formou nessa mesma faculdade e o convidado para discursar foi o Serkan Bolat, o homem responsável por "destruir" os meus sonhos e, hoje, o amor da minha vida e pai do filho que estou esperando. Lembrar da nossa história me faz rir, meu romance com Serkan é digno de uma dizi¹. No dia da formatura da Melo, eu o desafiei no meio do discurso e o chamei de mentiroso, ele rebateu minhas acusações e me pediu para aparecer em meio a multidão, quando ficamos cara a cara, foi uma tensão, mas estava com muito ódio para notar. Serkan perguntou meu nome e eu lhe disse que não era digno de sabe-lo. Depois desse desabafo em público, resolvi ir tomar um ar e esfriar a cabeça no estacionamento, chegando lá vi o carro do homem que "destruiu" minha chance de ter uma carreira e resolvi me vingar. Risquei a lateral da BMW Sport conversível com uma chave e resolvi deixar um recado de batom na lataria preta, quando o vidro do passageiro abriu sozinho, revelando que meu arqui-inimigo estava dentro do carro. Depois disso foi só ladeira abaixo, discutimos, e movida pela raiva, algemei nossos braços (quem anda com uma algema cor de rosa dentro do carro?).

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