Capitulo 43: Amor Quente

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O clima mais ameno ia chegando, junto de si trazia brisas um tanto mais fortes, enquanto o céu se perdia em um tanto de escuridão sendo devorado por si mesmo, embaixo do astro a calmaria se partia em grande fragmentos. 

O som se elevava mais a cada instante, tudo era tomado pelo estridente criando para si um tanto mais de forma. Ao momento onde tudo era tomado por um pouco mais de si mesmo, tudo mudava em um instante. Se criava então um limite que se quebrava em curto período de tempo, tudo a volta se modulava para uma forma menos conveniente, os olhares lançados se perdia em a noite. Tudo ao seu instante se quebrava em fragmentos, criando rachaduras. 

A ninfa e o nobre se mantinham bem perto,com seu olhar fixo ao outro, em ambos um grande sorriso se mantinha em forma por muito tempo. O corpo do homem brilhava em uma intensidade em meio ao anoitecer, a criatura presente no pescoço da ninfa, movia seus longos braços de uma maneira lenta, hipnotizante como um mover de cobra.  Ao momento que se encontravam cada vez mais no limite presente ali, o ambiente tomava outro tom, Dinis e Cristóvão  esperavam ao momento correto para atacar, seus golpes estavam um pouco longe do seu alvo, que no céu abraçado se fundiam, a forma do  dois aos poucos mudava. 

Em um momento rápido os dois se encontraram mais, entrelaçaram os dedos, e um longo suspiro se deu, aos olhos de todos, aquele momento era o que iria iniciar o grande combate. 

A ninfa tomou a forma mais espectral, junto a isso o arco que o nobre carregava mudava, em carne pura avançava sobre o braço do homem, se pondo ao peito do mesmo, a ninfa encostava ali sendo absorvida, enquanto o corpo do homem perdeu seu brilho quando sua pele se estilhaçou em fragmento, sua asa feita de cristal se partiu em um momento rápido, fazendo ao momento que chegavam mais perto do chão, a união se tornava mais intensa, a forma modulava  em um momento rápido. 

Sobre o corpo se fez longos braços semelhantes aos de uma  estrela do mar, cobrindo o pescoço para baixo, o rosto do homem se tornou mais cristalino, com desenhos leves, os fragmentos sobrepostos de maneira duma quebra cabeça, formando assim a imagem semelhante a flores. Sua cabeça se tornou alongada, essa extensão tinha forma semelhante a asas. Os próprios  braços da nova forma  menos fragmentados, presentes em si, arestas que se assemelhavam a muito em espinhos, retorcidas um tanto em si. 

O ser abriu a boca, revelando seus longos dentes espalhados por toda ela, os braços sobre si  tinham uma aparência rugosa, parecendo até mesmo um tanto ressecada, se moviam de um lado para outro, a presença dos mesmo era muita, sendo mais extensos, semelhantes a quase cobras, o pescoço da criatura ficava coberto por uma forma meio arredondada que de onde saiam os braços.  Os pés tinham longas botas retorcidas em suas botas, impressos em si os desenhos de contornos leves. 

Em um movimento rápido  fez um arco juntando alguns braços e os modulando, a flecha do mesmo, energizada com o fogo, o calor que poderia ser sentindo era intenso. Passou seus dedos de maneira rápida lançando em um instante uma flecha, a mesma acertou Cristóvão  criando uma grande explosão,  junto disso uma longa cortina de fumaça. 

Em um instante o ser se colocou mais afastado, e começou a criar uma chuva de flecha intensa, os presentes ali precisaram se separar, Cristovão  foi para um lado, enquanto Dinis foi para  outro, os olhares se encontraram por poucos segundos. As flechas eram lançadas em uma intensa velocidade, a força era tanta que perfurava e destruía  as árvores onde os Sancus se escondiam. O silêncio  ainda se mantinha muito presente,a brisa transformava o ambiente em um tanto mais sombrio, aos olhos do presente ali, o espaço a cada instante se tornava maior, a respiração ofegante brigava contra a brisa sua suave que invadia aos pulmões de todos com um longo respirar ao momento que a sinfonia das flechas acabava. 

O ser andava calmamente, balançando seu arco e cada vez chegando mais perto dos Sancus, o local onde  iniciou a chuva de flecha estava destruído, o calor de seu corpo consumia tudo à sua volta, uma paixão ardente que engolia tudo. 

Seus passos convidaram os Sancus para o atacar, mas os mesmo sabiam que aquilo era uma emboscada, seus corações não estavam tomados por medo, mas sim por um sentimento de urgência, os braços do ser se moviam de um modo estranho, seu olhar se perdia em meio ao espaço que caminhava com um tanto de calmaria. 

Suspirou e levantou seu arco, começou a disparar em sua volta sem muito se importar, sabia que poderia acertar os Sancus, já que os mesmos estavam em seu longo raio de ataque.  

— Eu tenho uma ideia, cão de guarda!Mas antes precisamos correr na outra direção! Vamos voltar para a floresta onde encontrarmos o Dionísio. 

Cristóvão pulou em direção de DInis gerando uma onda de pingos que sumiram antes de chegar perto do corpo do ser, graças a onda do calor gerada. 

 — Entendo. Vamos logo então. 

Os Sancus começaram a correr sem olhar para trás enquanto o ser se  aproximava andando de maneira lenta girando seu arco e retirando do corpo flechas e as reformulando. Suas pegadas ficaram marcadas por onde dia, a sua volta tudo ficava destruído, menos onde ele caminhou. O menino correu por último, respirou fundo e lançou para cima o corvo o deixando livre para seguir os Sancus. 

—Não pensem que vão transgredir o amor e vão ser perdoados! Minha flecha vai penetrar o corpo de vocês por completo, irei fincar em seus peitos o amor! Bem profundo dentro de seus corações! 

Os braços ao longo do corpo do ser começaram  a se mover para cima, revelando na barriga do ser um grande olho de cor forte. Do corpo do ser saia mais flechas se reuniam criando um longo  para de asas. Em um instante o ser avançou adentrando a floresta.

— Não pensem que podem se esconder em meio da escuridão! O amor traz visão a tudo! 

O ser liberou uma longa onda de calor destruindo tudo à sua volta, mas mesmo assim a luz não se fez aparente. O ser sentiu um chute, o fazendo ser lançado para bem longe, em um rápido movimento lançou suas flechas cristalinas na direção do ataque revelando o que estava ali. O corpo de Dinis foi alvejado por uma boa quantidade de flechas, as mesmas explodiram, o corpo absorveu todo o fogo liberando uma fumaça negra. 

— Não pense que vão escapar de mim! 

O homem lançou seus braços em direção ao corpo, liberando nele uma alta quantidade de calor. 

— Sabia que iria cair nessa! 

O local foi  todo iluminado, o corvo saiu  da sombra do menino. Abaixo do ser estava outra  fumaça, essa negra também  que tomou a forma Cristóvão, o mesmo tomou sua forma mais rígida  e com suas garras direcionou o ataque ao pescoço do ser, destruindo o ser presente ali. O corpo de Dinis se moveu rapidamente quando solto, transferiu o calor que absorveu para a  espada que estava do seu lado, desferindo um golpe contra o olho do ser. 

— Vocês caíram como dois patinhos, patinhos apaixonados  

Nas mãos do menino a cabeça de Dinis dava uma longa risada. 

A ninfa se separou do nobre. Os dois com os corpos destruídos no chão deram um forte abraço, morrendo de maneira rápida. 

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⏰ Última atualização: Aug 24 ⏰

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