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Ele me bateu novamente, mamãe.

Hoje cedo eu havia aproveitado que Minho tinha saído e fui levar Bbama para passear pelos quarteirões de nosso bairro. O cachorrinho estava calmo e feliz andando pela calçada e brincando com algumas borboletas que haviam por ali.

Mas ficou mais animado ainda quando viu, de longe, Doutor Hwang, veterinário particular de Bbama. Ele nos parou na calçada e começamos a conversar, conversa vai e conversa vem, carinhos no animalzinho e papos sobre a alimentação dele.

Até que Minho passou na rua com seu carro, freando bruscamente e descendo do mesmo, com uma cara furiosa, querendo arrancar as minhas tripas e comer com macarrão e molho branco. Ele chegou e falou algumas mentiras para o Doutor, em seguida me puxou para entrar no carro fedendo a bebida.

Eu nem ao menos me despedi do veterinário, ele não deixou.

O caminho até em casa foi um silêncio absoluto, até Bbama estava quieto, com medo do meu marido abrir a porta e o jogar para fora com o carro em alta velocidade.

Quando chegamos em casa, ele perdeu completamente a cabeça, começou a gritar na minha cara e cuspia palavras feias, me empurrou fortemente contra a parede, fazendo a minha testa sangrar intensamente. Quando ele notou que eu não iria o responder, deu uma joelhada no meu estômago, me fazendo cair com falta de ar, ele subiu em cima de meu corpo frágil e começou a desferir socos em meu rosto, me deixando totalmente inconsciente.

Quando eu estava prestes a apagar por conta dos socos, Bbama veio tentar me salvar de meu próprio marido.

Mas ele socou até mesmo o cachorro, mamãe. 

Minho deu um soco em Bbama tão violentamente, que o cão foi jogado contra a parede e começou a chorar, deitado, sem poder mover as patas ou respirar como um cachorro normal.

Depois de tudo isso, eu apaguei.

Mas ele vai mudar, mãe.

Eu sei que ele vai.

H.J

𝐅𝐑á𝐆𝐈𝐋, minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora