Lost Paradise

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Lost Paradise.


O nome da boate não poderia ser mais irônico, já naquele local, qualquer pessoa inocente que arriscasse entrar, seria contaminada pelo pecado. Eram seduzidos pela luxúria e a falsa sensação de liberdade trazia a tona aquele lado que todos buscamos esconder, mas que não se pode negar a existência.


Era uma fantasia. Fantasia esta controlada por Asmodeus, que em todos os anos incontáveis de sua existência, sabia bem o que os humanos queriam e o que eles desejavam. Aquela boate era uma entre muitas que facilitavam Asmodeus a disseminar e pregar da mesma forma que um pastor a quebra dos padrões que prendiam os seres humanos a moral e ética. Porque na lúxuria, a busca pelo prazer ficava cada vez mais intensa e o desejo levava a alma do ser humano se corromper, enegrecer, se contaminar em meio a tudo aquilo que era incorreto.


A luxúria é um pecado capital, ou seja, um pecado mais forte que, segundo a doutrina católica, serve de "porta" para levar a outros pecados. E a Igreja católica não poderia estar mais certa.


Em Bhagavad Gita, o Senhor Krishna disse: "É a luxúria, nascida dentre a paixão, que se transforma em ira quando insatisfeita. A luxúria é insaciável, e é um grande demônio. Conheça-a como o inimigo." (3.37)


Asmodeus surgia em diferentes eras com diferentes faces, possuía diferentes corpos por meio de rituais que o invocavam. Seus seguidores buscavam aqueles que eram puros de corpo e alma, abençoados com inegável beleza e bondade, ou seja, aqueles que o toque de Deus era claro. Como um anjo caído, era preciso poder ser compatível com os corpos e uma vez dentro deles, seus corpos viravam nada mais que um belo receptáculo para o demônio, fazendo com que o humano possuído perdesse qualquer vestígio de consciência e sua alma apodrecesse à medida que o demônio passasse mais tempo em seu corpo, levando o antes protegido de Deus a fazer atos que nunca imaginou fazer.


Prostituição, traição, sodomia, pornografia, incesto, pedofilia, zoofilia, bestialismo, fetichismo, sadismo, masoquismo, dentre outros desvios sexuais eram apenas uma parte do que Asmodeus poderia levar as pessoas fracas de espirito a praticarem e a sua boate era o mais claro exemplo disso. Aquele antro possuía cheiro de sexo e de onde Asmodeus estava, podia ver alguns humanos desprezíveis moverem os corpos entre si como em uma dança do acasalamento, onde já outros estavam contra as paredes vermelho sangue da boate, fodendo como animais.


Mesmo que naquele local houvesse quartos para os mais determinados tipos de libertinagem, a maioria gostava mesmo eram de serem observados fazendo tais atos. Eles gostavam do que podiam fazer ali e que do lado de fora nunca ficariam sabendo e caso ficassem sabendo, nunca seriam aceitos pela sociedade e olhe que aquilo era apenas a camada superficial daquele bolo, já que nos andares superiores e inferiores era onde acontecia a real ação e por mais que o nome da boate remetesse ao paraíso, aquele era o mais claro exemplo do inferno na terra novamente.


Sentado em um trono, como o rei que era, Asmodeus possuía o corpo daquele que um dia foi chamado de Yunho, mas que a muito tempo havia entrado em uma espécie de coma profundo. A família do moreno se perguntou o que havia acontecido com aquele que um dia foi um filho exemplar e promissor. Yunho ou Asmodeus, havia surgido em uma nova era, uma era completamente diferente do que havia se vivido antes e Yunho podia sentir que aquela era a sua hora.


Uma de suas servas sucubbus e até possível filha, estava sentada no colo do demônio, que a olhava entediado enquanto esta tentava usar todo o seu poder de sedução em cima do moreno, o que era completamente falho, já que aquela era uma habilidade provinda justamente dele, o tornando imune. Ele deslizou as mãos sobre as nádegas magras e alvas da sucubbus, com o polegar afastando sua calcinha para o lado e brincando com o clitóris alheios, notando que a outra poderia gozar apenas com a breve menção de sua voz.

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